Se há realizador com o qual implico é Tarsem Singh. Isso já vem de longe e não tem melhorado com o passar do tempo, mas a verdade é que ele também não me tem dados motivos para mudar de opinião. O recente flop na adaptação da Branca de Neve foi apenas mais uma prova. Só que no ano passado Singh fez uma coisa da qual me tinha protegido desnecessariamente. Ao ver “ Immortals” descobri que, apesar de ainda não ser bom, era o melhor filme que ele teria feito.
Na onda da recente moda de recuperar a mitologia grega, somos apresentados a Teseu. A missão que o futuro herói unificador de Atenas vai desempenhar é uma batalha desproporcional contra o exército do rei Hiperion pelo arco de Épiro. Com esse arco Hiperion subjugaria a humanidade aos desejos dos titãs. E sem os humanos, depressa os deuses cairiam. Para evitar esse massacre, Zeus confia a derrota a um humano que treinou para momentos difíceis. Conseguirá um pescador formar um exército, derrotar um rei e salvar os deuses?
O que surpreende desde logo é o estilo visual. Singh diz que tentou que tivesse um aspecto de pintura renascentista e funcionou. Apesar de parecer que está três mil anos adiantada, a arte do Renascimento foi inspirada no clássico portanto é uma excelente forma de regressar à Grécia do século XII A.C. A escolha de actores foi convencional, mas imprevisível. Como herói Henry Cavill, que agora enverga a capa de Super-Homem. Como vilão Mickey Rourke, que tem sido o mau da fita em quase tudo o que fez desde o seu regresso. Como menina em perigo Freida Pinto, um dos orgulhos dos indianos e que ninguém desgosta. E ainda Stephen Dorff e John Hurt em papéis demasiado pequenos para o currículo que têm. Era portanto um elenco em condições nas mãos de um realizador capaz do pior, mas não. O estilo próprio de Singh encaixa perfeitamente no tipo de história a contar. Tem algo de exótico e transcendente que faz com que tanto os cenários como os diálogos e as situações existam numa caixa hermética onde se entra ao começar do filme e se permanece sem interferência do mundo exterior. Pode ser uma situação invulgar e quase desconfortável quando se vai para visionamento, mas a história também não é comum e com uma narrativa mais convencional passaria despercebida. Com esta inovadora receita proporciona um bom momento.
Meses depois o filme estará esquecido, disso não haja dúvida, mas parte da sua estrutura permanecerá no inconsciente como um sonho. Sempre é melhor do que os outros heróis gregos que andam a estrear e recordamos pelos piores motivos.
Na onda da recente moda de recuperar a mitologia grega, somos apresentados a Teseu. A missão que o futuro herói unificador de Atenas vai desempenhar é uma batalha desproporcional contra o exército do rei Hiperion pelo arco de Épiro. Com esse arco Hiperion subjugaria a humanidade aos desejos dos titãs. E sem os humanos, depressa os deuses cairiam. Para evitar esse massacre, Zeus confia a derrota a um humano que treinou para momentos difíceis. Conseguirá um pescador formar um exército, derrotar um rei e salvar os deuses?
O que surpreende desde logo é o estilo visual. Singh diz que tentou que tivesse um aspecto de pintura renascentista e funcionou. Apesar de parecer que está três mil anos adiantada, a arte do Renascimento foi inspirada no clássico portanto é uma excelente forma de regressar à Grécia do século XII A.C. A escolha de actores foi convencional, mas imprevisível. Como herói Henry Cavill, que agora enverga a capa de Super-Homem. Como vilão Mickey Rourke, que tem sido o mau da fita em quase tudo o que fez desde o seu regresso. Como menina em perigo Freida Pinto, um dos orgulhos dos indianos e que ninguém desgosta. E ainda Stephen Dorff e John Hurt em papéis demasiado pequenos para o currículo que têm. Era portanto um elenco em condições nas mãos de um realizador capaz do pior, mas não. O estilo próprio de Singh encaixa perfeitamente no tipo de história a contar. Tem algo de exótico e transcendente que faz com que tanto os cenários como os diálogos e as situações existam numa caixa hermética onde se entra ao começar do filme e se permanece sem interferência do mundo exterior. Pode ser uma situação invulgar e quase desconfortável quando se vai para visionamento, mas a história também não é comum e com uma narrativa mais convencional passaria despercebida. Com esta inovadora receita proporciona um bom momento.
Meses depois o filme estará esquecido, disso não haja dúvida, mas parte da sua estrutura permanecerá no inconsciente como um sonho. Sempre é melhor do que os outros heróis gregos que andam a estrear e recordamos pelos piores motivos.
Título Original: "Immortals" (EUA, 2011) Realização: Tarsem Singh Argumento: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides Intérpretes: Henry Cavill, Mickey Rourke, Freida Pinto, Stephen Dorff, John Hurt, Luke Evans Música: Trevor Morris Fotografia: Brendan Galvin Género: Ação, Drama, Fantasia Duração: 110 min. Sítio Oficial: http://www.immortalsmovie.com |
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