Uma comédia romântica com Tom Hanks e Julia Roberts não precisa de mais nada para atrair milhões. Os queridinhos da América a contracenar pela segunda vez (a primeira foi apenas há quatro anos em “Charlie Wilson’s War”) são um isco apetecível para praticamente todos os fãs de cinema ligeiro.
Larry é um vendedor de bastante sucesso. Quando se prepara para a décima vitória como vendedor do mês é recebido com uma má notícia. Devido à falta de habilitações nunca poderá ser promovido e como faz parte da política da empresa dar oportunidades de progressão a todos, terão de o dispensar. Decidido a não ser despedido por falta de habilitações vai tirar um curso superior na universidade local. Um homem de cinquenta anos no meio de alunos de vinte dá nas vistas, mas não há um grande choque. A principal diferença é que ele está interessado em aprender porque sabe a importância de ter estudos e isso é algo que terá de ensinar aos colegas.
Não esperava nada de excepcional, queria apenas uma comédia ligeira, um pouco de romance... os requisitos mínimos. E até nisso falha. Temos um Hanks perdido entre o que fez como Forrest e em Big, e a achar que continua a ser o rei da rom-com como nos tempos em que contracenava com Meg Ryan. Julia Roberts tem uma personagem com muito potencial, mas de pouca substância, frustrada e deliberadamente séria para que quando finalmente sorri todos se derretam. Aqui fazem-se acompanhar de um lote de luxo de secundários completamente desperdiçados. Cedric the Entertainer é o vizinho que negoceia em tudo e tem algum tempo para as suas palhaçadas. Taraji P. Henson tem um papel mínimo como esposa dele. Pam Grier quase nem aparece. Da nova geração Gugu Mbatha-Raw tem a missão de espalhar alegria, jovialidade, frescura e rebeldia como Talia, uma aluna de economia que leva Larry por bons caminhos. Wilmer Valderrama é Dell Gordo, o namorado e completo oposto de Talia. Líder de um gang de scooteiros vê em Larry um rival pela atenção do seu amor, mas não tem perfil para se envolver em confusões.
Há muitas outras semi-celebridades envolvidas como Rita Wilson e Chet Hanks ( esposa e filho do realizador), Grace Gummer (Meryl Streep júnior), e a co-argumentista Nia Vardalos empresta a voz a um GPS. Todos eles arruinam o filme, que se auto-destrói ao apresentar tamanho lote de nomes sonantes para depois desiludir usando meros cameos.
Volta a haver uma mensagem socio-política cuidada. Defende o serviço militar em funções não bélicas, alerta para a importância dos estudos e da participação atenta nas aulas, salienta que é possível conciliar estudo, trabalho e uma vida social (desde que não se tenha família) e diz que nunca se deve desistir. A vida é para ser vivida ao máximo em todas as idades e estamos sempre a tempo de recomeçar. Para essa mensagem bastavam cinco minutos, era escusado fazer uma longa-metragem onde só se aproveitam o aluno Dibiasi (Rami Malek) e o professor Matsutani (George Takei) e nem esses se recordam.
Larry é um vendedor de bastante sucesso. Quando se prepara para a décima vitória como vendedor do mês é recebido com uma má notícia. Devido à falta de habilitações nunca poderá ser promovido e como faz parte da política da empresa dar oportunidades de progressão a todos, terão de o dispensar. Decidido a não ser despedido por falta de habilitações vai tirar um curso superior na universidade local. Um homem de cinquenta anos no meio de alunos de vinte dá nas vistas, mas não há um grande choque. A principal diferença é que ele está interessado em aprender porque sabe a importância de ter estudos e isso é algo que terá de ensinar aos colegas.
Não esperava nada de excepcional, queria apenas uma comédia ligeira, um pouco de romance... os requisitos mínimos. E até nisso falha. Temos um Hanks perdido entre o que fez como Forrest e em Big, e a achar que continua a ser o rei da rom-com como nos tempos em que contracenava com Meg Ryan. Julia Roberts tem uma personagem com muito potencial, mas de pouca substância, frustrada e deliberadamente séria para que quando finalmente sorri todos se derretam. Aqui fazem-se acompanhar de um lote de luxo de secundários completamente desperdiçados. Cedric the Entertainer é o vizinho que negoceia em tudo e tem algum tempo para as suas palhaçadas. Taraji P. Henson tem um papel mínimo como esposa dele. Pam Grier quase nem aparece. Da nova geração Gugu Mbatha-Raw tem a missão de espalhar alegria, jovialidade, frescura e rebeldia como Talia, uma aluna de economia que leva Larry por bons caminhos. Wilmer Valderrama é Dell Gordo, o namorado e completo oposto de Talia. Líder de um gang de scooteiros vê em Larry um rival pela atenção do seu amor, mas não tem perfil para se envolver em confusões.
Há muitas outras semi-celebridades envolvidas como Rita Wilson e Chet Hanks ( esposa e filho do realizador), Grace Gummer (Meryl Streep júnior), e a co-argumentista Nia Vardalos empresta a voz a um GPS. Todos eles arruinam o filme, que se auto-destrói ao apresentar tamanho lote de nomes sonantes para depois desiludir usando meros cameos.
Volta a haver uma mensagem socio-política cuidada. Defende o serviço militar em funções não bélicas, alerta para a importância dos estudos e da participação atenta nas aulas, salienta que é possível conciliar estudo, trabalho e uma vida social (desde que não se tenha família) e diz que nunca se deve desistir. A vida é para ser vivida ao máximo em todas as idades e estamos sempre a tempo de recomeçar. Para essa mensagem bastavam cinco minutos, era escusado fazer uma longa-metragem onde só se aproveitam o aluno Dibiasi (Rami Malek) e o professor Matsutani (George Takei) e nem esses se recordam.
Título Original: "Larry Crowne" (EUA, 2011) Realização: Tom Hanks Argumento: Tom Hanks, Nia Vardalos Intérpretes: Tom Hanks, Julia Roberts, Gugu Mbatha-Raw, Wilmer Valderrama, Cedric the Entertainer Música: James Newton Howard Fotografia: Philippe Rousselot Género: Comédia, Drama, Romance Duração: 98 min. Sítio Oficial: http://www.larrycrowne.com/ |
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