Não é nada pessoal chefe!
Dizem as más línguas que cada um tem o chefe que merece. Isso podia ser verdade nos tempos em que cada um trabalhava quando queria, mas numa época em que o desemprego afecta uma percentagem inacreditável da população e as dívidas contraídas no passado, os encargos presentes, e os sonhos de um futuro se combinam para manter as pessoas reféns do dinheiro que não têm, a única solução é ficar no lugar a ser escravizado e a desejar que o chefe não esteja de mau humor nos próximos anos. Se rir é o melhor remédio, então este é o comprimido a tomar para enfrentar a crise.
Três amigos de longa data têm problemas com os patróes. Nick passou oito anos a “dar o litro” (fazer horas extraordinárias, trabalhar ao fim-de-semana...) ambicionando o lugar de vice-presidente de vendas para ver o presidente optar pelo acumular de funções. Kurt adora o chefe e o emprego e nada o fará mudar de ideias. Até que o adorado patrão more e o seu filho nojento assume o controlo tendo como único propósito enriquecer depressa. E finalmente temos Dale que é uma espécie de pervertido sexual e é constantemente assediado pela chefe incrivelmente sexy. Ninguém percebe do que ele se queixa, mas queixa-se. Este três decidem matar os chefes e para isso contratam um criminoso que agirá como consultor de assassínios.
Não estamos perante mais uma comédia pateta de Verão. Aqui fala-se de cinema como deve ser e tão depressa tem referências a Hitckcock como a Danny De Vito. Não especifico títulos para não estragar a piada, mas não deve ser difícil chegar lá. É pena que na legendagem não se tenham dado ao trabalho de pesquisar e confundam um Herbie de 1968 com um de 2005, mas para quem sabe do que eles estão a falar não será grave.
Quem quiser a comédia simples e que não puxa pela cabeça também a conseguirá. Temos intriga, suspense, mistério, crime, fugas a alta velocidade, drogas, chantagem e vingança. Um trio de homens vulgares a revelarem-se completamente imprestáveis no que é preciso para serem mentes criminosas. Há uma incoerência que pode ser ou falha grave da escrita ou mentira maldosa da personagem. Ficaremos sem saber e por isso assume-se como propositado.
É incrível, mas esta comédia negra tem tudo o que é preciso para o sucesso. Comediantes de primeira como protagonistas. Actores de topo nos papéis secundários (tentem encontrar Ioan Gruffudd). Uma história surpreendente, muito consistente e ridícula qb. E a cereja no topo de bolo foi o sentido de oportunidade e ser lançado no pico da insatisfação pofissional. Pode não ser para todos os públicos (bastou o nome de uma personagem para nos EUA ter obtido classificação de R), mas quem o for ver sairá satisfeito e é daqueles que se arrisca a passar inúmeras vezes na TV.
Uma nota para o facto de os argumentistas virem todos da TV. Especial destaque para John Francis Daley (Sweets em “Bones”) cuja carreira de guionista desconhecia.
Dizem as más línguas que cada um tem o chefe que merece. Isso podia ser verdade nos tempos em que cada um trabalhava quando queria, mas numa época em que o desemprego afecta uma percentagem inacreditável da população e as dívidas contraídas no passado, os encargos presentes, e os sonhos de um futuro se combinam para manter as pessoas reféns do dinheiro que não têm, a única solução é ficar no lugar a ser escravizado e a desejar que o chefe não esteja de mau humor nos próximos anos. Se rir é o melhor remédio, então este é o comprimido a tomar para enfrentar a crise.
Três amigos de longa data têm problemas com os patróes. Nick passou oito anos a “dar o litro” (fazer horas extraordinárias, trabalhar ao fim-de-semana...) ambicionando o lugar de vice-presidente de vendas para ver o presidente optar pelo acumular de funções. Kurt adora o chefe e o emprego e nada o fará mudar de ideias. Até que o adorado patrão more e o seu filho nojento assume o controlo tendo como único propósito enriquecer depressa. E finalmente temos Dale que é uma espécie de pervertido sexual e é constantemente assediado pela chefe incrivelmente sexy. Ninguém percebe do que ele se queixa, mas queixa-se. Este três decidem matar os chefes e para isso contratam um criminoso que agirá como consultor de assassínios.
Não estamos perante mais uma comédia pateta de Verão. Aqui fala-se de cinema como deve ser e tão depressa tem referências a Hitckcock como a Danny De Vito. Não especifico títulos para não estragar a piada, mas não deve ser difícil chegar lá. É pena que na legendagem não se tenham dado ao trabalho de pesquisar e confundam um Herbie de 1968 com um de 2005, mas para quem sabe do que eles estão a falar não será grave.
Quem quiser a comédia simples e que não puxa pela cabeça também a conseguirá. Temos intriga, suspense, mistério, crime, fugas a alta velocidade, drogas, chantagem e vingança. Um trio de homens vulgares a revelarem-se completamente imprestáveis no que é preciso para serem mentes criminosas. Há uma incoerência que pode ser ou falha grave da escrita ou mentira maldosa da personagem. Ficaremos sem saber e por isso assume-se como propositado.
É incrível, mas esta comédia negra tem tudo o que é preciso para o sucesso. Comediantes de primeira como protagonistas. Actores de topo nos papéis secundários (tentem encontrar Ioan Gruffudd). Uma história surpreendente, muito consistente e ridícula qb. E a cereja no topo de bolo foi o sentido de oportunidade e ser lançado no pico da insatisfação pofissional. Pode não ser para todos os públicos (bastou o nome de uma personagem para nos EUA ter obtido classificação de R), mas quem o for ver sairá satisfeito e é daqueles que se arrisca a passar inúmeras vezes na TV.
Uma nota para o facto de os argumentistas virem todos da TV. Especial destaque para John Francis Daley (Sweets em “Bones”) cuja carreira de guionista desconhecia.
Título Original: "Horrible Bosses" (EUA, 2011) Realização: Seth Gordon Argumento: Michael Markowitz, John Francis Daley, Jonathan M. Goldstein Intérpretes: Jason Bateman, Jason Sudeikis, Charlie Day, Kevin Spacey, Jennifer Aniston, Jamie Foxx,Colin Farrell, Donald Sutherland Música: Christopher Lennertz Fotografia: David Hennings Género: Comédia, Crime Duração: 98 min. Sítio Oficial: http://horriblebossesmovie.warnerbros.com/ |
2 comentários:
Não foi um filme que me chamou muito à atenção pelo trailer, mas agora com o teu texto deste-me mesmo imensa vontade de vê-lo ;P
Sarah
http://depoisdocinema.blogspot.com
Pelo trailer também não me convenceria, mas tinha ficado rendido aos posters dias antes e decidi-me a dar-lhe uma oportunidade (e também não me sobrava muito mais por ver). Mesmo as piadas do trailer ganham novo sentido no contexto.
Apesar das falhas menores este e o "Bridesmaids" foram as únicas comédias decentes do ano.
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