Não há nada como ver a vida privada de alguém no grande ecrã. Primeiro foram os filmes românticos que falavam sobre casais. Rapaz apaixona-se, rapaz consegue rapariga, rapaz perde rapariga, rapaz recupera rapariga, rapaz e rapariga são felizes para sempre. Estes filmes arrastaram casais para o escurinho do cinema. Depois vieram os filmes onde o tema era as relações femininas de amizade. O rapaz conhecer, conquistar e perder a rapariga eram apenas três pretextos para essa rapariga se juntar com as amigas em torno de um balde gigante de gelado enquanto dizem mal dos homens. Esse filme é visto por grupos de mulheres e nenhum homem pode tentar ir com elas ou sequer ousar dizer que o viu. Finalmente apareceu a resposta masculina. Em "I Love You, Man!" o rapaz fala com o amigo enquanto come tacos de peixe. No fundo, os sexos são iguais.
Peter é um vendedor de imobiliários que tem uma complicada tarefa em mãos. Tem uma moradia de 4 milhões para vender, acabou de pedir a namorada em casamento e descobriu que não tem nenhum amigo especial para servir de padrinho porque nem sequer tem amigos. Motivado pela família vai partir numa demanda em busca de um melhor amigo. Após muitas peripécias encontra Sydney que tem tudo para ser o tal e começa a passar mais tempo com ele do que com a noiva. Será que Peter consegue ser um bom amigo e um bom marido ou serão as funções incompatíveis? E será que entre esses dois exigentes mundos consegue vender a casa a tempo?
O tema em discussão ainda é novo para o cinema. Como se define uma relação entre homens? O que fazem, de que falam? Até agora para o cinema uma saída de homens acabava sempre de volta de uma mesa com umas cervejas a falar de sexo. Colocar dois homens a falar um com o outro sobre sentimentos é deveras estranho. Os homens têm enormes dificuldades a extravasar o que sentem. São temas mais propícios a partilhar com uma mulher e por isso é que homens como Peter tendem a ter mais amigas que amigos. Estes encontros com Sydney vão revelar o Pistol Pete. É um homem sociável com uma forma estranha de falar, continua a dar-se muito bem com as mulheres e se não tinha homens na sua vida foi apenas porque ainda não tinha encontrado o homem certo.
Esperava que Jason Segel desse mais do que uma personagem-tipo. Falta muito a Sydney, também por culpa do realizador que não conseguiu lidar com dois protagonistas em simultâneo tratando Sydney como qualquer outra personagem secundária. Quem ganhou com isso foi Paul Rudd. O seu Pete é muito credível pois mesmo quando tem momentos non-sense são daqueles que todos nós temos. Entre os secundários o maior destaque vai para Jon Favreau (realizador de "Iron Man") aqui apresentado como a pessoa que menos gosta de Paul.
A montagem dos vários encontros de homens é das melhores coisas no filme. As cenas não tinham uma ordem obrigatória e até eram um bocado fracas, mas eram fundamentais. A alternância desses momentos gerou uma sequência divertida que deu o arranque para o humor do filme.
O argumento aflora questões pertinentes sem grande detalhe - para não chocar espectadores mais sensíveis - mas coloca-as nas pessoas que se motivam para falar de coisas que nunca pensaram. Faz ainda pensar em dois assuntos. Como é importante ter amigos quando há coisas que não se diz ao cônjuge. Como é importante estar casado com alguém quando todos os nossos amigos seguiram em frente com as suas vidas e já não estão disponíveis para nós 24 horas por dia.
Começa com ritmo lento, mas depressa se afirma como a comédia do momento. Permite boas gargalhadas, alguma reflexão, talvez até crie alguns laços de camaradagem entre amigos. A vantagem em relação aos filmes de mulheres é que a este se pode ir com a cara-metade porque elas também gostam.
Peter é um vendedor de imobiliários que tem uma complicada tarefa em mãos. Tem uma moradia de 4 milhões para vender, acabou de pedir a namorada em casamento e descobriu que não tem nenhum amigo especial para servir de padrinho porque nem sequer tem amigos. Motivado pela família vai partir numa demanda em busca de um melhor amigo. Após muitas peripécias encontra Sydney que tem tudo para ser o tal e começa a passar mais tempo com ele do que com a noiva. Será que Peter consegue ser um bom amigo e um bom marido ou serão as funções incompatíveis? E será que entre esses dois exigentes mundos consegue vender a casa a tempo?
O tema em discussão ainda é novo para o cinema. Como se define uma relação entre homens? O que fazem, de que falam? Até agora para o cinema uma saída de homens acabava sempre de volta de uma mesa com umas cervejas a falar de sexo. Colocar dois homens a falar um com o outro sobre sentimentos é deveras estranho. Os homens têm enormes dificuldades a extravasar o que sentem. São temas mais propícios a partilhar com uma mulher e por isso é que homens como Peter tendem a ter mais amigas que amigos. Estes encontros com Sydney vão revelar o Pistol Pete. É um homem sociável com uma forma estranha de falar, continua a dar-se muito bem com as mulheres e se não tinha homens na sua vida foi apenas porque ainda não tinha encontrado o homem certo.
Esperava que Jason Segel desse mais do que uma personagem-tipo. Falta muito a Sydney, também por culpa do realizador que não conseguiu lidar com dois protagonistas em simultâneo tratando Sydney como qualquer outra personagem secundária. Quem ganhou com isso foi Paul Rudd. O seu Pete é muito credível pois mesmo quando tem momentos non-sense são daqueles que todos nós temos. Entre os secundários o maior destaque vai para Jon Favreau (realizador de "Iron Man") aqui apresentado como a pessoa que menos gosta de Paul.
A montagem dos vários encontros de homens é das melhores coisas no filme. As cenas não tinham uma ordem obrigatória e até eram um bocado fracas, mas eram fundamentais. A alternância desses momentos gerou uma sequência divertida que deu o arranque para o humor do filme.
O argumento aflora questões pertinentes sem grande detalhe - para não chocar espectadores mais sensíveis - mas coloca-as nas pessoas que se motivam para falar de coisas que nunca pensaram. Faz ainda pensar em dois assuntos. Como é importante ter amigos quando há coisas que não se diz ao cônjuge. Como é importante estar casado com alguém quando todos os nossos amigos seguiram em frente com as suas vidas e já não estão disponíveis para nós 24 horas por dia.
Começa com ritmo lento, mas depressa se afirma como a comédia do momento. Permite boas gargalhadas, alguma reflexão, talvez até crie alguns laços de camaradagem entre amigos. A vantagem em relação aos filmes de mulheres é que a este se pode ir com a cara-metade porque elas também gostam.
Título Original: "I Love You, Man!" (EUA, 2009) Realização: John Hamburg Argumento: Larry Levin, John Hamburg Intérpretes: Paul Rudd, Jason Segel, Rashida Jones, Jaime Pressly, Jon Favreau, J.K. Simmons, Jane Curtin, Andy Samberg Fotografia: Lawrence Sher Música: Theodore Shapiro Género: Comédia, Romance Duração: 105 min. Sítio Oficial: http://iloveyouman.com/ |
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