Numa época em que os filmes de despedida de solteiro se tornaram moda e em que os filmes sobre mulheres e para mulheres começam a facturar bastante, eis que inventaram o género filmes de despedida de solteira.
Annie e Lillian são amigas desde pequenas. Os anos passaram e mantiveram-se tão próximas como se pode ser, partilhando bons e maus momentos. Quando Lillian é pedida em casamento, Annie é a escolha óbvia para ser a madrinha. Liderando um bando inqualificável de damas-de-honor vai-se encarregar de dar a Lillian tudo o que uma noiva merece, dentro de determinado orçamento. A sabotar os seus planos de contenção financeira está a nova amiga da noiva, Helen, tão perfeita, bonita e rica que devia ser ilegal. Vai haver uma luta de mulheres e não vai ser bonito.
Chega de fazer histórias sobre mulheres que querem casar e que querem o homem perfeito, o casamento perfeito, filhos perfeitos e viver felizes para sempre. Essa visão machista de ”o casamento visto pela mulher” está mais do que ultrapassada. Aqui o que temos é um grupo de mulheres que não se conheciam e se unem com um objectivo: contribuir para a felicidade da amiga comum. Há personalidades incompatíveis, há problemas pessoais que interferem com o trabalho, há egos a gritar por protagonismo e momentos de intimidade passados com a noiva a serem mostrados como galões ou esgrimidos como arma. Grandes performances de Kristen Wiig, Melissa McCarthy e Rose Byrne.
Quem procura uma comédia tem aqui muitos elementos à disposição, desde o mais escatológico imaginável até ao minimamente inteligente. E quem procura algo sério também o consegue nos intervalos entre piadas. Porque casar marca um ponto de viragem e é um momento de reflexão tanto para quem dá o nó como para quem assiste. As pessoas vão mudando ao longo da vida. O que assusta Annie é ver a sua velha amiga Lillian com novos gostos e novas amigas, a ser independente dela.
Aqui fala-se bastante de matrimónio. Os diferentes pontos de vista - casadas há muito, casadas há pouco, pouco interessadas nisso ou desesperadas por isso - combinam-se para dar uma visão do que as pessoas esperam da união e como o casamento as destrói. Sim, a palavra politicamente correcta seria transforma, mas pelos exemplos aqui usados nenhuma ficou satisfeita depois do casamento por isso não vale a pena disfarçar. E aí está a ironia do filme: as damas-de-honor desejam a Lillian um casamento melhor do que a própria relação. Um detalhe que também importa referir é que nada em “Bridesmaids” é muito motivador para quem casa. A mensagem passada diz que o casamento é a festa para a qual se convida todos os que nos são mais queridos e se diz “desculpa, mas de hoje em diante vou ter menos tempo para ti”. E diz-se isto entre centenas de pessoas, nem sequer é um momento privado. E cabe a cada um dos convidados sorrir e fazer de conta que gosta de perder assim um, por vezes dois amigos. Não é justo e por isso tanta gente chora em casamentos.
Quem classifica os filmes deve estar acostumado a comédias ligeiras, mas pela linguagem usada não é claramente um filme maiores de doze. O público-alvo não é exclusivamente feminino, mas não diria que seja para casais apaixonados. Até porque os homens entrarão com algum preconceito e metade da mensagem passará ao lado. Recomendaria a grupos de amigas de longa data que se estejam a começar a afastar. Para recordarem os velhos tempos e saberem que terão sempre algo inesquecível do vosso passado que as manterá unidas.
Annie e Lillian são amigas desde pequenas. Os anos passaram e mantiveram-se tão próximas como se pode ser, partilhando bons e maus momentos. Quando Lillian é pedida em casamento, Annie é a escolha óbvia para ser a madrinha. Liderando um bando inqualificável de damas-de-honor vai-se encarregar de dar a Lillian tudo o que uma noiva merece, dentro de determinado orçamento. A sabotar os seus planos de contenção financeira está a nova amiga da noiva, Helen, tão perfeita, bonita e rica que devia ser ilegal. Vai haver uma luta de mulheres e não vai ser bonito.
Chega de fazer histórias sobre mulheres que querem casar e que querem o homem perfeito, o casamento perfeito, filhos perfeitos e viver felizes para sempre. Essa visão machista de ”o casamento visto pela mulher” está mais do que ultrapassada. Aqui o que temos é um grupo de mulheres que não se conheciam e se unem com um objectivo: contribuir para a felicidade da amiga comum. Há personalidades incompatíveis, há problemas pessoais que interferem com o trabalho, há egos a gritar por protagonismo e momentos de intimidade passados com a noiva a serem mostrados como galões ou esgrimidos como arma. Grandes performances de Kristen Wiig, Melissa McCarthy e Rose Byrne.
Quem procura uma comédia tem aqui muitos elementos à disposição, desde o mais escatológico imaginável até ao minimamente inteligente. E quem procura algo sério também o consegue nos intervalos entre piadas. Porque casar marca um ponto de viragem e é um momento de reflexão tanto para quem dá o nó como para quem assiste. As pessoas vão mudando ao longo da vida. O que assusta Annie é ver a sua velha amiga Lillian com novos gostos e novas amigas, a ser independente dela.
Aqui fala-se bastante de matrimónio. Os diferentes pontos de vista - casadas há muito, casadas há pouco, pouco interessadas nisso ou desesperadas por isso - combinam-se para dar uma visão do que as pessoas esperam da união e como o casamento as destrói. Sim, a palavra politicamente correcta seria transforma, mas pelos exemplos aqui usados nenhuma ficou satisfeita depois do casamento por isso não vale a pena disfarçar. E aí está a ironia do filme: as damas-de-honor desejam a Lillian um casamento melhor do que a própria relação. Um detalhe que também importa referir é que nada em “Bridesmaids” é muito motivador para quem casa. A mensagem passada diz que o casamento é a festa para a qual se convida todos os que nos são mais queridos e se diz “desculpa, mas de hoje em diante vou ter menos tempo para ti”. E diz-se isto entre centenas de pessoas, nem sequer é um momento privado. E cabe a cada um dos convidados sorrir e fazer de conta que gosta de perder assim um, por vezes dois amigos. Não é justo e por isso tanta gente chora em casamentos.
Quem classifica os filmes deve estar acostumado a comédias ligeiras, mas pela linguagem usada não é claramente um filme maiores de doze. O público-alvo não é exclusivamente feminino, mas não diria que seja para casais apaixonados. Até porque os homens entrarão com algum preconceito e metade da mensagem passará ao lado. Recomendaria a grupos de amigas de longa data que se estejam a começar a afastar. Para recordarem os velhos tempos e saberem que terão sempre algo inesquecível do vosso passado que as manterá unidas.
Título Original: "Bridesmaids" (EUA, 2011) Realização: Paul Feig Argumento: Kristen Wiig, Annie Mumolo Intérpretes: Kristen Wiig, Rose Byrne, maya Rudolph, Melissa McCarthy, Chris O'Dowd Música: Michael Andrews Fotografia: Robert D. Yeoman Género: Comédia Duração: 125 min. Sítio Oficial: http://www.bridesmaidsmovie.com/ |
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