Pertenço a uma geração que ainda delira quando ouve a música do Dartacão. Para minha surpresa o mesmo acontece num intervalo etário de mais de uma década. Esse fenómeno de culto em torno de músicas de séries televisivas repete-se um pouco por toda a história da caixa mágica, mas há uma tão duradoura que é quase impossível não conhecer, tão irresistível que é pecado não cantar. Falo do “Mana Mana” que ajudou a eternizar os Marretas. É verdade que muitos outros pontos fortes contribuíram para que Jim Henson e as suas criações nunca fossem esquecidas: os velhotes eternamente críticos, a simpatia e humor de Cocas, o mau feitio de Miss Piggy… mas muito desse trabalho foi cuidadosamente planeado pela Henson Company como a série animada dos Babies em busca de novos públicos. Com a passagem para o enorme grupo Disney as prioridades poderiam ser outras, mas o Youtube (novamente Mana Mana) fez com que o mundo nunca os esquecesse por completo e depois a dedicação e esforço de Jason Segel asseguraram que pelo menos mais uma geração teria os Marretas na sua memória. E é literalmente disso que este filme trata: de recuperar a memória de um dos maiores grupos de artistas. De os trazer de novo para a ribalta. De provar que ainda têm o que é preciso para entreter multidões e facturar milhões. Ou, nas palavras mágicas que os precedem, “It’s time to meet the Muppets”.
Com este filme voltamos aos anos 80. Não porque os Marretas sejam dessa época, mas porque parece que estamos a assistir de novo a “Who Framed Roger Rabbit”. O plano maligno de um homem mau resume-se a derrubar o antigo teatro dos Marretas para lucro pessoal. Como se isso não fosse suficientemente semelhante, a única esperança das adoradas criaturas é a dupla formada por um seu semelhante e um humano. Só que aqui não temos um detective mal-humorado e um coelho eléctrico, temos dois irmãos. Se isso parece demasiado estranho, então estão no filme errado. No universo dos Marretas vale tudo. Cabe a Wally, um fã confesso dos Marretas, avisar Cocas para que o batráquio possa pensar num plano. O tempo restante é curto e só podem fazer aquilo que sabem: entreter. Terá de reunir uma equipa espalhada pelo mundo, ensaiar um espectáculo, arranjar um apresentador e um horário, e esperar que os velhos admiradores sejam suficientes para reunir a soma necessária.
Ver um filme dos Marretas é voltar ao melhor da infância. Se em “Peter Pan” que era apenas um livro, a leitura só sabia bem com uma pausa para bater palmas e salvar fadas, aqui procura-se o número para ligar para um programa em directo. É esse nível de envolvimento que se exige. É para esse público que o filme existe.
Todas as peripécias são as que se esperam deles, os números musicais de uma maneira geral são agradáveis (torci por eles nos Oscares), o filme é uma autêntica experiência Marreta com todos os devidos flashbacks à infância desde a abertura. A gigantesca campanha por Youtube marcou o último ano e abre esperanças para que o fenómeno se mantenha por mais algum tempo. Não é um filme para a eternidade, mas era um filme que já estava a fazer falta e que ainda por cima foi fiel à longa tradição destas adoráveis personagens. Obrigado Disney. Obrigado Segel.
Com este filme voltamos aos anos 80. Não porque os Marretas sejam dessa época, mas porque parece que estamos a assistir de novo a “Who Framed Roger Rabbit”. O plano maligno de um homem mau resume-se a derrubar o antigo teatro dos Marretas para lucro pessoal. Como se isso não fosse suficientemente semelhante, a única esperança das adoradas criaturas é a dupla formada por um seu semelhante e um humano. Só que aqui não temos um detective mal-humorado e um coelho eléctrico, temos dois irmãos. Se isso parece demasiado estranho, então estão no filme errado. No universo dos Marretas vale tudo. Cabe a Wally, um fã confesso dos Marretas, avisar Cocas para que o batráquio possa pensar num plano. O tempo restante é curto e só podem fazer aquilo que sabem: entreter. Terá de reunir uma equipa espalhada pelo mundo, ensaiar um espectáculo, arranjar um apresentador e um horário, e esperar que os velhos admiradores sejam suficientes para reunir a soma necessária.
Ver um filme dos Marretas é voltar ao melhor da infância. Se em “Peter Pan” que era apenas um livro, a leitura só sabia bem com uma pausa para bater palmas e salvar fadas, aqui procura-se o número para ligar para um programa em directo. É esse nível de envolvimento que se exige. É para esse público que o filme existe.
Todas as peripécias são as que se esperam deles, os números musicais de uma maneira geral são agradáveis (torci por eles nos Oscares), o filme é uma autêntica experiência Marreta com todos os devidos flashbacks à infância desde a abertura. A gigantesca campanha por Youtube marcou o último ano e abre esperanças para que o fenómeno se mantenha por mais algum tempo. Não é um filme para a eternidade, mas era um filme que já estava a fazer falta e que ainda por cima foi fiel à longa tradição destas adoráveis personagens. Obrigado Disney. Obrigado Segel.
Título Original: "The Muppets" (EUA, 2011) Realização: James Bobin Argumento: Jason Segel, Nicholas Stoller (personagens de Jim Henson) Intérpretes: Jason Segel, Amy Adams, Chris Cooper, Jack Black Música: Christophe Beck Fotografia: Don Burgess Género: Comédia, Drama, Família,Musical Duração: 103 min. Sítio Oficial: http://disney.go.com/muppets |
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