É dito que um remake serve para modernizar ou pelo menos dobrar um filme original. No caso de “The Thing from Another World”/“The Thing” ambos os filmes serão de culto, mas o remake tornou-se a versão mais famosa com o toque mágico de Carpenter. Só que, de acordo com a filosofia hollywoodesca, quando a segunda não basta para enriquecer, passa-se para uma terceira versão. Para não desacreditar Carpenter, a solução foi fazer exactamente o mesmo dando-lhe o disfarce de prequela.
Uma equipa científica multidisciplinar parte para a Antárctica. O posto de observação fez uma descoberta única e precisam de determinar o que é exactamente aquilo antes de o comunicarem ao mundo. A única coisa que sabem é que é pode ser o maior achado de sempre. Quando o item congelado salta e fura o tecto eles percebem que estão a lidar com um problema demasiado sério para ficar nas mãos de cientistas. Precisam de um exército, mas não há nenhum militar por perto. E mesmo os civis e os animais começam a rarear à medida que a criatura se alimenta.
Foi com poucas expectativas que entrei para este filme. O início é um pouco espalhafatoso, provando logo à partida que podemos contar com efeitos visuais de topo. Em seguida há dado um salto de milhares de quilómetros para um laboratório universitário onde uma bela cientista desenvolve a sua actividade. O rosto da Dra. Lloyd era-me terrivelmente familiar, mas não conseguia lembrar-me do nome. Percorri mentalmente uma centena de actrizes daqules escalão etário e simplesmente não aparecia nada. A solução foi relaxar e apreciar o filme pelo que tinha. Digamos que também em termos de acção não perde tempo. A criatura descongela-se logo na primeira noite de festa para também tomar uns copos! A partir daí as estórias secundárias que se espera num filme sem capacidade para manter a tensão desaparecem. Num gesto arrojado o argumentista apresenta-nos um filme que vive do suspense, com o terror num nível adequado para maiores de doze e grande público, mas alguns momentos intensos para quem simplesmente desejava ver o filme de 1982 rejuvenescido.
A Dra. Lloyd vai assumindo o protagonismo e a liderança da base com uma naturalidade impressionante. Como consegue uma mulher afirmar-se no seio de uma dezena de homens acostumados ao isolamento? A outra mulher estava lá há meses ou anos e não conseguira nada deles! Até que subitamente a ciência desaparece e temos apenas o medo. É a partir daí que a Dra. Lloyd se torna apenas Kate, uma mulher sagaz, forte, capaz de impor respeito e de fazer cumprir a sua vontade. Enquanto os homens se acusam mutuamente - e a criatura os mata - Kate ergue-se a um patamar comparável a Ripley. Porque como se verá este filme tem tanto em comum com o Oitavo Passageiro como com o trabalho de Carpenter. Colocaram um clone de MacReady na base (Joel Edgerton), assim como muitos noruegueses matulões, mas éRipley Kate quem dá luta ao monstro.
Quem procura um filme de terror light, com conclusões fáceis de tirar, muitos tiros, explosões, fogo e efeitos especiais tem de dar uma oportunidade a “The Thing”. É um filme feito para o grande ecrã e com as devidas homenagens aos filmes que copia. Se não viram os filmes de Ridley Scott e Carpenter, dêem uma oportunidade a este antes de criarem o preconceito. Vejam os outros depois. Se conhecem os clássicos até serão capazes de reconhecer as músicas e o machado do filme de Carpenter e o enquadramento de Scott.
Já agora, a actriz é Mary Elizabeth Winstead, mas a mudança de papéis foi tão brusca que é difícil acreditar. Parece ter encontrado um novo meio onde se mover e percebo por que razão McClane leva o filho e não a filha para o quinto capítulo de “Die Hard”, passado na Rússia. A filha move-se no gelo com tal força e graciosidade que lhe roubaria o espectáculo.
Uma equipa científica multidisciplinar parte para a Antárctica. O posto de observação fez uma descoberta única e precisam de determinar o que é exactamente aquilo antes de o comunicarem ao mundo. A única coisa que sabem é que é pode ser o maior achado de sempre. Quando o item congelado salta e fura o tecto eles percebem que estão a lidar com um problema demasiado sério para ficar nas mãos de cientistas. Precisam de um exército, mas não há nenhum militar por perto. E mesmo os civis e os animais começam a rarear à medida que a criatura se alimenta.
Foi com poucas expectativas que entrei para este filme. O início é um pouco espalhafatoso, provando logo à partida que podemos contar com efeitos visuais de topo. Em seguida há dado um salto de milhares de quilómetros para um laboratório universitário onde uma bela cientista desenvolve a sua actividade. O rosto da Dra. Lloyd era-me terrivelmente familiar, mas não conseguia lembrar-me do nome. Percorri mentalmente uma centena de actrizes daqules escalão etário e simplesmente não aparecia nada. A solução foi relaxar e apreciar o filme pelo que tinha. Digamos que também em termos de acção não perde tempo. A criatura descongela-se logo na primeira noite de festa para também tomar uns copos! A partir daí as estórias secundárias que se espera num filme sem capacidade para manter a tensão desaparecem. Num gesto arrojado o argumentista apresenta-nos um filme que vive do suspense, com o terror num nível adequado para maiores de doze e grande público, mas alguns momentos intensos para quem simplesmente desejava ver o filme de 1982 rejuvenescido.
A Dra. Lloyd vai assumindo o protagonismo e a liderança da base com uma naturalidade impressionante. Como consegue uma mulher afirmar-se no seio de uma dezena de homens acostumados ao isolamento? A outra mulher estava lá há meses ou anos e não conseguira nada deles! Até que subitamente a ciência desaparece e temos apenas o medo. É a partir daí que a Dra. Lloyd se torna apenas Kate, uma mulher sagaz, forte, capaz de impor respeito e de fazer cumprir a sua vontade. Enquanto os homens se acusam mutuamente - e a criatura os mata - Kate ergue-se a um patamar comparável a Ripley. Porque como se verá este filme tem tanto em comum com o Oitavo Passageiro como com o trabalho de Carpenter. Colocaram um clone de MacReady na base (Joel Edgerton), assim como muitos noruegueses matulões, mas é
Quem procura um filme de terror light, com conclusões fáceis de tirar, muitos tiros, explosões, fogo e efeitos especiais tem de dar uma oportunidade a “The Thing”. É um filme feito para o grande ecrã e com as devidas homenagens aos filmes que copia. Se não viram os filmes de Ridley Scott e Carpenter, dêem uma oportunidade a este antes de criarem o preconceito. Vejam os outros depois. Se conhecem os clássicos até serão capazes de reconhecer as músicas e o machado do filme de Carpenter e o enquadramento de Scott.
Já agora, a actriz é Mary Elizabeth Winstead, mas a mudança de papéis foi tão brusca que é difícil acreditar. Parece ter encontrado um novo meio onde se mover e percebo por que razão McClane leva o filho e não a filha para o quinto capítulo de “Die Hard”, passado na Rússia. A filha move-se no gelo com tal força e graciosidade que lhe roubaria o espectáculo.
Título Original: "The Thing" (Canadá, EUA, 2011) Realização: Matthijs van Heijningen Jr. Argumento: Eric Heisserer (baseado no livro de John W. Campbell Jr. ) Intérpretes: Mary Elizabeth Winstead, Joel Edgerton, Ulrich Thomsen, Eric Christian Olsen, Adewale Akinnuoye-Agbaje Música: Marco Beltrami Fotografia: Michel Abramowicz Género: Ficção-Científica, Horror, Thriller Duração: 103 min. Sítio Oficial: http://www.thethingmovie.net/ |
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