Quando foi anunciado um filme baseado na Batalha Naval, as expectativas ficaram muito baixas. Disparar às cegas contra um inimigo invisível que nos indicará se acertamos ou não, não encaixa no ideal de excitação que se espera num blockbuster de Verão. A mudança do tema para uma invasão alienígena não foi muito melhor - todos os anos temos um desses - e nem o realizador nem o elenco eram particularmente sonantes. Haveria material para um argumento consistente? Haveria algo mais além de efeitos especiais e uma estrela da música em busca de afirmação no cinema? Há um pouco mais. Polémica, humor e respeito são as palavras-chave que distinguem este filme de guerra dos demais.
O nome de Pearl Harbor será sempre associado ao ataque japonês de 1941. Contudo, se esse porto tinha grande parte da frota estado-unidense lá estacionada, era por ser um ponto-chave da Marinha dos EUA no Pacífico. Em 2012 é lá que organizam um exercício militar conjunto com uma dúzia de países vizinhos, incluindo o Japão. Durante esse exercício de estratégia, um OVNI mergulha próximo deles e cria um enorme campo de forças para se escudar enquanto prepara o ataque ao planeta. A única hipótese do planeta reside nesses destroyers junto ao epicentro, uma ameaça insignificante à poderosa e inteligente artilharia.
Quando o filme começa, a única sensação é de repetição. Tudo o que se vê já foi vistos muitas vezes. Todavia o humor e desporto vão marcando presença fazendo com que não se leve o filme a sério. É quando se está mais descontraído que começa a invasão e os jogos de guerra se tornam mais do que isso. Aí surge uma preocupação: até que ponto os EUA (especialmente o Hawai) estão preparados para um novo Pearl Harbor? Não terá sido mau gosto repetir a situação quando o próprio filme admite que ainda há tensão com o Japão devido a isso? Como estrangeiro é fácil criar uma barreira emocional, mas correram sérios riscos junto ao mercado principal.
Vejamos as diferenças sobre o que é costume, A habitual importância dos elementos civis foi relegada, mas os veteranos, os familiares e os mutilados do exército terão todos o seu momento. Em especial estes últimos pois o único que aparece é interpretado por um caso real, revelando preocupação da produção e conhecimento de causa do actor. É bonito ver que depois do atentado à memória das vítimas, pelo menos têm respeito pelos sobreviventes.
Ao fim de algum tempo de guerra tradicional, com muita intensidade dramática e sempre aquele inesperado humor, finalmente começam a surgir as referências inteligentes ao jogo. Nada que não se tivesse visto melhor em “Independence Day”, mas foi um bom esforço. Ao fim de hora e meia o filme tem uma forte mudança de rumo. Mudam os protagonistas, o local, até o realizador parece mudar! Melhora bastante compensando os momentos menos bons.
Pode não ser um filme brilhante, mas quem for com expectativas para blockbuster a única coisa que vai lamentar é o desperdício de Liam Neeson.
O nome de Pearl Harbor será sempre associado ao ataque japonês de 1941. Contudo, se esse porto tinha grande parte da frota estado-unidense lá estacionada, era por ser um ponto-chave da Marinha dos EUA no Pacífico. Em 2012 é lá que organizam um exercício militar conjunto com uma dúzia de países vizinhos, incluindo o Japão. Durante esse exercício de estratégia, um OVNI mergulha próximo deles e cria um enorme campo de forças para se escudar enquanto prepara o ataque ao planeta. A única hipótese do planeta reside nesses destroyers junto ao epicentro, uma ameaça insignificante à poderosa e inteligente artilharia.
Quando o filme começa, a única sensação é de repetição. Tudo o que se vê já foi vistos muitas vezes. Todavia o humor e desporto vão marcando presença fazendo com que não se leve o filme a sério. É quando se está mais descontraído que começa a invasão e os jogos de guerra se tornam mais do que isso. Aí surge uma preocupação: até que ponto os EUA (especialmente o Hawai) estão preparados para um novo Pearl Harbor? Não terá sido mau gosto repetir a situação quando o próprio filme admite que ainda há tensão com o Japão devido a isso? Como estrangeiro é fácil criar uma barreira emocional, mas correram sérios riscos junto ao mercado principal.
Vejamos as diferenças sobre o que é costume, A habitual importância dos elementos civis foi relegada, mas os veteranos, os familiares e os mutilados do exército terão todos o seu momento. Em especial estes últimos pois o único que aparece é interpretado por um caso real, revelando preocupação da produção e conhecimento de causa do actor. É bonito ver que depois do atentado à memória das vítimas, pelo menos têm respeito pelos sobreviventes.
Ao fim de algum tempo de guerra tradicional, com muita intensidade dramática e sempre aquele inesperado humor, finalmente começam a surgir as referências inteligentes ao jogo. Nada que não se tivesse visto melhor em “Independence Day”, mas foi um bom esforço. Ao fim de hora e meia o filme tem uma forte mudança de rumo. Mudam os protagonistas, o local, até o realizador parece mudar! Melhora bastante compensando os momentos menos bons.
Pode não ser um filme brilhante, mas quem for com expectativas para blockbuster a única coisa que vai lamentar é o desperdício de Liam Neeson.
Título Original: "Battleship" (EUA, 2012) Realização: Peter Berg Argumento: Erich Hoeber, Jon Hoeber Intérpretes: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Rihanna, Brooklyn Decker, Tadanobu Asano, Hamish Linklater, Liam Neeson, John Tui Música: Steve Jablonsky Fotografia: Tobias A. Schliessler Género: Acção, Aventura, Ficção-Científica, Guerra, Thriller Duração: 131 min. Sítio Oficial: http://www.battleshipmovie.com/ |
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