Depois de interpretar um bombista em "Ocean's Eleven", Don Cheadle interpreta um diferente bombista em "Traitor". Neste filme a sua missão não é tão nobre como “roubar aos ricos para dar aos pobres”, mas o simples terrorismo religioso. Aqui ele é Samir Horn, islamita devoto e em guerra com o Ocidente. É um traidor pois tem nacionalidade americana e serviu no exército. Ou será o seu país que o está a trair?
O argumentista de "The Day After Tomorrow" apresenta-nos aqui um registo em tudo diferente ao habitual. Nesta trama de espionagem e terrorismo com um forte lado humano temos um homem com que é fácil simpatizar, mas que não compreendemos. Segue os princípios correctos do Corão como as orações e abstinência, parece uma pessoa sensata, mas também cria bombas para que jovens imberbes se façam explodir. Logo no início do filme ficamos a perceber que não teve uma infância normal, mas nem isso justifica atitides destas. Num desenrolar de acontecimentos e personagens vamos conhecer o passado onde cresceu e o meio onde vive. Não justifica o que faz, mas ajuda a compreender.
As personagens do lado americano são clichés ambulantes. Agentes do FBI e da CIA como tantos outros já vistos (Guy Pearce e Jeff Daniels como estereótipos até enervam), operações clandestinas idênticas a muitas outras e investigações que se adivinha como acabam. Na facção terrorista são mais originais. As suas mentes criminosas, à excepção de uma, estão obcecadas com fazer vítimas civis, em especial americanos. Horn é mais moderado, apesar de ser quem tem o poder de matar. Depressa se perceberá porquê, em mais um momento de previsibilidade.
O argumento tem as falhas indicadas. A realização e montagem estão bem, os diversos cenários são credíveis e o tema é cativante por si mesmo, pelo menos nesta década. Horn é a única pessoa com coração no meio de toda esta guerra e as suas emoções podiam ser melhor trabalhadas para dar um lado humano à situação. Mesmo assim Cheadle e o estreante Saïd Taghmaoui são as únicas razões para se ver o filme.
Com um argumento de melhor qualidade podia ser um filme marcante. Como foi feito aproveita-se dos medos presentes e dá novas razões para ter medo. Por enquanto vê-se bem, daqui a uns anos não se pode dizer o mesmo.
O argumentista de "The Day After Tomorrow" apresenta-nos aqui um registo em tudo diferente ao habitual. Nesta trama de espionagem e terrorismo com um forte lado humano temos um homem com que é fácil simpatizar, mas que não compreendemos. Segue os princípios correctos do Corão como as orações e abstinência, parece uma pessoa sensata, mas também cria bombas para que jovens imberbes se façam explodir. Logo no início do filme ficamos a perceber que não teve uma infância normal, mas nem isso justifica atitides destas. Num desenrolar de acontecimentos e personagens vamos conhecer o passado onde cresceu e o meio onde vive. Não justifica o que faz, mas ajuda a compreender.
As personagens do lado americano são clichés ambulantes. Agentes do FBI e da CIA como tantos outros já vistos (Guy Pearce e Jeff Daniels como estereótipos até enervam), operações clandestinas idênticas a muitas outras e investigações que se adivinha como acabam. Na facção terrorista são mais originais. As suas mentes criminosas, à excepção de uma, estão obcecadas com fazer vítimas civis, em especial americanos. Horn é mais moderado, apesar de ser quem tem o poder de matar. Depressa se perceberá porquê, em mais um momento de previsibilidade.
O argumento tem as falhas indicadas. A realização e montagem estão bem, os diversos cenários são credíveis e o tema é cativante por si mesmo, pelo menos nesta década. Horn é a única pessoa com coração no meio de toda esta guerra e as suas emoções podiam ser melhor trabalhadas para dar um lado humano à situação. Mesmo assim Cheadle e o estreante Saïd Taghmaoui são as únicas razões para se ver o filme.
Com um argumento de melhor qualidade podia ser um filme marcante. Como foi feito aproveita-se dos medos presentes e dá novas razões para ter medo. Por enquanto vê-se bem, daqui a uns anos não se pode dizer o mesmo.
Título Original: "Traitor" (EUA, 2008) Realização: Jeffrey Nachmanoff Argumento: Jeffrey Nachmanoff, Steve Martin Intérpretes: Don Cheadle, Guy Pearce, Saïd Taghmaoui, Jeff Daniels Fotografia: J. Michael Muro Música:> Mark Kilian Género: Crime,Drama,Thriller Duração: 114 min. Sítio Oficial: http://www.traitor-themovie.com/ |
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