"Mãe querida, mãe querida" é como começa a popular música. A figura materna é insubstituível ao longo das etapas de desenvolvimento de um ser humano e poucas pessoas conseguem cortar esses laços. Além da versão saudável em que se tem uma amiga mais velha, há a versão doentia é que a mãe é a autoridade suprema a quem se obedece cegamente e a quem se recorre para as mais pequenas decisões. Normalmente essa relação desaconselhável é criada por mães abusadoras e dominantes. No cinema há muitos casos como as famosas personagens de Anne Ramsey (em "The Goonies" ou em "Throw Mama From the Train"). E agora temos Rebecca de Mornay, a mão que embalava o berço, a fazer esse papel maternal.
Os irmãos Koffin acabaram de se evadir da prisão e de assaltar um banco e voltaram para casa com um ferido. A mãe deles resolverá tudo. Só que a casa foi perdida para o banco e o casal que a comprou em promoção está a dar a festa de inauguração. Para piorar as coisas começa um temporal. A mãe Koffin não está presente e estas crianças grandes terão de pensar como controlar uma multidão. Enquanto isso o irmão está a perder muito sangue e com esta tensão começam a vir à superfície a valentia e os segredos dos hóspedes à força. Então chega a mãe e aí os invasores ficam descontrolados porque com autorização dela fazem de tudo.
Cada vez mais o sequestro é o tema de eleição para o terror do real. O ano passado o MotelX apresentou-nos quase tudo o que tinha sido produzido nesse ano sobre a temática dos raptos desde o excepcional "5150, Rue des Ormes" ao banal "Cherry Tree Lane", incluindo a vertente fantástica de "The Wild Hunt". Se juntarmos os que deram no Fantas neste início de ano ficaram a faltar em Portugal "The Disappearance of Alice Creed" e "Mother’s Day". Metade dessa lacuna será corrigida a dois meses do lançamento do próximo trabalho de Darren Lynn Bousman ("11-11-11").
É assustador ser assaltado. Ainda mais assustador é ser raptado. E mais ainda é ser refém na própria casa. Aqui essa situação é maximizada porque os novos inquilinos se sentem invadidos ao mesmo tempo que são supostos intrusos, os velhos inquilinos sentem que o seu porto seguro foi violado, os convidados só sabem que correm risco de vida e a arbitrar isto está uma senhora com um parafuso a menos que quer ver tudo resolvido a seu contento.
Só quem tem andado desatento é que pode dizer que isto seja o regresso de Mornay ao cinema visto que quase todos os anos tem saído algum trabalho dela. Apenas entrou numa idade em que é complicado arranjar boas personagens e normalmente faz de mãe ou tia de alguém num papel pouco memorável. Aqui volta a não ser a protagonista - essa é Jaime King como a dona da casa - mas na última década não fez nenhuma personagem tão intensa e relevante para a história como esta mãe em que utiliza todo o seu magnetismo para maximizar a presença nas cenas em que aparece. E por isso é que o filme será lembrado apenas por ela ter entrado. É um marco e talvez o relançar de uma carreira carregada de personagens poderosas.
Muita intriga e bastante sangue num ambiente claustrofóbico fazem deste filme uma proposta quase obrigatória para a edição que se avizinha do MotelX. A perspectiva da vítima está um pouco superficial, mas quem se interessar pela psicologia criminal tem aqui muito material.
Os irmãos Koffin acabaram de se evadir da prisão e de assaltar um banco e voltaram para casa com um ferido. A mãe deles resolverá tudo. Só que a casa foi perdida para o banco e o casal que a comprou em promoção está a dar a festa de inauguração. Para piorar as coisas começa um temporal. A mãe Koffin não está presente e estas crianças grandes terão de pensar como controlar uma multidão. Enquanto isso o irmão está a perder muito sangue e com esta tensão começam a vir à superfície a valentia e os segredos dos hóspedes à força. Então chega a mãe e aí os invasores ficam descontrolados porque com autorização dela fazem de tudo.
Cada vez mais o sequestro é o tema de eleição para o terror do real. O ano passado o MotelX apresentou-nos quase tudo o que tinha sido produzido nesse ano sobre a temática dos raptos desde o excepcional "5150, Rue des Ormes" ao banal "Cherry Tree Lane", incluindo a vertente fantástica de "The Wild Hunt". Se juntarmos os que deram no Fantas neste início de ano ficaram a faltar em Portugal "The Disappearance of Alice Creed" e "Mother’s Day". Metade dessa lacuna será corrigida a dois meses do lançamento do próximo trabalho de Darren Lynn Bousman ("11-11-11").
É assustador ser assaltado. Ainda mais assustador é ser raptado. E mais ainda é ser refém na própria casa. Aqui essa situação é maximizada porque os novos inquilinos se sentem invadidos ao mesmo tempo que são supostos intrusos, os velhos inquilinos sentem que o seu porto seguro foi violado, os convidados só sabem que correm risco de vida e a arbitrar isto está uma senhora com um parafuso a menos que quer ver tudo resolvido a seu contento.
Só quem tem andado desatento é que pode dizer que isto seja o regresso de Mornay ao cinema visto que quase todos os anos tem saído algum trabalho dela. Apenas entrou numa idade em que é complicado arranjar boas personagens e normalmente faz de mãe ou tia de alguém num papel pouco memorável. Aqui volta a não ser a protagonista - essa é Jaime King como a dona da casa - mas na última década não fez nenhuma personagem tão intensa e relevante para a história como esta mãe em que utiliza todo o seu magnetismo para maximizar a presença nas cenas em que aparece. E por isso é que o filme será lembrado apenas por ela ter entrado. É um marco e talvez o relançar de uma carreira carregada de personagens poderosas.
Muita intriga e bastante sangue num ambiente claustrofóbico fazem deste filme uma proposta quase obrigatória para a edição que se avizinha do MotelX. A perspectiva da vítima está um pouco superficial, mas quem se interessar pela psicologia criminal tem aqui muito material.
Título Original: "Mother's Day" (EUA, 2010) Realização: Darren Lynn Bousman Argumento: Scott Milam (baseado no argumento de Charles Kaufman, Warren Leight) Intérpretes: Rebecca De Mornay, Jaime King, Patrick John Flueger, Warren Kole, Deborah Ann Woll, Briana Evigan, Shawn Ashmore, Frank Grillo Música: Bobby Johnston Fotografia: Joseph White Género: Crime, Horror, Thriller Duração: 112 min. Sítio Oficial: http://www.mothersdaythemovie.com/ |
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