Para manter o tema anterior do Colheita Seleccionada, aqui vai outro pelas mãos do meu então favorito Robert Zemeckis.
Disseram-me que era um filme magnífico. Essa conversa ouvi por muitas vezes, mas desta vez era verdade. Esta fábula traz-nos uma das maiores lições de vida que se pode ambicionar receber.
Forrest é cruel pois faz com que o adoremos, para logo depois isso nos fazer sofrer. Quanto a vida dele corre bem, o destino traz algo de terrível para compensar. Quis o destino bafejá-lo com talento para vários ofícios e sorte nas suas decisões. Compensou tirando à inteligência, mas até isso é uma virtude pois permite-lhe ser feliz num mundo que, quanto mais pensarmos, mais nos desilude.
A santa ignorância faz com que não perceba a importância do que se passa à sua volta. Não é que isso interesse. Ganhou alguns prémios quando o acharam merecedor, ganhou dinheiro em todas as outras situações. O nosso herói tem um coração puro como poucos, é honesto, obediente e um trabalhador dedicado. Quando faz um amigo é para a vida, mesmo que a outra pessoa não mereça. Veja-se o exemplo flagrante da sua Jenny, amiga desde sempre que cometeu tantos erros e a quem ele sempre perdoou tudo. Foram ambos mais felizes assim. Uma zanga não faria Jenny mudar mais depressa do que a desilusão estampada no rosto de Forrest. Por isso talvez devamos por vezes também parar para pensar, reflectir as nossas atitudes e comportamentos. Quantas das chatices nas nossas vidas são causadas por não sabermos simplesmente ignorar?
De acordo com o filme o homem teve impacto no mundo. Sei que o filme teve impacto na minha vida por isso sim, o mundo é um lugar diferente e pelo menos para mim e os que me rodeiam é melhor.
EXTRA: A quem vai ver o filme não peço isto, mas se forem rever... reparem como ele cumpre as três leis da robótica.
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