Com o recorde monetário obtido por "Avatar" todos os estúdios se apressaram a anunciar projectos em 3D. A diferença deste para o cinema convencional pode chegar aos 5 dólares por bilhete. Para terem uma ideia do impacto 70% da receita de "Avatar" foi conseguida nesse formato.
Mas a galinha dos ovos-de-ouro pode muito bem estar ameaçada por.. ela mesma. Para James Cameron correu bem. Era o único filme 3D num espaço confortável de tempo, tinha as salas todas livres nesse formato. Só que dentro de um mês chega a concorrência na experiência tridimensional de Tim Burton. As maiores cadeias de exibição assinaram contratos para exibir o filme na maioria ou totalidade das suas salas 3D. Se o impossível acontecer e "Alice in Wonderland" for um fracasso (como "Jonas Brothers" que ao fim de duas semanas logo devolveu o espaço a "Coraline") pode ser que "Avatar" volte às salas para mais umas sessões, mas logo depois começa o combate. A 26 de Março "How to Train Your Dragon", uma semana depois "Clash of the Titans"... Este último filme foi adiado por isso mesmo, não estava pensado para 3D, quando decidiram converter viram que não tinham salas, mudaram a data o que obrigou a repensar todas as estreias de Abril.
Quando acabar o ano os EUA terão 5100 salas preparadas para 3D e centenas mais no próximo ano. Quase 200 com tecnologia IMAX, algumas Doby3D e muitas RealD (a empresa tem 5000 ecrãs entre instalados e encomendados). Serão suficientes para aguentar a febre? Será moda passageira? Na minha agenda tenho apenas mais 2 3D como obrigatórios, precisamente "Alice" e "Tron Legacy", o resto vejo como sempre.
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