24 de novembro de 2005

Quem quer comprar o AMC?



Que o mercado de exibição cinematográfica está em crise é um dado adquirido nos últimos anos e que 2005 apenas confirmou nas suas piores expectativas.
Nem mesmo as pipocas e a Coca-Cola parecem ser suficientes para tornar rentável o negócio do lazer que é o cinema. Se é certo que o aluguer é elevadíssimo (ao que dizem cerca de cem mil euros por mês) e que os cerca setenta funcionários de que dizem dispor é uma despesa fixa considerável, a perda de espectadores que passaram de setenta mil para vinte mil por semana é o factor decisivo para a política de desinvestimento da AMC norte-americana não só relativa a Portugal como a toda a Península Ibérica. Sendo discutível a qualidade dos filmes que se estreiam, era facto assente que a distribuição em moldes multiplex eram dinheiro em caixa. Esqueceram-se foi da linha do metro e se os espectadores se mantêm constantes ao dividirem-se por salas com maior acessibilidade acabam por pôr em causa este projecto. Mas vistas bem as coisas, quem tem dinheiro ou quem quer comprar vinte salas, que não a preço de saldo? Talvez você, se lhe sair o Euromilhões. Será como na canção “Metro Killed the Multiplex Star”?



António Reis

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