De entre as dezenas de candidatos a blockbuster que se aproximam nenhum tem uma legião de fãs que se compare. Quando se traz quase trinta anos de promoção atrás, são gerações que se acumulam para assistir a um filme. A publicidade quase que era desnecessária, é o Indy. Dá garantias de acção e diversão como nenhuma nova personagem pode prometer. Além disso é sempre um Spielberg e ele tem um dom. É difícil criar tanta expectativa em torno de um filme como este realizador que tende a ser genial em cada projecto.
Quando se mexe numa obra de culto há sempre muitos receios. A comparação é inevitável e normalmente os originais estão num pedestal inalcançável. Para minimizar o risco as personagens mantiveram os actores e a equipa técnica foi essencialmente a mesma. Mesmo os poucos cargos onde foram necessárias alterações ficaram entregues a colaboradores frequentes de Spielberg.
Este quarto episódio desenrola-se vinte anos depois dos restantes. O doutor Jones é agora um respeitável professor universitário, mas nos tempos livres ainda combate (os nazis são passado , desta vez é com soviéticos) na área 51. Quando se decide retirar dessa perigosa vida – de professor, entenda-se – aparece-lhe um jovem a dizer que o seu velho amigo Oxley enlouqueceu. Felizmente o chapéu e o chicote estão sempre por perto e o velho Indy manteve-se em forma. Atravessa o globo, luta contra maldições, os soviéticos e traidores, pelo meio descobre um filho perdido e reencontra Marion Ravenwood.
A um início pouco promissor seguem-se eventos muito desenquadrados da saga. Depois há uma mudança de direcção no argumento e a acção sobrepõe-se ao mistério. Para isso não há ninguém melhor que Indiana Jones e, mesmo passando muitas vezes pelo absurdo, é entretenimento puro. Numa só sequência enfrentam-se com espadas, metralhadoras, animais e isso tudo sobre carros em movimento a alta velocidade pela selva. E sempre que começa a descambar um "ta ra ra ra ta ra ra" recorda que estamos a ver Indiana Jones. Aos mais nostálgicos recordam o medo de Indy por serpentes. Provavelmente para um estrangeiro é indiferente, mas há uma referência a Portugal que faz lembrar "The Last Cruzade". Um espectador que caia aqui de repente sem nenhum conhecimento da saga vai perder estes detalhes, mas desde que leve a bem os impossíveis que são o dia-a-dia de Indiana pode passar uns bons momentos.
No desenlace é utilizada tecnologia de ponta, mas tem pouco nexo. Só pelos efeitos digitais merece o maior ecrã que exista. Mantém a promessa de haver um quinto filme e, tal como agora, haverá milhões ansiosos para o ver. Mas para a próxima sabendo que já não estamos nos anos 80...
Quando se mexe numa obra de culto há sempre muitos receios. A comparação é inevitável e normalmente os originais estão num pedestal inalcançável. Para minimizar o risco as personagens mantiveram os actores e a equipa técnica foi essencialmente a mesma. Mesmo os poucos cargos onde foram necessárias alterações ficaram entregues a colaboradores frequentes de Spielberg.
Este quarto episódio desenrola-se vinte anos depois dos restantes. O doutor Jones é agora um respeitável professor universitário, mas nos tempos livres ainda combate (os nazis são passado , desta vez é com soviéticos) na área 51. Quando se decide retirar dessa perigosa vida – de professor, entenda-se – aparece-lhe um jovem a dizer que o seu velho amigo Oxley enlouqueceu. Felizmente o chapéu e o chicote estão sempre por perto e o velho Indy manteve-se em forma. Atravessa o globo, luta contra maldições, os soviéticos e traidores, pelo meio descobre um filho perdido e reencontra Marion Ravenwood.
A um início pouco promissor seguem-se eventos muito desenquadrados da saga. Depois há uma mudança de direcção no argumento e a acção sobrepõe-se ao mistério. Para isso não há ninguém melhor que Indiana Jones e, mesmo passando muitas vezes pelo absurdo, é entretenimento puro. Numa só sequência enfrentam-se com espadas, metralhadoras, animais e isso tudo sobre carros em movimento a alta velocidade pela selva. E sempre que começa a descambar um "ta ra ra ra ta ra ra" recorda que estamos a ver Indiana Jones. Aos mais nostálgicos recordam o medo de Indy por serpentes. Provavelmente para um estrangeiro é indiferente, mas há uma referência a Portugal que faz lembrar "The Last Cruzade". Um espectador que caia aqui de repente sem nenhum conhecimento da saga vai perder estes detalhes, mas desde que leve a bem os impossíveis que são o dia-a-dia de Indiana pode passar uns bons momentos.
No desenlace é utilizada tecnologia de ponta, mas tem pouco nexo. Só pelos efeitos digitais merece o maior ecrã que exista. Mantém a promessa de haver um quinto filme e, tal como agora, haverá milhões ansiosos para o ver. Mas para a próxima sabendo que já não estamos nos anos 80...
Título Original: "Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull" (EUA, 2008) Realização: Steven Spielberg Argumento: David Koepp, história de George Lucas e Jeff Nathanson, baseados em personagens criadas por George Lucas e Philip Kaufman Intérpretes: Harrison Ford, Cate Blanchett, Shia LaBeouf, Karen Allen, Ray Winstone, John Hurt, Jim Broadbent Fotografia: Janusz Kaminski Música: John Williams Género: Acção, Aventura, Romance, Thriller Duração: 124 min. Sítio Oficial: http://www.indianajones.com/ |
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