A propósito do MotelX o Antestreia entrevistou um dos elementos do júri. A escolha recaiu sobre Christian Hallman, não só por ser o único estrangeiro e por isso ser naturalmente mais imparcial perante a nossa cinematografia, mas especialmente porque é aquele que conheço há mais anos. O seu festival é dos mais conceituados do género fantástico e Christian é uma pessoa que não só vive no mundo do cinema como viaja pelo mundo vendo cinema.
Christian Hallman é cineasta e programador/organizador do Festival de Cinema Fantástico de Lund. É um dos dois coordenadores da Federação Europeia dos Festivais de Filmes Fantásticos EFFFF ( www.melies.org ) composta por 22 festivais e 12 países que promovem o cinema fantástico europeu e mundial. Na Suécia é um dos responsáveis pela organização do festival de Lund, o maior da Escandinávia dedicado ao género. Tem também uma produtora de longas-metragens e por vezes trabalha como produtor, realizador, assistente de realização ou assistente de produção em anúncios e longas-metragens.
Antestreia: Estiveste no júri para melhor curta fantástica portuguesa. Costumas ver filmes portugueses de género ou foi um primeiro contacto?
Christian Hallman: Já me deparei com filme portugueses anteriormente. Nunca tantos, mas não me são estranhos.
A: Doze filmes portugueses em três dias é dose! Com que impressão ficaste do nosso cinema?
CH: Estou acostumado a ser júri em festivais, por vezes temos de ver mais de 30 filmes… doze curtas não é assim tão mau. Gostei muito de ver apenas curtas portuguesas, deu-me uma perspectiva do estado do cinema português e do futuro da produção de filmes fantásticos em Portugal. Como sempre houve filmes que gostei mais do que outros, mas no geral não havia nenhum filme mesmo mau.
A: Alguma curta em particular que te tenha chamado a atenção? (Levarás para o teu festival?)
CH: O filme que nós no júri decidimos como vencedor “Conto do Vento” era muito bom, “Sombras” também era bom. E sim, estou a pensar na possibilidade de focar o meu festival no cinema português no próximo ano, mas depende de muitos factores, por enquanto é apenas uma ideia.
A: Como representante do Méliès nesta primeira edição do MotelX como membro aderente, qual foi a tua opinião sobre o evento?
CH: O MOTELx pareceu-me muito bem organizado, a localização é muito boa e o público entusiasta. A selecção de filmes foi boa, apesar de já conhecer a maioria. A minha impressão geral foi muito boa, e os organizadores têm muita paixão pelo que fazem o que para mim é fundamental.
A: Este teatro alberga uma dezena de diferentes festivais ao longo do ano e a nossa Cinemateca é literalmente ao virar da esquina. Conseguiste sentir a atmosfera cinéfila?
CH: Não sei se respirei uma atmosfera cinéfila, mas senti que estava num local que tinha eventos culturais. Gosto desta velhas casas europeias do cinema.
A: Esta foi apenas a quinta edição do MotelX. Foi um enorme feito fazer tão grande festival em tão pouco tempo. Este sucesso significa que um festival do género não era suficiente para Portugal, ou foi devido ao trabalho aqui feito?
CH: Esta pergunta é difícil… Já que referes o Fantasporto penso que há espaço para ambos visto que são em cidades diferentes. Não faço ideia de quantas pessoas viajam de Lisboa ao Porto para o festival, nem do Porto para Lisboa, nem se esse número aumentou ou diminuiu ao longo dos cinco anos. Mas são em épocas diferentes, Fantasporto é no Inverno/Primavera e MOTELx em Setembro… Penso que foi uma combinação. Lisboa precisava do seu festival de género e também todos os que estão por trás do MOTELx têm muita paixão pelo que fazem.
Mais uma vez agradeço ao Christian a sua disponibilidade para a entrevista.
Christian Hallman é cineasta e programador/organizador do Festival de Cinema Fantástico de Lund. É um dos dois coordenadores da Federação Europeia dos Festivais de Filmes Fantásticos EFFFF ( www.melies.org ) composta por 22 festivais e 12 países que promovem o cinema fantástico europeu e mundial. Na Suécia é um dos responsáveis pela organização do festival de Lund, o maior da Escandinávia dedicado ao género. Tem também uma produtora de longas-metragens e por vezes trabalha como produtor, realizador, assistente de realização ou assistente de produção em anúncios e longas-metragens.
Antestreia: Estiveste no júri para melhor curta fantástica portuguesa. Costumas ver filmes portugueses de género ou foi um primeiro contacto?
Christian Hallman: Já me deparei com filme portugueses anteriormente. Nunca tantos, mas não me são estranhos.
A: Doze filmes portugueses em três dias é dose! Com que impressão ficaste do nosso cinema?
CH: Estou acostumado a ser júri em festivais, por vezes temos de ver mais de 30 filmes… doze curtas não é assim tão mau. Gostei muito de ver apenas curtas portuguesas, deu-me uma perspectiva do estado do cinema português e do futuro da produção de filmes fantásticos em Portugal. Como sempre houve filmes que gostei mais do que outros, mas no geral não havia nenhum filme mesmo mau.
A: Alguma curta em particular que te tenha chamado a atenção? (Levarás para o teu festival?)
CH: O filme que nós no júri decidimos como vencedor “Conto do Vento” era muito bom, “Sombras” também era bom. E sim, estou a pensar na possibilidade de focar o meu festival no cinema português no próximo ano, mas depende de muitos factores, por enquanto é apenas uma ideia.
A: Como representante do Méliès nesta primeira edição do MotelX como membro aderente, qual foi a tua opinião sobre o evento?
CH: O MOTELx pareceu-me muito bem organizado, a localização é muito boa e o público entusiasta. A selecção de filmes foi boa, apesar de já conhecer a maioria. A minha impressão geral foi muito boa, e os organizadores têm muita paixão pelo que fazem o que para mim é fundamental.
A: Este teatro alberga uma dezena de diferentes festivais ao longo do ano e a nossa Cinemateca é literalmente ao virar da esquina. Conseguiste sentir a atmosfera cinéfila?
CH: Não sei se respirei uma atmosfera cinéfila, mas senti que estava num local que tinha eventos culturais. Gosto desta velhas casas europeias do cinema.
A: Esta foi apenas a quinta edição do MotelX. Foi um enorme feito fazer tão grande festival em tão pouco tempo. Este sucesso significa que um festival do género não era suficiente para Portugal, ou foi devido ao trabalho aqui feito?
CH: Esta pergunta é difícil… Já que referes o Fantasporto penso que há espaço para ambos visto que são em cidades diferentes. Não faço ideia de quantas pessoas viajam de Lisboa ao Porto para o festival, nem do Porto para Lisboa, nem se esse número aumentou ou diminuiu ao longo dos cinco anos. Mas são em épocas diferentes, Fantasporto é no Inverno/Primavera e MOTELx em Setembro… Penso que foi uma combinação. Lisboa precisava do seu festival de género e também todos os que estão por trás do MOTELx têm muita paixão pelo que fazem.
Mais uma vez agradeço ao Christian a sua disponibilidade para a entrevista.
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