Hoje em dia aterrar em Marte parece fácil, mas se recuarmos um século, um mero voo intercontinental era tal aventura que podia perfeitamente acabar em tragédia. Nas décadas de 1920 e 1930, com imensos pilotos militares desocupados, muitos foram os homens e mulheres que se aventuraram. A ideia de fazer este filme surgiu inspirada na derradeira viagem de Bill Lancaster, um ex-piloto da RAF. Foi romantizada, afrancesada e um fracasso.
O filme é de 2009 (estreou originalmente na semana de Avatar) quando Marion Cotillard tinha acabado de ganhar um Oscar e qualquer coisa onde entrasse tinha potencial económico. Aqui correu muito mal, ao contrário de tudo o que se seguiu.
Lancaster pode ter sido o herói original, mas a versão francesa não ia enaltecer um inglês, por isso mudaram a mulher da vida dele para francesa de forma a poderem usar a actriz do momento e mudaram alguns factos para lhe dar o protagonismo.
1993, algures no Sahara francês. Um piloto inglês e o seu avião desapareceram e o exército francês no local está demasiado ocupado para o procurar devido a uns problemas diplomáticos com os tuaregues. Por isso a namorada dele, Marie Vallières de Beaumont, viaja no seu avião até lá para o procurar por conta própria. O tempo é essencial e Marie vai ter de enfrentar regulamentos, tempestades de areia e os complexos masculinos. Pelo meio vai-se começar a apaixonar por outro homem e perder motivação para a busca que a natureza também não ajuda a fazer.
O maior problema deste filme é o mesmo do deserto: é extenso, monótono e seco. Começa a ser recorrente a utilização do deserto para filmes sobre solidão e superação, escusavam é de se passar todos na mesma época. Não só o contexto histórico não é o melhor para captar um público jovem, como para os mais velhos vai parecer igual a tantos outros filmes melhores.
A história foca-se em Chauvet, soldado francês pacifista que defende o diálogo em condições muito adversas. A personalidade de Chauvet actua como uma máscara que esconde a tensão daquela época e local, forçando o espectador a procurar a emoção no desespero de Marie que nunca tem protagonismo suficiente para a proporcionar. Acabamos por nos sentir simples passageiros numa viagem onde estamos a mais e onde nem sequer queríamos estar.
Não se percebe a estreia tardia do filme, especialmente depois de o filme sobre a bem mais popular Amelia Eckhart ter voado directamente para mercado doméstico.
O filme é de 2009 (estreou originalmente na semana de Avatar) quando Marion Cotillard tinha acabado de ganhar um Oscar e qualquer coisa onde entrasse tinha potencial económico. Aqui correu muito mal, ao contrário de tudo o que se seguiu.
Lancaster pode ter sido o herói original, mas a versão francesa não ia enaltecer um inglês, por isso mudaram a mulher da vida dele para francesa de forma a poderem usar a actriz do momento e mudaram alguns factos para lhe dar o protagonismo.
1993, algures no Sahara francês. Um piloto inglês e o seu avião desapareceram e o exército francês no local está demasiado ocupado para o procurar devido a uns problemas diplomáticos com os tuaregues. Por isso a namorada dele, Marie Vallières de Beaumont, viaja no seu avião até lá para o procurar por conta própria. O tempo é essencial e Marie vai ter de enfrentar regulamentos, tempestades de areia e os complexos masculinos. Pelo meio vai-se começar a apaixonar por outro homem e perder motivação para a busca que a natureza também não ajuda a fazer.
O maior problema deste filme é o mesmo do deserto: é extenso, monótono e seco. Começa a ser recorrente a utilização do deserto para filmes sobre solidão e superação, escusavam é de se passar todos na mesma época. Não só o contexto histórico não é o melhor para captar um público jovem, como para os mais velhos vai parecer igual a tantos outros filmes melhores.
A história foca-se em Chauvet, soldado francês pacifista que defende o diálogo em condições muito adversas. A personalidade de Chauvet actua como uma máscara que esconde a tensão daquela época e local, forçando o espectador a procurar a emoção no desespero de Marie que nunca tem protagonismo suficiente para a proporcionar. Acabamos por nos sentir simples passageiros numa viagem onde estamos a mais e onde nem sequer queríamos estar.
Não se percebe a estreia tardia do filme, especialmente depois de o filme sobre a bem mais popular Amelia Eckhart ter voado directamente para mercado doméstico.
Título Original: "Le Dernier Vol" (França, 2009) Realização: Karim Dridi Argumento: Pascal Arnold, Karim Dridi, Rémi Waterhouse (livro de Sylvain Estibal) Intérpretes: Marion Cotillard, Guillaume Canet, Guillaume Marquet Música: Le Trio Joubran Fotografia: Antoine Monod Género: Drama Duração: 98 min. Sítio Oficial: http://lederniervol.gaumont.fr |
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