Faz hoje 74 anos. Mais do que um homem do Cinema, Allan Stewart Königsberg (Woody Allen para os fãs) é uma figura da cultura contemporânea. O seu talento no cinema já lhe valeu 21 nomeações para Oscar. Uma como actor, cinco como realizador e as demais pelo argumento. Venceu pelo argumento de "Hannah and Her Sisters" e em "Annie Hall" só lhe falhou o de actor. Se contarmos também BAFTAs e restantes academias tem um currículo incomparável que poucos almejam alcançar. Claro que as suas interpretações são sempre muito sui generis, nunca deixa de ser ele próprio.
Aqui ficam dois exemplos de Allen's no drama e na comédia, com 30 anos de intervalo.
Quem pensa que amansou ou que está prestes a reformar-se... desengane-se. Continua como era há vinte anos! Em "Whatever Works" passa o protagonismo para outro (Larry David), mas é uma personagem escrita por Allen a pensar em Allen. Apenas encontrou uma alma gémea. É dos melhores filmes que vi este ano (melhor argumento sem dúvida) e espero ansiosamente para ver segunda vez.
Um grande realizador tem de saber dirigir actores. Allen fá-lo como ninguém. As estrelas que levou ao Oscar são Diane Keaton (sua musa), Dianne West, Michael Caine, Penelope Cruz e Mira Sorvino. Entre os nomeados estão Martin Landau, Sean Penn, Jennifer Tilly, Samantha Morton e muitos outros. De momento a sua parceira mais frequente no crime tem sido Scarlett Johansson, mas em "Whatever Works" o protagonismo é de Evan Rachel Wood que Allen recuperou para o cinema.
Além do grande trabalho que fez pelo cinema também é escritor regular de contos e de peças teatrais, mas o jazz é a sua paixão. É frequente ouvi-lo a tocar com a banda em concertos por todo o mundo (sim, também esteve em Portugal). A banda sonora dos filmes é escolhida por ele mesmo.
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