1941 teve um dos Natais menos alegres da História nos Estados Unidos. Duas semanas antes da festa natalícia a frota estacionada em Pearl Harbor foi atacada pela aviação japonesa. Enquanto na Europa se lutava por vidas os japoneses lutavam pelo domínio dos mares, estendendo a sua hegemonia asiática até às costas americanas. Os EUA trocaram o seu papel de apoiantes dos Aliados para serem uma das facções em guerra, no confronto mais mortífero e assustador de sempre. Com a guerra recuperaram da Grande Depressão e recuperaram a sua moral, tornaram-se o maior império mundial, posição que ainda mantêm. Mas o que se esconde dessa guerra? O que foi realmente feito e o que foi inventado?
Numa experiência revolucionária de cinema Clint Eastwood apresenta-nos a batalha de Iwo Jima vista pelos olhos de ambas as facções. Em "Flags of Our Fathers" é revelada uma conspiração governamental para moralizar o povo, convencendo-os do valor das tropas que lá combateram. Em "Letters from Iwo Jima" é apresentado o ponto de vista dos soldados japoneses, agora também eles vítimas da guerra que despoletaram.
Um Japão acabado de sair dos tempos feudais, quando a honra é mais importante do que a vida, irá aprender que é mais útil morrer lutando do que suicidar-se com honra. Sabem que a guerra está perdida, mas por cada dia que mantenham o inimigo longe daquela ilha as suas crianças no arquipélago principal poderão brincar e sorrir mais um dia.
Filmado quase integralmente em japonês e recorrendo a estrelas do país nipónico, "Letters from Iwo Jima" é dos melhores filmes de guerra alguma vez feitos. O seu impacto visual, o som, a direcção de actores, a realização, o rigor histórico e a mensagem transmitida criam uma obra-prima sem paralelo na história recente. Os americanos não são mais um exército todo-poderoso enfrentando um inimigo sem rosto nem sentimentos, os papeis foram invertidos e agora é pedido ao público que também inverta o seu ponto de vista. Apesar de Pearl Harbor ser um acto injustificável foi tomado por outros, quem tomou essa decisão não está a tentar sobreviver às bombas que caem em Iwo Jima. O espectador, americano ou não, preocupa-se com Saigo, Shimizu e todos os outros. Japoneses, inimigos, mas acima de tudo seres humanos e homens corajosos que estão a defender o seu país. Ao ver este filme quase se deseja que o rumo da guerra tivesse sido outro.
Clint Eastwood com a idade - e as dezenas de filmes em que actuou - aprendeu tudo o que era preciso para ser um grande realizador. Analisando a sua carreira como realizador no século XXI, não fica mal dizer que é o maior realizador vivo americano. Em cada filme supera tudo o que já fez, mostra ainda mais capacidades e não parece ter atingido o seu limite. Aguardamos ansiosamente mais um filme, mais um marco na história do cinema.
Numa experiência revolucionária de cinema Clint Eastwood apresenta-nos a batalha de Iwo Jima vista pelos olhos de ambas as facções. Em "Flags of Our Fathers" é revelada uma conspiração governamental para moralizar o povo, convencendo-os do valor das tropas que lá combateram. Em "Letters from Iwo Jima" é apresentado o ponto de vista dos soldados japoneses, agora também eles vítimas da guerra que despoletaram.
Um Japão acabado de sair dos tempos feudais, quando a honra é mais importante do que a vida, irá aprender que é mais útil morrer lutando do que suicidar-se com honra. Sabem que a guerra está perdida, mas por cada dia que mantenham o inimigo longe daquela ilha as suas crianças no arquipélago principal poderão brincar e sorrir mais um dia.
Filmado quase integralmente em japonês e recorrendo a estrelas do país nipónico, "Letters from Iwo Jima" é dos melhores filmes de guerra alguma vez feitos. O seu impacto visual, o som, a direcção de actores, a realização, o rigor histórico e a mensagem transmitida criam uma obra-prima sem paralelo na história recente. Os americanos não são mais um exército todo-poderoso enfrentando um inimigo sem rosto nem sentimentos, os papeis foram invertidos e agora é pedido ao público que também inverta o seu ponto de vista. Apesar de Pearl Harbor ser um acto injustificável foi tomado por outros, quem tomou essa decisão não está a tentar sobreviver às bombas que caem em Iwo Jima. O espectador, americano ou não, preocupa-se com Saigo, Shimizu e todos os outros. Japoneses, inimigos, mas acima de tudo seres humanos e homens corajosos que estão a defender o seu país. Ao ver este filme quase se deseja que o rumo da guerra tivesse sido outro.
Clint Eastwood com a idade - e as dezenas de filmes em que actuou - aprendeu tudo o que era preciso para ser um grande realizador. Analisando a sua carreira como realizador no século XXI, não fica mal dizer que é o maior realizador vivo americano. Em cada filme supera tudo o que já fez, mostra ainda mais capacidades e não parece ter atingido o seu limite. Aguardamos ansiosamente mais um filme, mais um marco na história do cinema.
Título Original: "Letters from Iwo Jima" (EUA, Japão, 2006) Realização: Clint Eastwood Argumento: Iris Yamashita, Paul Haggis Intérpretes: Ken Watanabe, Kazunari Ninomiya, Shido Nakamura, Yuki Matsuzaki, Hiroshi Watanabe Fotografia: Tom Stern Música: Kyle Eastwood , Michael Stevens Género: Drama, Guerra Duração: 141 min. Sítio Oficial: http://iwojimathemovie.warnerbros.com/ |
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