Tão certo quanto o meu nome ser o daqui de cima, para cada bom filme inserido na categoria de terror, trinta terríveis terão que surgir. E esta capicua pertence a este último grupo.
Aproveitando o facto de termos este ano a interessante combinação de números 11-11-11 (ou seja, onze de Novembro de dois mil e onze), a qual pode ser estendida às horas, Darren Lynn Bousman (o realizador do segundo, terceiro e quarto tomos da saga “Saw”) escreve e dirige este “11-11-11”, uma pífia desculpa de filme, com uma narrativa paupérrima e interpretações de qualidade muito duvidosa.
A história, claro está (e não necessitamos de ser bruxos para o descobrir), assenta na visão de um homem que é assombrado pelo número 11. Escritor de profissão, Joseph Crone luta contra a tristeza profunda resultante da perda da mulher e do filho num incêndio doméstico. Após ter conhecimento pelo irmão que o pai (ambos pregadores católicos de uma igreja paralela em Barcelona) se encontra em fase terminal de uma doença, decide voltar a estreitar laços outrora perdidos, e voar ao Velho Continente para estar presente naquele momento difícil. Aliás, a verdadeira razão da viagem é tão só continuar a procurar perceber a influência do 11 na sua vida, pois o passado deles aparentemente não permite aos Crone reunirem-se novamente num edifício familiar estruturado. Na cidade condal, porém, depara-se com a verdadeira história por detrás da matemática.
Ora, estamos perante um compêndio de como não filmar, mas especialmente perante um manual de má escrita de argumento. “11-11-11” é de uma pobreza a todos os títulos notável, nos diálogos e no seu conteúdo, mas muito em particular na concepção das personagens e no que elas são suposto representar como elementos integrantes da narrativa. Muito fraca a profundidade de Crone e do irmão Samuel (Michael Landes), bem como da governanta Anna, não encontrando eu, por muito que me esforce, explicação para a verdadeira função de Sadie (Wendy Glenn), típica personagem-muleta para fazer evoluir a continuidade temporal, caindo por terra qualquer nexo na quase totalidade da sua presença na fita.
No mais, incompreensível o recurso a Barcelona como quadro de fundo, acabando por redundar num mau postal de turismo, onde Bousman não conseguiu deixar de ceder à tentação de criar aquela típica sequência estradal onde o personagem em questão atravessa a cidade, de modo a poder gabar-se aos amigos que filmou a Sagrada Família, a Casa Batlló e a Milà, sem consequências verdadeiras para o desenrolar da trama.
Se a memória não me atraiçoa, o filme ainda não estará comprado para Portugal ou, quanto muito, ainda não tem data de estreia marcada. Esta será, enfim, a melhor notícia que aqui vos posso dar.
Aproveitando o facto de termos este ano a interessante combinação de números 11-11-11 (ou seja, onze de Novembro de dois mil e onze), a qual pode ser estendida às horas, Darren Lynn Bousman (o realizador do segundo, terceiro e quarto tomos da saga “Saw”) escreve e dirige este “11-11-11”, uma pífia desculpa de filme, com uma narrativa paupérrima e interpretações de qualidade muito duvidosa.
A história, claro está (e não necessitamos de ser bruxos para o descobrir), assenta na visão de um homem que é assombrado pelo número 11. Escritor de profissão, Joseph Crone luta contra a tristeza profunda resultante da perda da mulher e do filho num incêndio doméstico. Após ter conhecimento pelo irmão que o pai (ambos pregadores católicos de uma igreja paralela em Barcelona) se encontra em fase terminal de uma doença, decide voltar a estreitar laços outrora perdidos, e voar ao Velho Continente para estar presente naquele momento difícil. Aliás, a verdadeira razão da viagem é tão só continuar a procurar perceber a influência do 11 na sua vida, pois o passado deles aparentemente não permite aos Crone reunirem-se novamente num edifício familiar estruturado. Na cidade condal, porém, depara-se com a verdadeira história por detrás da matemática.
Ora, estamos perante um compêndio de como não filmar, mas especialmente perante um manual de má escrita de argumento. “11-11-11” é de uma pobreza a todos os títulos notável, nos diálogos e no seu conteúdo, mas muito em particular na concepção das personagens e no que elas são suposto representar como elementos integrantes da narrativa. Muito fraca a profundidade de Crone e do irmão Samuel (Michael Landes), bem como da governanta Anna, não encontrando eu, por muito que me esforce, explicação para a verdadeira função de Sadie (Wendy Glenn), típica personagem-muleta para fazer evoluir a continuidade temporal, caindo por terra qualquer nexo na quase totalidade da sua presença na fita.
No mais, incompreensível o recurso a Barcelona como quadro de fundo, acabando por redundar num mau postal de turismo, onde Bousman não conseguiu deixar de ceder à tentação de criar aquela típica sequência estradal onde o personagem em questão atravessa a cidade, de modo a poder gabar-se aos amigos que filmou a Sagrada Família, a Casa Batlló e a Milà, sem consequências verdadeiras para o desenrolar da trama.
Se a memória não me atraiçoa, o filme ainda não estará comprado para Portugal ou, quanto muito, ainda não tem data de estreia marcada. Esta será, enfim, a melhor notícia que aqui vos posso dar.
Título Original: "11-11-11" (Espanha, EUA, 2011) Realização: Darren Lynn Bousman Argumento: Darren Lynn Bousman Intérpretes: Timothy Gibbs, Michael Landes, Denis Rafter, Wendy Glenn Música: Joseph Bishara Fotografia: Joseph White Género: Horror, Thriller Duração: 90 min. Sítio Oficial: http://1111themovie.com/ |
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