Tornar ficção a realidade
Muita gente gosta de usar a expressão "a minha vida dava um filme". Não só isso costuma ser um exagero como nunca tentaram pôr a ideia em prática como Jason Segel. O actor da série "How I Met Your Mother" - actualmente em exibição em Portugal - decidiu pegar em momentos da sua vida, juntar um pouco do que queria que tivesse sido, e fazer um argumento. Assim nasceu uma comédia.
Peter Bretter (Segel) tem um belo emprego como compositor da série "Crime Scene" e namora há anos com a bela Sarah Marshall, protagonista da série e estrela maior da televisão. Quando Sarah volta a casa para dizer que acabou o namoro Peter fica devastado. Por sugestão de um amigo decide fazer uma férias para se afastar do mediatismo de "Crime Scene" e vai para o Havai onde curiosamente encontra Sarah com o seu novo amor. Para não dar parte de fraco permanece na ilha, no mesmo hotel, onde vai tentar passar uns bons momentos sem os encontrar a cada hora. Rachel (Mila Kunis), a recepcionista do hotel, vai fazer tudo para o ajudar e acabam por se apaixonar.
As melhores cenas escritas no argumento são as verdadeiras. A forma como Peter é despachado pela namorada e o musical que secretamente sonha escrever pertencem ao passado de Segel. O resto da história é uma comédia romântica com um bom trabalho de actores. Puxa ao riso de forma trabalhada, tentando fugir para um humor intelectual. Para compensar isso e ser mais vulgar tem uma forte componente sexual com cenas bem feitas. Há ainda a destacar a curiosidade de a nudez desnecessária, ao contrário do que é habitual, ser masculina.
Jason Segel está a ser ele próprio em versão melhorada, tornou os falhanços de uma vida numa vida memorável. Mila Kunis a interpretar a deslumbrante rapariga comum está um pouco retraída. Culpem a personagem, a actriz fez tudo o que lhe permitiram. O cantor/músico Russell Brand como Aldous Snow, o novo amor de Sarah, tem um humor muito físico e directo, dos quatro é o menos convincente. Falta falar de Sarah Marshall que se confunde perfeitamente com a actriz que lhe dá vida. A incrível Kristen Bell consegue causar uma fascinante dualidade no espectador. Como actriz sorridente encanta as massas, como ex-namorada é a vilã sem sentimentos. É amada e odiada ao mesmo tempo. Foi dado um toque especial ao argumento referindo um filme que Sarah tinha feito sobre um telemóvel assassino. Recorde-se que Bell é a protagonista de "Pulse", um thriller que versa sobre espíritos assassinos que viajam através da rede de telemóvel.
"Forgetting Sarah Marshall" podia-se ter debruçado mais sobre a vida das pequenas estrelas de Hollywood. As que conseguem ter um dia-a-dia quase normal e ser felizes por fazerem o que gostam. Mesmo assim ainda é um louvável filme de Verão que supera quase todas as comédias deste ano.
Muita gente gosta de usar a expressão "a minha vida dava um filme". Não só isso costuma ser um exagero como nunca tentaram pôr a ideia em prática como Jason Segel. O actor da série "How I Met Your Mother" - actualmente em exibição em Portugal - decidiu pegar em momentos da sua vida, juntar um pouco do que queria que tivesse sido, e fazer um argumento. Assim nasceu uma comédia.
Peter Bretter (Segel) tem um belo emprego como compositor da série "Crime Scene" e namora há anos com a bela Sarah Marshall, protagonista da série e estrela maior da televisão. Quando Sarah volta a casa para dizer que acabou o namoro Peter fica devastado. Por sugestão de um amigo decide fazer uma férias para se afastar do mediatismo de "Crime Scene" e vai para o Havai onde curiosamente encontra Sarah com o seu novo amor. Para não dar parte de fraco permanece na ilha, no mesmo hotel, onde vai tentar passar uns bons momentos sem os encontrar a cada hora. Rachel (Mila Kunis), a recepcionista do hotel, vai fazer tudo para o ajudar e acabam por se apaixonar.
As melhores cenas escritas no argumento são as verdadeiras. A forma como Peter é despachado pela namorada e o musical que secretamente sonha escrever pertencem ao passado de Segel. O resto da história é uma comédia romântica com um bom trabalho de actores. Puxa ao riso de forma trabalhada, tentando fugir para um humor intelectual. Para compensar isso e ser mais vulgar tem uma forte componente sexual com cenas bem feitas. Há ainda a destacar a curiosidade de a nudez desnecessária, ao contrário do que é habitual, ser masculina.
Jason Segel está a ser ele próprio em versão melhorada, tornou os falhanços de uma vida numa vida memorável. Mila Kunis a interpretar a deslumbrante rapariga comum está um pouco retraída. Culpem a personagem, a actriz fez tudo o que lhe permitiram. O cantor/músico Russell Brand como Aldous Snow, o novo amor de Sarah, tem um humor muito físico e directo, dos quatro é o menos convincente. Falta falar de Sarah Marshall que se confunde perfeitamente com a actriz que lhe dá vida. A incrível Kristen Bell consegue causar uma fascinante dualidade no espectador. Como actriz sorridente encanta as massas, como ex-namorada é a vilã sem sentimentos. É amada e odiada ao mesmo tempo. Foi dado um toque especial ao argumento referindo um filme que Sarah tinha feito sobre um telemóvel assassino. Recorde-se que Bell é a protagonista de "Pulse", um thriller que versa sobre espíritos assassinos que viajam através da rede de telemóvel.
"Forgetting Sarah Marshall" podia-se ter debruçado mais sobre a vida das pequenas estrelas de Hollywood. As que conseguem ter um dia-a-dia quase normal e ser felizes por fazerem o que gostam. Mesmo assim ainda é um louvável filme de Verão que supera quase todas as comédias deste ano.
Título Original: "Forgetting Sarah Marshall" (EUA, 2008) Realização: Nicholas Stoller Argumento: Jason Segel Intérpretes: Jason Segel, Kristen Bell, Mila Kunis, Russell Brand Fotografia: Russ T. Alsobrook Música: Lyle Workman Género: Comédia, Drama, Romance Duração: 112 min. Sítio Oficial: http://www.forgettingsarahmarshall.com/ |
2 comentários:
Ainda um dia gostava de experimentar ser pago por fazer aquilo que gosto. Suponho que parte do prazer se ia com a obrigatoriedade de ter de fazer. A felicidade plena é um mito. :)
Ter um emprego que se adora, que paga bem e onde só se trabalha quando quer? Isso não existe!
Peter Bretter, como muitos milhões dos funcionários das artes e a maioria dos mortais, tem de trabalhar no duro anos a fio sem nunca chegar à fama internacional. Mas adora o que faz e não trocaria por nada.
Obrigado pela visita JL!
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