Quem viu "Big Miracle" e, pelo poster ou trailer, pensava que era um novo "Free Willy" deve-se ter sentido muito enganado. Enquanto o filme de 1993 (sim, passaram quase duas décadas) foi feito para ajudar as baleias e acabou por ajudar especialmente a criatura que actuou no filme, este novo filme também apela à defesa da baleias, mas é fortemente baseado em factos reais e dá uma perspectiva imparcial das diversas forças lá presentes. Explica o ponto de vista dos caçadores de baleias, o da Greenpeace, o das petrolíferas, o dos jornalistas, o dos pequenos empresários, o dos políticos... em suma, de todos cuja carreira pudesse ser melhorada ou prejudicada por este evento.
A fidelidade à realidade é alta, portanto façamos de conta que é total. Um jornalista em vésperas de abandonar o Alaska para onde foi desterrado, nota um jacto de água por entre o gelo. Ao ver que estão três baleias presas, decide fazer uma peça sobre o tema que, por sorte, acaba por chegar à televisão nacional. A primeira pessoa a reparar nisso é uma ex-namorada dele, funcionária da Greenpeace, que, farta de consecutivas missões fracassadas, assume o salvamento daqueles animais como uma causa pessoal. Uma preciosa dica anónima despoleta uma inesperada ajuda da empresa petrolífera com concessão no Árctico. O bom coração de uma funcionária da Casa Branca a precisar de ajuda para a campanha presidencial desbloqueia a ajuda governamental. A imprensa corre para lá e subitamente todos os EUA estão de olhos postos no gelo. Não podem falhar.
Nesta situação mesmo um jornalista por vezes perde a noção do dever e prefere perder o momento da notícia a perder o tema da notícia (Krasinski cada vez é melhor actor). Nâo foram os governos que resolveram, foram as pessoas. Colaboraram, acreditaram e conseguiram.
É nos pequenos detalhes que se escondem os grandes trunfos de "Big Miracle". A transparência será o maior deles pois não toma partidos. Quando alguém está lá por dedicação di-lo, quando está por interesse também diz, quando faz asneira não esconde. Outro trunfo é o humor, quase sempre na visão comercial do pequeno Nathan, um dinâmico empresário com olho para a oportunidade que traz ânimo a uma situação complicada. Tem ainda um bom equiíbrio entre comédia, drama e romance. E finalmente, tiveram a cabeça de terem apoio a nível nacional para a causa e não se distraírem com isso, focando a acção no gelo.
Não sendo um filme inovador é um filme agradável e uma excelente escolha para ver com a família. contudo, comparando com os demais contos de heróis improváveis que surgem do gelo, tem algo ainda maior. Foi no ano a seguir à perestroika soviética e esta inesperada aliança EUA-URSS contra um bloco de gelo, foi um golpe demolidor na Guerra Fria que Reagan e Gorbachev queriam terminar. No fim, todos ganharam com isto. Em especial as baleias que começaram a ser tema de filmes.
A fidelidade à realidade é alta, portanto façamos de conta que é total. Um jornalista em vésperas de abandonar o Alaska para onde foi desterrado, nota um jacto de água por entre o gelo. Ao ver que estão três baleias presas, decide fazer uma peça sobre o tema que, por sorte, acaba por chegar à televisão nacional. A primeira pessoa a reparar nisso é uma ex-namorada dele, funcionária da Greenpeace, que, farta de consecutivas missões fracassadas, assume o salvamento daqueles animais como uma causa pessoal. Uma preciosa dica anónima despoleta uma inesperada ajuda da empresa petrolífera com concessão no Árctico. O bom coração de uma funcionária da Casa Branca a precisar de ajuda para a campanha presidencial desbloqueia a ajuda governamental. A imprensa corre para lá e subitamente todos os EUA estão de olhos postos no gelo. Não podem falhar.
Nesta situação mesmo um jornalista por vezes perde a noção do dever e prefere perder o momento da notícia a perder o tema da notícia (Krasinski cada vez é melhor actor). Nâo foram os governos que resolveram, foram as pessoas. Colaboraram, acreditaram e conseguiram.
É nos pequenos detalhes que se escondem os grandes trunfos de "Big Miracle". A transparência será o maior deles pois não toma partidos. Quando alguém está lá por dedicação di-lo, quando está por interesse também diz, quando faz asneira não esconde. Outro trunfo é o humor, quase sempre na visão comercial do pequeno Nathan, um dinâmico empresário com olho para a oportunidade que traz ânimo a uma situação complicada. Tem ainda um bom equiíbrio entre comédia, drama e romance. E finalmente, tiveram a cabeça de terem apoio a nível nacional para a causa e não se distraírem com isso, focando a acção no gelo.
Não sendo um filme inovador é um filme agradável e uma excelente escolha para ver com a família. contudo, comparando com os demais contos de heróis improváveis que surgem do gelo, tem algo ainda maior. Foi no ano a seguir à perestroika soviética e esta inesperada aliança EUA-URSS contra um bloco de gelo, foi um golpe demolidor na Guerra Fria que Reagan e Gorbachev queriam terminar. No fim, todos ganharam com isto. Em especial as baleias que começaram a ser tema de filmes.
Título Original: "Big Miracle" (EUA, Reino Unido, 2012) Realização: Ken Kwapis Argumento: Jack Amiel, Michael Begler (livro de Thomas Rose) Intérpretes: John Krasinski, Drew Barrymore, Ahmaogak Sweeney, Kristen Bell, Ted Danson, Tim Blake Nelson, Vinessa Shaw, Dermot Mulroney Música: Cliff Eidelman Fotografia: John Bailey Género: Drama, Romance Duração: 107 min. Sítio Oficial: http://www.everybodyloveswhales.com/ |
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