Quem diz que o Fantas não é apenas terror tem razão. A Semana dos Realizadores há 23 anos que nos traz muito do que se faz no outro cinema. Mas quem tivesse estado hoje na sessão extra-programa não diria isso. Dezenas de jornalistas que durante dez dias nao apareceram no Fantas, vieram apenas a esta sessão para ver e ouvir Manoel de Oliveira. Ou melhor, para fotografar e filmar, pois dificilmente entenderiam o que ele dizia com tanto flash ininterrupto, mesmo depois de terem sido mandados embora.
A parte mais vergonhosa foi ainda no exterior da sala, onde os convidados de honra, todos com idade avançada, eram detidos ou empurrados sem qualquer respeito. Muita gente da organização teve de dar cotoveladas para manter a distância. Pesoalmente senti muitos puxões e insultos por estar na barreira humana que os manteve vivos até ao início da cerimónia.
Além da falta de consideração pelas pessoas e da total ignorância das indicações da organização, senti também uma enorme falta de respeito pelos colegas, pois todos procuravam o melhor ângulo, sem se preocuparem com o companheiro de profissão que já lá estava. Penso que não é nenhum exagero dizer que estive em mais grandes eventos de cinema que muitos daqueles supostos profissionais de jornalismo e só em Portugal vi disto. Hoje, em vez de pena, tive vergonha das pessoas que fazem jornalismo.
A parte mais vergonhosa foi ainda no exterior da sala, onde os convidados de honra, todos com idade avançada, eram detidos ou empurrados sem qualquer respeito. Muita gente da organização teve de dar cotoveladas para manter a distância. Pesoalmente senti muitos puxões e insultos por estar na barreira humana que os manteve vivos até ao início da cerimónia.
Além da falta de consideração pelas pessoas e da total ignorância das indicações da organização, senti também uma enorme falta de respeito pelos colegas, pois todos procuravam o melhor ângulo, sem se preocuparem com o companheiro de profissão que já lá estava. Penso que não é nenhum exagero dizer que estive em mais grandes eventos de cinema que muitos daqueles supostos profissionais de jornalismo e só em Portugal vi disto. Hoje, em vez de pena, tive vergonha das pessoas que fazem jornalismo.
1 comentários:
este texto mereceu destaque no Matinée Portuense.
Cumprimentos cinéfilos,
António Tavares de Figueiredo
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