”Absolon” por Nuno Reis
Num presente alternativo, o mundo começaria a ser infectado com um vírus mortífero, resultado da destruição irracional das florestas tropicais. Em 2008 iria ser descoberta uma vacina que ainda conseguiria salvar a humanidade, depois de cinco mil milhões de mortes. O pai dessa vacina é o Doutor Reyna, um brilhante cientista que oito anos depois dessa brilhante descoberta é morto sem razão aparente. Cabe ao detective Scot resolver esse complicado caso, mas quando é acusado de ter morto agentes do Departamento de Justiça Mundial fica com problemas bem mais graves, e ajudado por uma cientista terá de fugir para viver e para salvar a derradeira cura que Reyna tinha escondido.
A combinação de diversas ideias vulgares e personagens estereotipadas num filme com Christopher Lambert não parece um motivo válido para ir ao cinema. Especialmente um filme que não fala tanto como devia da questão ambiental, um filme de acção que a cada dez minutos tem uma piada desnecessária e com tantos buracos no argumento que poderiam ser tapados com uma média metragem. Ainda não referi que algumas das situações vividas pelas personagens são totalmente irreais e que os termos científicos utilizados dão vontade de rir.
É um mau trabalho de David Barto mas comparativamente a bastantes outros filmes é fácil de ver. Barto, que trabalhou (mas não realizou) em filmes como “Blade 2” e “Dagon”, utiliza este filme como promoção de trabalhos anteriores (numa cena atrás de Lambert vê-se um cartaz de “Torrente 2”) em vez de se dedicar a fazer um filme apelativo. Lambert volta a esforçar-se num mau filme onde é secundado por Kelly Brook, uma novata com pouca experiência mas que ainda se safa, e Lou Diamond Philips, um vilão que a cada minuto se torna menos convincente. Pior que eles está Ron Perlman que sentado numa cadeira domina o mundo por vídeo-conferência curiosamente no mesmo ano em que fez “Looney Tunes: Back in Action”.
No geral é um filme que falha como ficção científica e é menos mau como filme de acção. O atraso na estreia (é um filme de 2003) faz com que esteja deslocado temporalmente pois o vírus foi libertado nesse ano. E convém referir que mesmo em 2003 foi directo para vídeo, só em Portugal se pensa que é melhor um mau filme americano do que um bom filme de qualquer outro país.
A combinação de diversas ideias vulgares e personagens estereotipadas num filme com Christopher Lambert não parece um motivo válido para ir ao cinema. Especialmente um filme que não fala tanto como devia da questão ambiental, um filme de acção que a cada dez minutos tem uma piada desnecessária e com tantos buracos no argumento que poderiam ser tapados com uma média metragem. Ainda não referi que algumas das situações vividas pelas personagens são totalmente irreais e que os termos científicos utilizados dão vontade de rir.
É um mau trabalho de David Barto mas comparativamente a bastantes outros filmes é fácil de ver. Barto, que trabalhou (mas não realizou) em filmes como “Blade 2” e “Dagon”, utiliza este filme como promoção de trabalhos anteriores (numa cena atrás de Lambert vê-se um cartaz de “Torrente 2”) em vez de se dedicar a fazer um filme apelativo. Lambert volta a esforçar-se num mau filme onde é secundado por Kelly Brook, uma novata com pouca experiência mas que ainda se safa, e Lou Diamond Philips, um vilão que a cada minuto se torna menos convincente. Pior que eles está Ron Perlman que sentado numa cadeira domina o mundo por vídeo-conferência curiosamente no mesmo ano em que fez “Looney Tunes: Back in Action”.
No geral é um filme que falha como ficção científica e é menos mau como filme de acção. O atraso na estreia (é um filme de 2003) faz com que esteja deslocado temporalmente pois o vírus foi libertado nesse ano. E convém referir que mesmo em 2003 foi directo para vídeo, só em Portugal se pensa que é melhor um mau filme americano do que um bom filme de qualquer outro país.
Título Original: "Absolon" (Canadá, Reino Unido, 2003) Realizador: David Barto Intérpretes: Christopher Lambert, Kelly Brook, Lou Diamond Philips, Ron Perlman Argumento: Brad Mirman Fotografia: Unax Mendia Música: Gary Koftinoff Género: Acção, Ficção Científica Duração: 96 min Sítio Oficial: http://www.hannibalpictures.com/page/absolon.html |