A guerra sem fim
Se “The Lady” é o filme para tentar acabar com uma guerra fria, “The Iron Lady” parece ser o filme que reacendeu uma guerra quente. O recordar de Margaret Thatcher e dos seus pontos altos como a oposição à CEE, o combate à inflação com o aumento do desemprego, ou a guerra das Malvinas fez com que o país voltase a viver esses tempos. O Reino Unido escusou-se de participar no resgate dos parceiros europeus, a economia inglesa está sólida apenas dos problemas sociais, e a Argentina entrou numa provocação à Europa (primeiro festejando as vitórias nas Malvinas, depois expropriando espanhóis, ainda a semana passada invadindo as Malvinas) que nos pode levar a nova guerra. Vinte anos depois, estamos na mesma.
Este flme tem a difícil missão de nos explicar quem foi esta mulher, amada e odiada por tantos. Começa por nos mostrar uma idosa na sua vida aparentemente normal e acaba a revelar tudo o que está por trás disso, no presente e no passado. Uma coisa era notória desde o início: Margaret era uma jovem confiante e desenrascada. À medida que vai crescendo e descobrindo o seu potencial, começa a impôr-se num mundo claramente reservado aos homens. Atrás dela surgiram muitas outras mulheres ocidentais de fibra, mas nos anos 50 Thatcher simplesmente não tinha por quem se guiar e desbravou um mundo perigoso que ainda hoje em dia tem de definir percentagens mínimas de mulheres para obrigar os homens a aceitarem-nas.
Quem foi Thatcher é uma pergunta que permanece sem resposta após o filme. Meryl Streep tem aqui outros dos seus desempenhos inesquecíveis e faz tudo para tornar esta mulher real, mas fica a sensação de que apesar de dizer tudo o que pensa, nunca revela quem é. É através dos fragmentos como mulher, como política, como esposa, como mãe, como ditadora, que vamos construindo uma opinião. Falta muita informação para se ter uma opinião fundamentada - foram quarenta anos ao serviço do país - mas essa informação tenta ser imparcial e cobrir tanto medidas populares como impopulares para resumir uma vida pública. No final o filme perde algum do fulgor e tenta passar mensagens que falham o alvo. Contudo funciona como biografia (das poucas que se pode rever sem prejuízo de interesse) e isso quando o tema é política tem muito mérito.
Se “The Lady” é o filme para tentar acabar com uma guerra fria, “The Iron Lady” parece ser o filme que reacendeu uma guerra quente. O recordar de Margaret Thatcher e dos seus pontos altos como a oposição à CEE, o combate à inflação com o aumento do desemprego, ou a guerra das Malvinas fez com que o país voltase a viver esses tempos. O Reino Unido escusou-se de participar no resgate dos parceiros europeus, a economia inglesa está sólida apenas dos problemas sociais, e a Argentina entrou numa provocação à Europa (primeiro festejando as vitórias nas Malvinas, depois expropriando espanhóis, ainda a semana passada invadindo as Malvinas) que nos pode levar a nova guerra. Vinte anos depois, estamos na mesma.
Este flme tem a difícil missão de nos explicar quem foi esta mulher, amada e odiada por tantos. Começa por nos mostrar uma idosa na sua vida aparentemente normal e acaba a revelar tudo o que está por trás disso, no presente e no passado. Uma coisa era notória desde o início: Margaret era uma jovem confiante e desenrascada. À medida que vai crescendo e descobrindo o seu potencial, começa a impôr-se num mundo claramente reservado aos homens. Atrás dela surgiram muitas outras mulheres ocidentais de fibra, mas nos anos 50 Thatcher simplesmente não tinha por quem se guiar e desbravou um mundo perigoso que ainda hoje em dia tem de definir percentagens mínimas de mulheres para obrigar os homens a aceitarem-nas.
Quem foi Thatcher é uma pergunta que permanece sem resposta após o filme. Meryl Streep tem aqui outros dos seus desempenhos inesquecíveis e faz tudo para tornar esta mulher real, mas fica a sensação de que apesar de dizer tudo o que pensa, nunca revela quem é. É através dos fragmentos como mulher, como política, como esposa, como mãe, como ditadora, que vamos construindo uma opinião. Falta muita informação para se ter uma opinião fundamentada - foram quarenta anos ao serviço do país - mas essa informação tenta ser imparcial e cobrir tanto medidas populares como impopulares para resumir uma vida pública. No final o filme perde algum do fulgor e tenta passar mensagens que falham o alvo. Contudo funciona como biografia (das poucas que se pode rever sem prejuízo de interesse) e isso quando o tema é política tem muito mérito.
Título Original: "The Iron Lady" (França, Reino Unido, 2011) Realização: Phyllida Lloyd Argumento: Abi Morgan Intérpretes: Meryl Streep, Jim Broadbent, Alexandra Roach Música: Thomas Newman Fotografia: Elliot Davis Género: Biografia, Drama Duração: 105 min. Sítio Oficial: http://www.theironladymovie.co.uk/blog/ |
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