O cinema cada vez é mais internacional. Há três formas de o conseguir sem grandes esforços. A mais simples é fazer um argumento genérico que pode ser filmado em qualquer parte do mundo e permite procurar as melhores condições financeiras. Outra com bons resultados é o modelo espanhol de convidar estrelas conhecidas para produções nacionais, filmá-las em inglês e vender como se fosse um produto americano, contribuindo para o currículo dos técnicos e actores secundários. E a terceira é o modelo Woody Allen de fazer cada filme como propaganda de uma cidade específica capitalizando ao máximo os patrocínios.
“The Darkest Hour” parecia ser algo ao estilo espanhol, mas olhando com atenção, se excluirmos os duplos as únicas equipas totalmente russas são as equipas de um elemento que tratam de caracterização e guarda-roupa, e ambas as profissionais têm carreiras internacionais que dispensam ajudas destas. Com o desenrolar do filme percebe-se que também não é uma história comprada para dizer bem de Moscovo, pois se o fosse não seria tão ofensiva. Isto é um argumento generalista que calhou ser filmado na Rússia como poderia ter sido em qualquer outro lugar onde o inglês não fosse primeira língua. Aliás, se tivesse dado lucro provavelmente estariam neste momento a fazer filmes-clones em várias outras cidades e iriam combinar as personagens de todos eles num episódio final em 3D e com duas partes...
Dois amigos americanos partem para Moscovo onde vão apresentar a sua criação a potenciais investidores. Ao chegarem lá descobrem que foram ultrapassados pelo representante local que lhes roubou ideia e apoios, e vão para os copos para esquecer. Conhecem duas americanas suas clientes e metem conversa. Subitamente descem umas luzes do céu e a discoteca fica às escuras, assim como toda a cidade. Essas luzes multiplicam-se e começam a pulverizar cada pessoa causando o pânico na multidão. Após sobreviverem a essa primeira vaga, os americanos vão ter de encontrar um rumo nas trevas, enfrentar um inimigo invisível e chegar à embaixada que seguramente resistiu a tudo e está lá para os ajudar.
Os filmes de extraterrestres malignos têm sempre um potencial interessante, se além disso arriscava usar muitos efeitos especiais e filmar às escuras merecia uma espreitadela. Pois o facto de ter o nome de Timur Bekmambetov por trás não salva o filme. “The Darkest Hour” cumpre na parte em que usa muitos efeitos especiais, mas não só não é suficientemente nocturno como a história pouco faz para fugir ao convencional. Alguns grupos de sobreviventes, um inimigo demasiado inofensivo para o massacre referido, e o pior de tudo, engenheiros informáticos sem noções básicas de electricidade. A adrenalina é servida a intervalos regulares, as frases são previsíveis, as mortes seguem a fórmula do costume... Aquilo que ao início parecia uma incursão fresca e original no terror (mérito da empatia entre Emile Hirsch e Max Minghella) depressa descambou em mais um grande nada.
“The Darkest Hour” parecia ser algo ao estilo espanhol, mas olhando com atenção, se excluirmos os duplos as únicas equipas totalmente russas são as equipas de um elemento que tratam de caracterização e guarda-roupa, e ambas as profissionais têm carreiras internacionais que dispensam ajudas destas. Com o desenrolar do filme percebe-se que também não é uma história comprada para dizer bem de Moscovo, pois se o fosse não seria tão ofensiva. Isto é um argumento generalista que calhou ser filmado na Rússia como poderia ter sido em qualquer outro lugar onde o inglês não fosse primeira língua. Aliás, se tivesse dado lucro provavelmente estariam neste momento a fazer filmes-clones em várias outras cidades e iriam combinar as personagens de todos eles num episódio final em 3D e com duas partes...
Dois amigos americanos partem para Moscovo onde vão apresentar a sua criação a potenciais investidores. Ao chegarem lá descobrem que foram ultrapassados pelo representante local que lhes roubou ideia e apoios, e vão para os copos para esquecer. Conhecem duas americanas suas clientes e metem conversa. Subitamente descem umas luzes do céu e a discoteca fica às escuras, assim como toda a cidade. Essas luzes multiplicam-se e começam a pulverizar cada pessoa causando o pânico na multidão. Após sobreviverem a essa primeira vaga, os americanos vão ter de encontrar um rumo nas trevas, enfrentar um inimigo invisível e chegar à embaixada que seguramente resistiu a tudo e está lá para os ajudar.
Os filmes de extraterrestres malignos têm sempre um potencial interessante, se além disso arriscava usar muitos efeitos especiais e filmar às escuras merecia uma espreitadela. Pois o facto de ter o nome de Timur Bekmambetov por trás não salva o filme. “The Darkest Hour” cumpre na parte em que usa muitos efeitos especiais, mas não só não é suficientemente nocturno como a história pouco faz para fugir ao convencional. Alguns grupos de sobreviventes, um inimigo demasiado inofensivo para o massacre referido, e o pior de tudo, engenheiros informáticos sem noções básicas de electricidade. A adrenalina é servida a intervalos regulares, as frases são previsíveis, as mortes seguem a fórmula do costume... Aquilo que ao início parecia uma incursão fresca e original no terror (mérito da empatia entre Emile Hirsch e Max Minghella) depressa descambou em mais um grande nada.
Título Original: "The Darkest Hour" (EUA; Rússia, 2011) Realização: Chris Gorak Argumento: Leslie Bohem, M.T. Ahern, Jon Spaihts Intérpretes: Emile Hirsch, Olivia Thirlby, Max Minghella, Rachael Taylor, Joel Kinnaman, Veronika Ozerova Música: Tyler Bates Fotografia: Scott Kevan Género: Acção, Ficção-Científica, Horror, Thriller Duração: 89 min. Sítio Oficial: http://www.darkesthourmovie.com/ |
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