Apesar de o Reino Unido produzir frequentemente vários filmes excelentes os títulos mais facilmente reconhecidos como ingleses serão, ironicamente, as co-produções americanas. As suas origens vincadas, aliadas ao marketing agressivo da ex-colónia, criaram uma recordação forte. Escondendo a saga Harry Potter o que sobra do cinema inglês? Que títulos mais depressa são lembrados como vindos das ilhas britânicas? Sem grande margem de erro qualquer lista de cinco filmes incluiria "Notting Hill" ou "Love Actually", dois dos filmes mais populares e lucrativos que estúdios ingleses tiveram nos últimos anos. Nenhum deles é exclusivamente britânico, ambos transmitem ideais românticos de forma interessante e são estragados - especialmente o primeiro - por um final americanizado. Chegou o filme que acaba com isso. Em "Love and Other Disasters", segunda obra de Alek Keshishian, as comédias românticas ganham uma nova definição.
Jacks é uma anglo-americana a viver em Londres. Incapaz de assumir um compromisso com um homem que ame, namora com um homem de quem não gosta e para evitar arrepender-se disso não tem um único amigo heterossexual e trabalha numa revista de moda. Iremos acompanhar as desaventuras amorosas de Jacks e do seu companheiro de casa Peter numa Londres bastante gay, onde nenhum consegue encontrar o homem das suas vidas. Peter e Jacks são um só, o sujeito que quer amar sem saber o que procura. E a sua amizade um pelo outro irá levá-los a descobrir que podem não arranjar para si próprios, mas querem ver o amigo feliz. A história desta dupla é contada sem qualquer tipo de tendência pró ou contra a homossexualidade. Isso é de saudar no cinema moderno que costuma ser tendencioso e ou apela a homofobia ou é propaganda pela sexualidade desviante. Aqui o tema é o amor e as pessoas são apenas acessórios para demonstrar as várias formas de amar. Aqui existe apenas um tipo de relação considerada invulgar. A amizade pura entre homens e mulheres na opinião de Jacks apenas é possível quando um deles não pode sentir atracção sexual pelo outro. Nada nem ninguém ao longo do filme contraria esse ponto de vista.
O argumento tem um fio condutor empolgante e é dignamente interpretado por alguns nomes pequenos do cinema europeu e Brittany Murphy num dos seus papeis mais exigentes até à data. Para completar a sátira até surgiram duas estrelas importadas por Hollywood. Momentos quase geniais de comédia, críticas inesperadas aos clichés do cinema e, aquilo que me conquistou, uma imensa homenagem a Audrey Hepburn e à sua eterna Holly Golighty.
Jacks é uma anglo-americana a viver em Londres. Incapaz de assumir um compromisso com um homem que ame, namora com um homem de quem não gosta e para evitar arrepender-se disso não tem um único amigo heterossexual e trabalha numa revista de moda. Iremos acompanhar as desaventuras amorosas de Jacks e do seu companheiro de casa Peter numa Londres bastante gay, onde nenhum consegue encontrar o homem das suas vidas. Peter e Jacks são um só, o sujeito que quer amar sem saber o que procura. E a sua amizade um pelo outro irá levá-los a descobrir que podem não arranjar para si próprios, mas querem ver o amigo feliz. A história desta dupla é contada sem qualquer tipo de tendência pró ou contra a homossexualidade. Isso é de saudar no cinema moderno que costuma ser tendencioso e ou apela a homofobia ou é propaganda pela sexualidade desviante. Aqui o tema é o amor e as pessoas são apenas acessórios para demonstrar as várias formas de amar. Aqui existe apenas um tipo de relação considerada invulgar. A amizade pura entre homens e mulheres na opinião de Jacks apenas é possível quando um deles não pode sentir atracção sexual pelo outro. Nada nem ninguém ao longo do filme contraria esse ponto de vista.
O argumento tem um fio condutor empolgante e é dignamente interpretado por alguns nomes pequenos do cinema europeu e Brittany Murphy num dos seus papeis mais exigentes até à data. Para completar a sátira até surgiram duas estrelas importadas por Hollywood. Momentos quase geniais de comédia, críticas inesperadas aos clichés do cinema e, aquilo que me conquistou, uma imensa homenagem a Audrey Hepburn e à sua eterna Holly Golighty.
Título Original: "Love and Other Disasters" (França, Reino Unido, 2006) Realização: Alek Keshishian Argumento: Alek Keshishian Intérpretes: Brittany Murphy, Matthew Rhys, Santiago Cabrera Fotografia: Pierre Morel Música: Alexandre Azaria Género: Comédia, Romance Duração: 90 min. Sítio Oficial: http://www.europacorp.com/dossiers/love/ |
2 comentários:
É já, sem dúvida, um dos meus filmes favoritos. Sendo uma adepta de "finais felizes"... este filme acaba por o ter sem cair na tendência "hollywoodesca" da maioria das comédias românticas. Um filme a não perder e para voltar a ver.
Eu amei o filme...acho que, de alguma forma, me revi na Jacks.
Às vezes, procuramos o amor onde ele não está, onde ele não há e qdo acontece, pode ser assim, como no filme....porque as nossas vidas dariam filmes e os filmes são um reflexo das nossas vidas.
Um abraço gigante ao Nuno, sempre pro-activo no seu blog e com comentarios bem estruturados e com emoção, sem cair na lamechice.
Um Bom Ano, de preferência, com muito Amor - para não fugir ao tema do filme...nem da vida! :-)
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