Estamos numa época controlada por vampiros. Depois de sagas juvenis, de série televisivas e de um ano de 2011 particularmente rico com o remake de “Fright Night, a incursão de Mary Harmon no género e o regresso de Coppola, 2012 tem duas referências óbvias se bem que não muito originais. Uma já cá estreou e chama-se “Dark Shadows”. A outra é a visão do conceituado Dario Argento da lenda de Bram Stoker.
Fugindo um pouco à história que conhecemos pelos olhos de Coppola, aqui Jonathan Harker já é um homem casado. Por sugestão da amiga Lucy vai trabalhar para um bondoso conde que pretende catalogar a inestimável biblioteca. O que Jonathan não sabe é que a verdadeira intenção do Conde é atrair e conquistar a bela esposa de Jonathan cujo retrato viu em casa de Lucy.
Após dois anos de anúncios no Marché, não surpreendeu que o filme estivesse na selecção oficial de Cannes. Argento é um nome lendário do terror e com a adaptação de tão popular história não se podiam fazer de depercebidos. Mas a verdade é que não só o festival não é muito dado ao terror, como o cinema de Argento não é para o público do festival. Em “Dracula 3D” se não fosse precisamente pelo 3D parecia que tinhamos simplesmente voltado trinta anos no tempo, quando o cinema de Argento era ousado e diferente. No século XXI parece fora de moda.
A sexualidade característica do realizador está adequada à história. O seu trio de noivas é composto por Asia Argento como Lucy, um pequeno papel que não tem como correr mal, Miriam Giovanelli como Tanya, a mais sensual, mas quase uma anedota pelo exagero, e finalmente Marta Gastini como Mina, que apesar de bonita é tão insossa e inexpressiva que até dói. Do lado masculino temos Unax Ugalde como um Harker que felizmente demora pouco a desaparecer e Rutger Hauer, a fazer o frete, parece contente pelo pouco tempo que fica em cena. Já Thomas Kretschmann como Dracula foi uma surpresa, mas também por si só não é motivo para ver o filme. Para piorar, falam quase todos num inglês de fugir, dizendo falas que era melhor terem improvisado.
Tecnicamente tem o problema recorrente do hiper-tridimensionalismo (quando até as letras do manuscrito saem do papel) e um abuso dos tons escuros que são obrigatórios no conto de Dracula, mas que precisavam de ser melhor doseados. Também a música de Simonetti nos remete para outra época do cinema recordando um período em que filmes de Argento eram obrigatórios.
Havia muitos outros pontos que podiam ser referidos, mas façamos isto da forma simples. Em suma, tudo o que não foi referido seria para ainda dizer pior. O melhor do filme são os primeiros minutos onde a construção dramática e o sexo são honestos. A partir daí sentimo-nos enganados e nem vendo como comédia se consegue aproveitar.
Fugindo um pouco à história que conhecemos pelos olhos de Coppola, aqui Jonathan Harker já é um homem casado. Por sugestão da amiga Lucy vai trabalhar para um bondoso conde que pretende catalogar a inestimável biblioteca. O que Jonathan não sabe é que a verdadeira intenção do Conde é atrair e conquistar a bela esposa de Jonathan cujo retrato viu em casa de Lucy.
Após dois anos de anúncios no Marché, não surpreendeu que o filme estivesse na selecção oficial de Cannes. Argento é um nome lendário do terror e com a adaptação de tão popular história não se podiam fazer de depercebidos. Mas a verdade é que não só o festival não é muito dado ao terror, como o cinema de Argento não é para o público do festival. Em “Dracula 3D” se não fosse precisamente pelo 3D parecia que tinhamos simplesmente voltado trinta anos no tempo, quando o cinema de Argento era ousado e diferente. No século XXI parece fora de moda.
A sexualidade característica do realizador está adequada à história. O seu trio de noivas é composto por Asia Argento como Lucy, um pequeno papel que não tem como correr mal, Miriam Giovanelli como Tanya, a mais sensual, mas quase uma anedota pelo exagero, e finalmente Marta Gastini como Mina, que apesar de bonita é tão insossa e inexpressiva que até dói. Do lado masculino temos Unax Ugalde como um Harker que felizmente demora pouco a desaparecer e Rutger Hauer, a fazer o frete, parece contente pelo pouco tempo que fica em cena. Já Thomas Kretschmann como Dracula foi uma surpresa, mas também por si só não é motivo para ver o filme. Para piorar, falam quase todos num inglês de fugir, dizendo falas que era melhor terem improvisado.
Tecnicamente tem o problema recorrente do hiper-tridimensionalismo (quando até as letras do manuscrito saem do papel) e um abuso dos tons escuros que são obrigatórios no conto de Dracula, mas que precisavam de ser melhor doseados. Também a música de Simonetti nos remete para outra época do cinema recordando um período em que filmes de Argento eram obrigatórios.
Havia muitos outros pontos que podiam ser referidos, mas façamos isto da forma simples. Em suma, tudo o que não foi referido seria para ainda dizer pior. O melhor do filme são os primeiros minutos onde a construção dramática e o sexo são honestos. A partir daí sentimo-nos enganados e nem vendo como comédia se consegue aproveitar.
Título Original: "Dracula 3D" (Itália, França, Espanha, 2012) Realização: Dario Argento Argumento: Dario Argento Intérpretes: Thomas Kretschmann, Marta Gastini, Rutger Hauer, Miriam Giovanelli, Asia Argento, Unax Ugalde, Música: Claudio Simonetti Fotografia: Luciano Tovoli Género: Horror, Romance, Thriller Duração: 110 min. Sítio Oficial: http://www.dracula3d.it/ |
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