O cinema pode ser arte e cultura, mas para muita gente é mero entretenimento. E se sabe bem ir ver um filme para apreciar detalhes técnicos e influências de determinada corrente, noutras semanas compra-se o bilhete mesmo só para espairecer. Foi esse o caso com "Hit and Run": um filme que não tinha a oferecer além de um elenco sonante e a promessa de velocidade e crime.
O actor Dax Shepard anda a brincar aos realizadores. Como o primeiro filme não bastou para cativar investidores, para fazer este filme teve de ser poupado e contratou a namorada real Kristen Bell para interpretar a sua namorada. Outras das estrelas convidadas foram Tom Arnold e Bradley Cooper que tinha dirigido na primeira experiência. No total gastou dois milhões e já deve ter lucrado bastante mais.
A personagem de Shepard é Charles Bronson. Confusos? Na verdade chama-se Yul Perkins, mas como está ao abrigo do programa de protecção de testemunhas teve de mudar de nome e esse era simplesmente demasiado fixe (além de o tornar indetectável pelas pesquisas online). De volta à história, Bronson/Perkins está farto da vida simples e quando a namorada Annie (Bell) recebe uma proposta de emprego em Los Angeles, ele decide voltar com ela para a cidade de onde fugiu cinco anos antes. Vão ser perseguidos pelo agente encarregado dele, pelo ex-namorado dela, pelos criminosos que denunciou.... A única forma de escapar é andando muito depressa.
Desde a abertura que "Hit and Run" marca a diferença. O plano escolhido para o primeiro diálogo é deveras invulgar. Segue-se um desajeitado Tom Arnold a trazer humor físico, uma Kristin Chenoweth absolutamente brilhante a louvar drogas. É uma tão boa primeira impressão, que o que se segue fica muito tempo com calcanhares ao nível dos olhos.
Este é um filme sobre carros e criminosos. É uma comédia e um romance. É entretenimento puro, com imensas situações espalhafatosas e impensáveis. Pouca coisa faz sentido, nenhum tiro acerta no alvo... Contudo dá para rir bem alto em bastante situações e mesmo quando exagera no ridículo (por exemplo, sempre que Tom Arnold aparece) é constante na fidelidade ao espírito inicial.
Os amantes da velocidade arranjarão defeitos na escolha nada convencional de veículos e na brevidade dos troços percorridos. Os amantes de acção vão achar a pancadaria demasiado contida, demasiado real. Os apreciadores de humor vão achar que sabe a pouco. Neste seu filme de autor, Dax Shepard correu vários riscos. Pegou no que quis de diversos géneros e foi esticando como podia para fazer algo que cobrisse uma variedade surpreendente de gags. Sem se prender aos padrões gastos, dá-nos uma história igual a tantas outras disfarçada de novidade. Pode não ser uma preciosidade, mas pelo menos podemos dizer que é uma raridade pois tão cedo não voltamos a ver algo assim.
O actor Dax Shepard anda a brincar aos realizadores. Como o primeiro filme não bastou para cativar investidores, para fazer este filme teve de ser poupado e contratou a namorada real Kristen Bell para interpretar a sua namorada. Outras das estrelas convidadas foram Tom Arnold e Bradley Cooper que tinha dirigido na primeira experiência. No total gastou dois milhões e já deve ter lucrado bastante mais.
A personagem de Shepard é Charles Bronson. Confusos? Na verdade chama-se Yul Perkins, mas como está ao abrigo do programa de protecção de testemunhas teve de mudar de nome e esse era simplesmente demasiado fixe (além de o tornar indetectável pelas pesquisas online). De volta à história, Bronson/Perkins está farto da vida simples e quando a namorada Annie (Bell) recebe uma proposta de emprego em Los Angeles, ele decide voltar com ela para a cidade de onde fugiu cinco anos antes. Vão ser perseguidos pelo agente encarregado dele, pelo ex-namorado dela, pelos criminosos que denunciou.... A única forma de escapar é andando muito depressa.
Desde a abertura que "Hit and Run" marca a diferença. O plano escolhido para o primeiro diálogo é deveras invulgar. Segue-se um desajeitado Tom Arnold a trazer humor físico, uma Kristin Chenoweth absolutamente brilhante a louvar drogas. É uma tão boa primeira impressão, que o que se segue fica muito tempo com calcanhares ao nível dos olhos.
Este é um filme sobre carros e criminosos. É uma comédia e um romance. É entretenimento puro, com imensas situações espalhafatosas e impensáveis. Pouca coisa faz sentido, nenhum tiro acerta no alvo... Contudo dá para rir bem alto em bastante situações e mesmo quando exagera no ridículo (por exemplo, sempre que Tom Arnold aparece) é constante na fidelidade ao espírito inicial.
Os amantes da velocidade arranjarão defeitos na escolha nada convencional de veículos e na brevidade dos troços percorridos. Os amantes de acção vão achar a pancadaria demasiado contida, demasiado real. Os apreciadores de humor vão achar que sabe a pouco. Neste seu filme de autor, Dax Shepard correu vários riscos. Pegou no que quis de diversos géneros e foi esticando como podia para fazer algo que cobrisse uma variedade surpreendente de gags. Sem se prender aos padrões gastos, dá-nos uma história igual a tantas outras disfarçada de novidade. Pode não ser uma preciosidade, mas pelo menos podemos dizer que é uma raridade pois tão cedo não voltamos a ver algo assim.
Título Original: "Hit and Run" (EUA, 2012) Realização: Dax Shepard Argumento: Dax Shepard Intérpretes: Dax Shepard, Kirsten Bell, Bradley Cooper, Tom Arnold, Michael Rosenbaum, Beau Bridges, Kristin Chenoweth Música: Robert Mervak, Julian Wass Fotografia: Bradley Stonesifer Género: Acção, Comédia, Romance Duração: 100 min. Sítio Oficial: http://www.hitandrunmovie.com/ |
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