Precious: I'm gonna break through or somebody gonna break through to me.
Um dos pesos-pesados (perdoem-me a expressão, mas não consigo começar de outra forma) na corrida aos Oscares chegou pelo inesperado Lee Daniels. No seu primeiro filme tinha Cuba Gooding Jr, Helen Mirren, Joseph Gordon-Hewitt e uma actriz discreta chamada Mo'nique encarnando a personagem Precious. Quem diria que quatro anos ela estaria num filme com precisamente esse título, com o mesmo realizador, e ganharia um Oscar? É certo que a competição não tinha nomes sonantes como noutras edições, mas tinha Penélope Cruz, a detentora do troféu com três nomeações em quatro anos.
Em "Precious" a heroína é uma adolescente que desagrada desde o início. É o aspecto, os pensamentos que acompanhamos em voz-off, saber que aos dezasseis está grávida pela segunda vez e o comportamento como estudante. Se é suposto cativar o espectador vai ter muito trabalho pela frente. Só que basta vermos o ambiente familiar em que vive e conseguiu. Vamos conhecer uma vida cheia de desafios e obstáculos, onde os supostos apoios são os opositores e terá de procurar ajuda fora de casa. Tanto na assistência social como na escola tem apoios para se erguer e ser alguém.
Vidas trágicas passadas para cinema há muitas, mas a de Precious é especial. É-nos dada tanta informação que a cada peça da história contada, é mais admirada. É uma sobrevivente e uma lutadora, mesmo que ainda não o saiba.
Ao princípio Precious fica muitas vezes aluada, pensando como seria a vida com outros factores como um namorado ou fama. Só que esses sonhos terminam subitamente e ela cai na realidade. O mundo não é nenhum conto de fadas. Essa mudança no filme reflecte-se em tudo. Sente-se a falta do elemento alegre entre toda a tragédia. É um filme que, não sendo inesquecível, é pelo menos memorável pela elegância com que nos coloca em tão podre sociedade. Tem um bom ritmo, uma mensagem marcante e interpretações fenomenais. Mesmo nos secundários escolhidos havia apostas arriscadas (os cantores Mariah Carey e Lenny Kravitz) e saíram-se bem. É obrigatório falar de Mo'nique que pelo discurso final mereceu todos os prémios. É aí que a personagem se extravasa e vemos quão baixo desceram, e quão alto a pequena Precious subiu. Um remate fenomenal para o filme.
Um dos pesos-pesados (perdoem-me a expressão, mas não consigo começar de outra forma) na corrida aos Oscares chegou pelo inesperado Lee Daniels. No seu primeiro filme tinha Cuba Gooding Jr, Helen Mirren, Joseph Gordon-Hewitt e uma actriz discreta chamada Mo'nique encarnando a personagem Precious. Quem diria que quatro anos ela estaria num filme com precisamente esse título, com o mesmo realizador, e ganharia um Oscar? É certo que a competição não tinha nomes sonantes como noutras edições, mas tinha Penélope Cruz, a detentora do troféu com três nomeações em quatro anos.
Em "Precious" a heroína é uma adolescente que desagrada desde o início. É o aspecto, os pensamentos que acompanhamos em voz-off, saber que aos dezasseis está grávida pela segunda vez e o comportamento como estudante. Se é suposto cativar o espectador vai ter muito trabalho pela frente. Só que basta vermos o ambiente familiar em que vive e conseguiu. Vamos conhecer uma vida cheia de desafios e obstáculos, onde os supostos apoios são os opositores e terá de procurar ajuda fora de casa. Tanto na assistência social como na escola tem apoios para se erguer e ser alguém.
Vidas trágicas passadas para cinema há muitas, mas a de Precious é especial. É-nos dada tanta informação que a cada peça da história contada, é mais admirada. É uma sobrevivente e uma lutadora, mesmo que ainda não o saiba.
Ao princípio Precious fica muitas vezes aluada, pensando como seria a vida com outros factores como um namorado ou fama. Só que esses sonhos terminam subitamente e ela cai na realidade. O mundo não é nenhum conto de fadas. Essa mudança no filme reflecte-se em tudo. Sente-se a falta do elemento alegre entre toda a tragédia. É um filme que, não sendo inesquecível, é pelo menos memorável pela elegância com que nos coloca em tão podre sociedade. Tem um bom ritmo, uma mensagem marcante e interpretações fenomenais. Mesmo nos secundários escolhidos havia apostas arriscadas (os cantores Mariah Carey e Lenny Kravitz) e saíram-se bem. É obrigatório falar de Mo'nique que pelo discurso final mereceu todos os prémios. É aí que a personagem se extravasa e vemos quão baixo desceram, e quão alto a pequena Precious subiu. Um remate fenomenal para o filme.
Título Original: "Precious: Based on the Novel Push by Sapphire" (EUA, 2009) Realização: Lee Daniels Argumento: Geoffrey Fletcher (baseado no livro de Sapphire) Intérpretes: Gabourey Sidibe, Mo'Nique, Paula Patton Fotografia: Andrew Dunn Música: Mario Grigorov Género: Drama Duração: 109 min. Sítio Oficial: http://www.weareallprecious.com/ |
4 comentários:
Não concordo nada! :)
O hype em redor do filme aparentou algo que não era...
Monique mereceu, o seu papel foi espantoso assim como de Gabourey Sidibe mas o resto do elenco falhou redondamente!
No que toca à história, percebo a tua crítica que reflecte a mensagem espantosa numa podre(pobre?) sociedade mas, no entanto, penso que a mensagem se torna pouco perceptível devido à hipérbole da história!
Abraço
Cinema as my World
A mensagem está muito bem transmitida: "Life is hard. Life is short. Life is painful. Life is rich. Life is....Precious."
Então não diz tudo isto?
O filme não me cativou assim tanto 2*
:)
Enviar um comentário