Qual seria o sucesso comercial de um filme como Beowulf se não tivesse o gadget das 3D para cativar os espectadores? A resposta seria provavelmente uma fraca receita de bilheteira já que esta incursão de Zemeckis por uma saga vagamente nórdica pouco mais tem de recomendável que a espectacularidade destes efeitos ópticos. Obviamente Zemeckis é não só um realizador experiente e atento às audiências e por isso mais uma vez encontrou uma receita que, estando longe dos seus sucessos anteriores vai enchendo o olho aos espectadores e por isso escapa de ser tornar um flop. Para rechear esta história de um herói lendário da mitologia rúnica Zemeckis teve o cuidado de escolher entre outros Anthony Hopkins e Angelina Jolie como suportes materiais de personagens trabalhadas digitalmente. E neste caso convém dizer que Angelina se sai muito bem no seu novo corpinho virtual qual Vénus a sair da concha no quadro de Boticelli.
Todo o argumento se estrutura em torno de um herói, Beowulf, autor de múltiplas façanhas, uma espécie de Hércules em versão escandinava, e da sua ascensão e decadência como senhor de um reino proto-medieval não identificado. Mas, de facto, o guião é apenas a desculpa para um cocktail de orgias em versão soft, festins pantagruelicos, monstros reciclados de dragões e serpentes, e algumas paixões para quebrar a tensão. Claro que os efeitos são de uma eficácia absoluta e o 3D se não convence como futuro imediato do cinema sempre funciona como uma espécie de presente de Natal antecipado. Tanto assim que os espectadores a quem se pergunta a opinião sobre o filme quase se limitam a relembrar os óculos como recordação anexa ao bilhete e dos objectos que dão a ilusão da tridimensionalidade. Os dinamarqueses como horrendos trogloditas, as suas mulheres como belezas louras e, como convém em filmes a quem se augura já a sequela, mesmo quando o monstro está morto a feiticeira Jolie já tem no ventre a próxima geração. É puro entretenimento, mas para a maior parte dos espectadores isso basta.
Todo o argumento se estrutura em torno de um herói, Beowulf, autor de múltiplas façanhas, uma espécie de Hércules em versão escandinava, e da sua ascensão e decadência como senhor de um reino proto-medieval não identificado. Mas, de facto, o guião é apenas a desculpa para um cocktail de orgias em versão soft, festins pantagruelicos, monstros reciclados de dragões e serpentes, e algumas paixões para quebrar a tensão. Claro que os efeitos são de uma eficácia absoluta e o 3D se não convence como futuro imediato do cinema sempre funciona como uma espécie de presente de Natal antecipado. Tanto assim que os espectadores a quem se pergunta a opinião sobre o filme quase se limitam a relembrar os óculos como recordação anexa ao bilhete e dos objectos que dão a ilusão da tridimensionalidade. Os dinamarqueses como horrendos trogloditas, as suas mulheres como belezas louras e, como convém em filmes a quem se augura já a sequela, mesmo quando o monstro está morto a feiticeira Jolie já tem no ventre a próxima geração. É puro entretenimento, mas para a maior parte dos espectadores isso basta.
Título Original: "Beowulf" (EUA, 2007) Realização: Robert Zemeckis Argumento: Neil Gaiman, Roger Avary Intérpretes: Ray Winstone, Angelina Jolie, Robin Wright Penn, Anthony Hopkins Fotografia: Robert Presley Música: Alan Silvestri Género: Acção, Drama, Aventura, Fantasia Duração: 113 min. Sítio Oficial: http://www.beowulfmovie.com/ |
0 comentários:
Enviar um comentário