Numa organização da AGadIC que decorre em Vigo desde o passado dia 9 e se prolonga até 19, o Foro Creativa visa debater as grandes questões do cinema e do audiovisual, sobretudo nos tempos de crise.
As últimas eleições legislativas na Galiza foram um autêntico terramoto na área da cultura e do cinema, visível por exemplo, na suspensão dos interessantes programas do Audiovisual Galego. Quando em Espanha o Ministério da Cultura refere que o número de festivais de cinema é excessivo e que os subsídios vão baixar drasticamente, é natural a preocupação dos nossos amigos galegos que temem uma lei centralista com efeitos nocivos na divulgação cultural. Com este ameaçador cenário o debate - em que também estiveram como convidados do lado português Filminho, Curtas de Vila do Conde e Fantasporto - foi vivo, pleno de interrogações e receios, mas com poucas soluções.
Além dos portugueses estiveram presentes sete festivais galegos que traçaram uma panorâmica da sua actividade e dos contextos em que se realizam, trocaram experiências e ideias sobre como chegar ao público e como subsistir quando os subsídios escasseiam. Mas não se pense que apenas os festivais vivem com preocupação o momento económico. Outros agentes culturais representados lançaram para o debate alguns dos problemas que mais os afectam. Por exemplo a "lei" da exclusividade em vigor em Espanha que impede alguns filmes de participarem em diferentes festivais por imposição dos grandes. Ou a existência de mais de 305 festivais por toda a Espanha numa competição feroz por um espaço de visibilidade. Os criadores vão mais longe nas suas críticas quando reflectem sobre os critérios de selecção de filmes dos festivais, o papel das televisões, a política de prémios e o pagamento do justo valor por um trabalho artístico.
É caso para dizer que quando não há dinheiro todos ralham, mas não há grandes soluções. Uma única ideia, e mesmo assim inconclusiva, pareceu unir os intervenientes: uma coordenação, ainda que informal dos festivais para se acertarem datas, estratégias e contributos para melhorar o panorama da exibição cinematográfica. Papel em que os festivais assumem cada vez uma importância maior, num verdadeiro circuito alternativo de exibição onde ainda é possível ver filmes interessantes, originais, tematicamente variados e de todos os cantos do mundo. O cinema pode estar em crise, a economia pode estar de rastos, mas a arte sobreviverá a tudo e todos. The show must go on.
As últimas eleições legislativas na Galiza foram um autêntico terramoto na área da cultura e do cinema, visível por exemplo, na suspensão dos interessantes programas do Audiovisual Galego. Quando em Espanha o Ministério da Cultura refere que o número de festivais de cinema é excessivo e que os subsídios vão baixar drasticamente, é natural a preocupação dos nossos amigos galegos que temem uma lei centralista com efeitos nocivos na divulgação cultural. Com este ameaçador cenário o debate - em que também estiveram como convidados do lado português Filminho, Curtas de Vila do Conde e Fantasporto - foi vivo, pleno de interrogações e receios, mas com poucas soluções.
Além dos portugueses estiveram presentes sete festivais galegos que traçaram uma panorâmica da sua actividade e dos contextos em que se realizam, trocaram experiências e ideias sobre como chegar ao público e como subsistir quando os subsídios escasseiam. Mas não se pense que apenas os festivais vivem com preocupação o momento económico. Outros agentes culturais representados lançaram para o debate alguns dos problemas que mais os afectam. Por exemplo a "lei" da exclusividade em vigor em Espanha que impede alguns filmes de participarem em diferentes festivais por imposição dos grandes. Ou a existência de mais de 305 festivais por toda a Espanha numa competição feroz por um espaço de visibilidade. Os criadores vão mais longe nas suas críticas quando reflectem sobre os critérios de selecção de filmes dos festivais, o papel das televisões, a política de prémios e o pagamento do justo valor por um trabalho artístico.
É caso para dizer que quando não há dinheiro todos ralham, mas não há grandes soluções. Uma única ideia, e mesmo assim inconclusiva, pareceu unir os intervenientes: uma coordenação, ainda que informal dos festivais para se acertarem datas, estratégias e contributos para melhorar o panorama da exibição cinematográfica. Papel em que os festivais assumem cada vez uma importância maior, num verdadeiro circuito alternativo de exibição onde ainda é possível ver filmes interessantes, originais, tematicamente variados e de todos os cantos do mundo. O cinema pode estar em crise, a economia pode estar de rastos, mas a arte sobreviverá a tudo e todos. The show must go on.
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