Vivemos em plena pandemia, mas não nos devíamos queixar. A gripe dos porcos, a das galinhas, são apenas constipações comparando com o que se aproxima. Lembram-se de "Cabin Fever"? É esse género de doença que se segue e não é bonito de ver.
Estamos num mundo pós-apocalíptico. Um carro com quatro ocupantes circula por estradas desertas num mundo também ele deserto. Uma estranha doença vitimou grande parte da população e os sobreviventes não durarão muito. Os tripulantes desse carro são Brian, Bobby, Danny e Kate. Brian namora com Bobby e é irmão de Danny que é amigo de Kate. Apesar da amizade e dos laços familiares definiram regras incontornáveis para sobreviver: usar apenas estradas secundárias, não parar por nada nem ninguém, não tocar nos infectados, regar com lixívia tudo que queiram levar e abater qualquer possível ameaça. Se a história ficasse por aí teríamos um cenário interessante, mas, como é óbvio, começam a quebrar as regras uma a uma. A morte é inevitável e não é facilmente adiável.
Ao longo do filme vamos ainda conhecendo o passado destas personagens. Desde a persistência de Kate em saber dos pais e de Bobby em ajudar o próximo, até ao segredo que Brian escondeu do imão. Dois extremos em que a humanidade, ou falta dela, define o futuro do grupo. Quanta indiferença é precisa para nos escudarmos da morte? E quanta compaixão para podermos manter o epíteto de humanos?
Pelo meio algumas pessoas juntam-se ao grupo, com outros apenas se cruzam. Nem sempre o contacto é pacífico. A situação exige enorme clareza e raciocínio e reflexos rápidos. É mais difícil para os jovens que tiveram de amadurecer depressa. Também as relações são criadas mais depressa e quebradas em segundos. Vão lutar pela vida e, como seria de esperar, não podem chegar todos ao fim. Os humanos matam mais do que o vírus.
Pouco há a dizer sobre esta estreia de dois irmãos catalães na realização de cinema americano. Gostei que tivessem aquelas regras - vistas em tantos filmes, mas raramente seguidas - e entretém medianamente.
Não traz nada de inovador. Admito que aproveitou bem o momento de pânico, por exemplo, a campanha promocional em Sitges oferecia máscaras bocais. Acabando o momento desaparece da memória.
Título Original: "Carriers" (EUA, 2009) Realização: Àlex Pastor, David Pastor Argumento: Àlex Pastor, David Pastor Intérpretes: Lou Taylor Pucci, Emily VanCamp, Chris Pine, Piper Perabo Fotografia: Benoît Debie Música: Peter Nashel Género: Drama, Suspense, Terror Duração: 84 min. Sítio Oficial: http://www.carriersmovie.com/ |
1 comentários:
até não desgostei,
(tendo em conta o que tem estreado dentro do género...)
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