A adaptação de “Cogan’s Trade” era um dos filmes mais badalados para este ano. A mudança de título pode despistar quem procurar um filme homónimo, mas quem tiver lido seguramente reconhecerá a frase. Esta é uma obra intensa sobre os meandros do crime. A sua essência está nas regras que cada criminoso segue e matá-los suavemente é a regra de Cogan.
A única forma perfeita de cometer um crime é conseguir que outra pessoa seja acusada do mesmo. Perante o sistema judicial normal os falsos culpados teriam o benefício da dúvida, mas entre criminosos o júri, juiz e carrasco é único. Um homem encontrou o golpe perfeito, o suspeito ideal e dois executantes para cumprirem as suas instruções. De um lado vamos ter esses três sujeitos nas fases de planeamento, execução e ocultação. Do outro as vítimas que desconfiam do culpado óbvio e vão levar a cabo uma retaliação contra suspeitos por determinar, conversando entre eles sobre os valores pelos quais se regem. Tudo bastante surreal e com toques próximos da loucura. Até porque Cogan, o repsonsável por devolver a justiça ao submundo tem divagações filosóficas que não estão totalmente enquadradas com a situação.
O maravilhoso elenco reunido fez subir bastante as expectativas. Brad Pitt, Richard Jenkins, Ray Liotta, James Gandolfini, difícil é parar de enumerar. Apesar de não estarem mal, também não se pode dizer que estejam bem. O problema é ser um filme demasiado fragmentado. Como não há uma personagem principal dividem as atenções entre eles e as mudanças de protagonista causam constantes quebras narrativas. Há uma cena mais demorada entre Pitt e Gandolfini que eleva o filme acima da média, contudo isso leva a fazer comparações com o seu anterior confronto em “The Mexican” e perde na comparação. Enquanto o filme de Verbinski era propositamente divertido com alguma substância que se ia revelando, “Killing Them Softly” avança com os temas pesados antes de ter um fio condutor, sendo cada uma das mudanças de foco uma oportunidade para respirar e, em parte, para desligar. Quando termina ficam as recordações do assalto e do desempenho do sub-aproveitado Gandolfini e do sempre igual Liotta.
Se o propósito do filme é afastar as pesssoas da vida criminosa, então é muito bem sucedido. É tudo demasiado complicado e instável - especialmente as pessoas - as amizades são falsas, o negócio tem muita inflação, em suma, o crime não compensa. Podem retirar da lista de prioridades a ver este ano.
A única forma perfeita de cometer um crime é conseguir que outra pessoa seja acusada do mesmo. Perante o sistema judicial normal os falsos culpados teriam o benefício da dúvida, mas entre criminosos o júri, juiz e carrasco é único. Um homem encontrou o golpe perfeito, o suspeito ideal e dois executantes para cumprirem as suas instruções. De um lado vamos ter esses três sujeitos nas fases de planeamento, execução e ocultação. Do outro as vítimas que desconfiam do culpado óbvio e vão levar a cabo uma retaliação contra suspeitos por determinar, conversando entre eles sobre os valores pelos quais se regem. Tudo bastante surreal e com toques próximos da loucura. Até porque Cogan, o repsonsável por devolver a justiça ao submundo tem divagações filosóficas que não estão totalmente enquadradas com a situação.
O maravilhoso elenco reunido fez subir bastante as expectativas. Brad Pitt, Richard Jenkins, Ray Liotta, James Gandolfini, difícil é parar de enumerar. Apesar de não estarem mal, também não se pode dizer que estejam bem. O problema é ser um filme demasiado fragmentado. Como não há uma personagem principal dividem as atenções entre eles e as mudanças de protagonista causam constantes quebras narrativas. Há uma cena mais demorada entre Pitt e Gandolfini que eleva o filme acima da média, contudo isso leva a fazer comparações com o seu anterior confronto em “The Mexican” e perde na comparação. Enquanto o filme de Verbinski era propositamente divertido com alguma substância que se ia revelando, “Killing Them Softly” avança com os temas pesados antes de ter um fio condutor, sendo cada uma das mudanças de foco uma oportunidade para respirar e, em parte, para desligar. Quando termina ficam as recordações do assalto e do desempenho do sub-aproveitado Gandolfini e do sempre igual Liotta.
Se o propósito do filme é afastar as pesssoas da vida criminosa, então é muito bem sucedido. É tudo demasiado complicado e instável - especialmente as pessoas - as amizades são falsas, o negócio tem muita inflação, em suma, o crime não compensa. Podem retirar da lista de prioridades a ver este ano.
Título Original: "Killing Them Softly" (EUA, 2012) Realização: Andrew Dominik Argumento: Andrew Dominik (livro de George V. Higgins) Intérpretes: Brad Pitt, Richard Jenkins, Ray Liotta, James Gandolfini, Scoot McNairy Fotografia: Greig Fraser Género: Crime, Thriller Duração: 100 min. Sítio Oficial: http://killingthemsoftlymovie.com/ |
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