No que é perfeito não se mexe?
Milhões pelo mundo fora chamam a ”Blade Runner” o melhor filme de sempre. Muitos outros milhões consideram-no a melhor ficção-científica. Dizem que é belo, magnífico, perfeito, incomparável, o patamar impossível de atingir, um marco dos efeitos especiais e uma criação única na história do cinema. Os gostos não têm de ser obrigatoriamente iguais, mas ironicamente quem menos parece gostar do filme é o seu realizador. Enquanto o mundo clama que é um filme perfeito, Ridley Scott continua a tentar melhorá-lo.
Em 1982 saiu a versão original. No décimo aniversário o director’s cut, nos 25 anos o final cut. Pelo meio foram surgindo questões como o significado do origami, e quem é ou não Replicante. O filme foi sendo revisto sempre com um novo olhar. Agora que tudo isso estava resolvido (até porque a palavra final é terrivelmente limitativa e obriga a terminar) já não podia lançar uma versão melhorada. Por isso anunciou uma sequela/prequela. Esforço-me por não lavar isto a sério. Isto foi dito pelo mesmo cineasta que ia fazer uma prequela de “Alien”, mas optou por criar “Prometheus” que é uma história parecida mas diferente da suposta prequela. Porque depois de Scott, Cameron, Fincher e Jeunet (sem referir Walter Hill, Joss Whedon e outros que trabalharam nos bastidores) a saga estava esgotada. Por isso é que fizeram o cruzamento com os Predator.
Scott pode ser um gigante, mas a obra superou o artista e atingiu um estatuto em que ninguém, nem mesmo o criador, lhe pode mexer. Agora os filmes são como os livros e em cada edição lançada corrigem um erro? Por acaso o pintor vai dar uns retoques nos quadros depois de os vender? “Blade Runner” era um filme imaculado porque era venerado por todos e finalmente estava explicado e compreendido. Refazer numa altura em que o cinema precisa de ideias originais é dar um golpe fatal na criatividade. Sim, vai ser um sucesso comercial. Sim, vou ver sem hesitar. Mas era preciso?
Milhões pelo mundo fora chamam a ”Blade Runner” o melhor filme de sempre. Muitos outros milhões consideram-no a melhor ficção-científica. Dizem que é belo, magnífico, perfeito, incomparável, o patamar impossível de atingir, um marco dos efeitos especiais e uma criação única na história do cinema. Os gostos não têm de ser obrigatoriamente iguais, mas ironicamente quem menos parece gostar do filme é o seu realizador. Enquanto o mundo clama que é um filme perfeito, Ridley Scott continua a tentar melhorá-lo.
Em 1982 saiu a versão original. No décimo aniversário o director’s cut, nos 25 anos o final cut. Pelo meio foram surgindo questões como o significado do origami, e quem é ou não Replicante. O filme foi sendo revisto sempre com um novo olhar. Agora que tudo isso estava resolvido (até porque a palavra final é terrivelmente limitativa e obriga a terminar) já não podia lançar uma versão melhorada. Por isso anunciou uma sequela/prequela. Esforço-me por não lavar isto a sério. Isto foi dito pelo mesmo cineasta que ia fazer uma prequela de “Alien”, mas optou por criar “Prometheus” que é uma história parecida mas diferente da suposta prequela. Porque depois de Scott, Cameron, Fincher e Jeunet (sem referir Walter Hill, Joss Whedon e outros que trabalharam nos bastidores) a saga estava esgotada. Por isso é que fizeram o cruzamento com os Predator.
Scott pode ser um gigante, mas a obra superou o artista e atingiu um estatuto em que ninguém, nem mesmo o criador, lhe pode mexer. Agora os filmes são como os livros e em cada edição lançada corrigem um erro? Por acaso o pintor vai dar uns retoques nos quadros depois de os vender? “Blade Runner” era um filme imaculado porque era venerado por todos e finalmente estava explicado e compreendido. Refazer numa altura em que o cinema precisa de ideias originais é dar um golpe fatal na criatividade. Sim, vai ser um sucesso comercial. Sim, vou ver sem hesitar. Mas era preciso?
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