Há alguns segredos mais importantes do que a vida. Segredos que importa guardar a todo o custo, seja para proteger os outros ou a nós mesmos. Por vezes salvam-se vidas e honras, por vezes evita-se a humilhação pública. Mas como em tudo na vida é preciso conhecer o meio-termo, pesar prós e contras e saber o que vale ou não um sacrifício. Aqui temos apenas uma mulher que nunca quis admitir uma coisa simples e por isso deixa-se condenar por crimes que não cometeu ficando com a vida arruinada. É mais um exemplo da única coisa sem limites no universo: a estupidez humana.
Michael é um jovem em Berlim nos anos 30. Devido aos sintomas iniciais da escarlatina conhece Hanna, que demonstra interesse por ele. Os dois começam a encontrar-se frequentemente em casa dela. Sem que tenha chegado a surgir uma amizade começa o sexo entre eles. Ele lia para ela e assim passavam os dias. Só que a relação deles, além de afastar Michael da realidade da sua idade, está condenada ao fracasso porque Hanna tem um segredo que não quer revelar. Acaba por fugir para parte incerta e mudar de emprego pela mesma razão.
Anos depois Michael encontra Hanna. É acusada de genocídio como guarda prisional num campo de concentração. Quando Hanna admite todos os crimes, Michael percebe o segredo que ela sempre ocultou, mas está impedido pela ética e pelo amor de ir contra a vontade dela e anunciar ao mundo que não pode ter dado a ordem porque não sabe ler e portanto o documento não foi escrito por ela.
Apesar de não a ter salvo da prisão perpétua, decide tornar a vida dela mais confortável. Começa a comunicar com ela através de cassetes áudio. Não conversa, lê-lhe livros como nos velhos tempos. Usando a voz do seu único amigo e os originais requisitados na biblioteca, Hanna vai aproveitar o tempo e finalmente aprender a ler e escrever. Até que Hanna se sente apta a retribuir e lhe escreve.
Esta é a história de uma mulher que destruiu a própria vida por vergonha e casmurrice, e de um homem que foi impedido de ter uma vida normal por remorso. Um segredo que afectou dois inocentes e deixou criminosos em liberdade. O que o filme melhor consegue é ser irritante. Irrita ver tanta idiotice, tanta impunidade, tanta coisa errada acontecer.
A história é bela, mas simples. A adaptação não foi particularmente feliz e os actores estão apenas acima da média. Podia ter sido mais, mas não é filme que convença. Nenhuma das épocas retratadas parece autêntica, acabando por ficar em parte incerta do tempo. É o que acontece quando ingleses tentam fazer filmes sobre a Alemanha, especialmente numa época tão conturbada. Feito por alemães poderia ter sido diferente, assim fica a impressão de que a adaptação foi desnecessária.
Michael é um jovem em Berlim nos anos 30. Devido aos sintomas iniciais da escarlatina conhece Hanna, que demonstra interesse por ele. Os dois começam a encontrar-se frequentemente em casa dela. Sem que tenha chegado a surgir uma amizade começa o sexo entre eles. Ele lia para ela e assim passavam os dias. Só que a relação deles, além de afastar Michael da realidade da sua idade, está condenada ao fracasso porque Hanna tem um segredo que não quer revelar. Acaba por fugir para parte incerta e mudar de emprego pela mesma razão.
Anos depois Michael encontra Hanna. É acusada de genocídio como guarda prisional num campo de concentração. Quando Hanna admite todos os crimes, Michael percebe o segredo que ela sempre ocultou, mas está impedido pela ética e pelo amor de ir contra a vontade dela e anunciar ao mundo que não pode ter dado a ordem porque não sabe ler e portanto o documento não foi escrito por ela.
Apesar de não a ter salvo da prisão perpétua, decide tornar a vida dela mais confortável. Começa a comunicar com ela através de cassetes áudio. Não conversa, lê-lhe livros como nos velhos tempos. Usando a voz do seu único amigo e os originais requisitados na biblioteca, Hanna vai aproveitar o tempo e finalmente aprender a ler e escrever. Até que Hanna se sente apta a retribuir e lhe escreve.
Esta é a história de uma mulher que destruiu a própria vida por vergonha e casmurrice, e de um homem que foi impedido de ter uma vida normal por remorso. Um segredo que afectou dois inocentes e deixou criminosos em liberdade. O que o filme melhor consegue é ser irritante. Irrita ver tanta idiotice, tanta impunidade, tanta coisa errada acontecer.
A história é bela, mas simples. A adaptação não foi particularmente feliz e os actores estão apenas acima da média. Podia ter sido mais, mas não é filme que convença. Nenhuma das épocas retratadas parece autêntica, acabando por ficar em parte incerta do tempo. É o que acontece quando ingleses tentam fazer filmes sobre a Alemanha, especialmente numa época tão conturbada. Feito por alemães poderia ter sido diferente, assim fica a impressão de que a adaptação foi desnecessária.
Título Original: "The Reader" (Alemanha, EUA, 2008) Realização: Stephen Daldry Argumento: David Hare(baseado no livro de Bernhard Schlink) Intérpretes: Kate Winslet, David Kross, Ralph Fiennes Fotografia: Roger Deakins, Chris Menges Música: Nico Muhly Género: Drama, Romance Duração: 124 min. Sítio Oficial: http://www.thereader-movie.com/ |
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