Com uma carreira de 40 anos na música, Marianne Faithfull estreia-se num papel principal em "Irina Palm", um drama britânico do alemão Sam Garbarski, premiado na Berlinale do passado ano.
Maggie (Marianne Faithfull) é uma mulher ainda atormentada pela morte do marido, que se vê a braços com uma terrível tragédia: o seu neto, Ollie (Corey Burke) tem uma grave doença, e só uma viagem à Austrália o impedirá de ter uma morte certa. Toda a comunidade local se juntou para ajudar, emprestando dinheiro, fonte também esgotada pela vias legais bancárias.
Com o filho Tom (Kevin Bishop) e a nora Sarah (Siobhan Hewlett) junta à cama do filho no hospital, Maggie começa a procura de emprego. Apercebendo-se que será recusada em qualquer lado, decide entrar no Sexy World, uma sex-shop no Soho, para responder ao anúncio da necessidade de empregadas. Desfeito o equívoco que este nome comportava, esta avó londrina começa um estranho trabalho para uma mulher da sua idade: dentro de uma recôndita cabine, unida ao exterior por aquilo que se apelida de glory hole, masturba homens de forma incógnita, com vista a receber a quantidade de dinheiro suficiente que possibilite a viagem e internamento do neto naquele país da Oceania.
Cedo, Maggie transforma-se num caso de sucesso: adoptando o nome artístico de Irina Palm, saído da criatividade do dono da loja onde actua, o imigrante Miki (Miki Manojlovic), recebe o montante em falta, não contando que o seu filho descobrisse a estranha profissão que adoptou. Dividida entre um amor recente por Miki, a necessidade de pagar a dívida, e a vida do neto, Maggie entra numa complicada encruzilhada.
Groupie dos Rolling Stones, por intermédio dos quais começou a sua carreira musical, Marianne Faithfull dá em "Irina Palm" mais um passo na sua carreira de actriz, conquistando o direito ao seu primeiro papel principal na sua curta filmografia. E este será o único pretexto para observar o filme com curiosidade, ainda que saia defraudado. Interrogo-me do porquê de uma nomeação de Melhor Actriz nos European Film Awards de 2007, Marianne tem uma actuação pobre, inexpressiva e carregada de defeitos. A par dela, as opções estéticas quer a nível narrativo, quer a nível de banda sonora e de montagem são de enorme amadorismo, aseemelhando-se muitas das vezes, nas transições, a verdadeiras soap operas de fim de tarde.
Releva, e só mesmo aí, a presença do sérvio Miki Manojlovic, que conhecemos do cinema de Kusturica, mormente da sua obra maior, "Underground" (1995), num redondo acto falhado do cinema europeu.
Maggie (Marianne Faithfull) é uma mulher ainda atormentada pela morte do marido, que se vê a braços com uma terrível tragédia: o seu neto, Ollie (Corey Burke) tem uma grave doença, e só uma viagem à Austrália o impedirá de ter uma morte certa. Toda a comunidade local se juntou para ajudar, emprestando dinheiro, fonte também esgotada pela vias legais bancárias.
Com o filho Tom (Kevin Bishop) e a nora Sarah (Siobhan Hewlett) junta à cama do filho no hospital, Maggie começa a procura de emprego. Apercebendo-se que será recusada em qualquer lado, decide entrar no Sexy World, uma sex-shop no Soho, para responder ao anúncio da necessidade de empregadas. Desfeito o equívoco que este nome comportava, esta avó londrina começa um estranho trabalho para uma mulher da sua idade: dentro de uma recôndita cabine, unida ao exterior por aquilo que se apelida de glory hole, masturba homens de forma incógnita, com vista a receber a quantidade de dinheiro suficiente que possibilite a viagem e internamento do neto naquele país da Oceania.
Cedo, Maggie transforma-se num caso de sucesso: adoptando o nome artístico de Irina Palm, saído da criatividade do dono da loja onde actua, o imigrante Miki (Miki Manojlovic), recebe o montante em falta, não contando que o seu filho descobrisse a estranha profissão que adoptou. Dividida entre um amor recente por Miki, a necessidade de pagar a dívida, e a vida do neto, Maggie entra numa complicada encruzilhada.
Groupie dos Rolling Stones, por intermédio dos quais começou a sua carreira musical, Marianne Faithfull dá em "Irina Palm" mais um passo na sua carreira de actriz, conquistando o direito ao seu primeiro papel principal na sua curta filmografia. E este será o único pretexto para observar o filme com curiosidade, ainda que saia defraudado. Interrogo-me do porquê de uma nomeação de Melhor Actriz nos European Film Awards de 2007, Marianne tem uma actuação pobre, inexpressiva e carregada de defeitos. A par dela, as opções estéticas quer a nível narrativo, quer a nível de banda sonora e de montagem são de enorme amadorismo, aseemelhando-se muitas das vezes, nas transições, a verdadeiras soap operas de fim de tarde.
Releva, e só mesmo aí, a presença do sérvio Miki Manojlovic, que conhecemos do cinema de Kusturica, mormente da sua obra maior, "Underground" (1995), num redondo acto falhado do cinema europeu.
Título Original: "Irina Palm" (Reino Unido/Alemanha/França/Bélgica/Luxemburgo, 2007) Realização: Sam Garbarski Argumento: Sam Garbarski e Philippe Blasband Intérpretes: Marianne Faithfull, Miki Manojlovic e Siobhan Hewlett Fotografia: Christophe Beaucarne Música: Ghinzu Género: Drama Duração: 103 min. Sítio Oficial: http://www.irinapalm-themovie.com |
0 comentários:
Enviar um comentário