Ellen Page até alguns meses atrás era desconhecida do grande público e subitamente está nomeada para o Oscar de Melhor Actriz. Celebra precisamente hoje o seu vigésimo primeiro aniversário e já marcou o seu lugar na história do cinema. Entre os admiradores do fantástico é fácil encontrar quem conheça a carreira da jovem actriz. Personagem secundária de "X-Men 3", protagonista e estrela maior em "Hard Candy" (multi-premiado em Sitges 2005) e em "An American Crime" (Sitges 2007). Agora com "Juno" não há motivos para não ser reconhecida e preferida pelo público.
Juno é uma adolescente que engravida num momento de aborrecimento. Incapaz de se livrar do ser que carrega no útero, decide dá-lo para adopção. O filme é um retrato fiel dos pensamentos e comportamentos de uma adolescente naquela situação. Não é sobre a gravidez, é sobre uma rapariga que tem um primeiro contacto com a vida adulta através do casal adoptante. Está recheado de diálogos e expressões tão geniais que parecem roubadas da realidade, mas infelizmente Juno não é de carne e osso. As atitudes desta adolescente fazem com que seja fácil não simpatizar com ela, mas simultaneamente a sua sinceridade e autenticidade cativam-nos como poucas personagens o conseguiram. É honesta, frontal e segura de si mesma. Seja por talento da argumentista ou inspiração momentânea da actriz, Juno tem algumas frases inesquecíveis. É terrível dizer que o maior problema do filme é estar tão dependente da personagem do título, mas quando se tem um talento destes em acção como é possível não o aproveitar? O papel e o filme parecem ter sido feitos à medida para Page... ganhar o Oscar.
Estrela muito brilhante mas ofuscada pela outra é J.K. Simmons, que apresenta trunfos também numa comédia mais pura que o habitual. Quem não chegar a horas ao visionamento não deveria entrar: o genérico inicial por si só já é arte e a banda sonora que acompanha as imagens deve ser saboreada da primeira à última nota. Sendo o trabalho original tão bom a cereja no topo é a legendagem. Raramente a tradução portuguesa está isenta de críticas e desta vez até merece aplausos pela fidelidade mostrada ao original, um texto bem difícil de adaptar. Uma produção independente a chegar tão longe na corrida pela estatueta dourada pode ser motivo de jubilo, mas merece mais do que simples nomeações. Combina comédia, drama, moral de costumes e romance num formato extremamente simples e muito bem conseguido. Os cem milhões facturados na box-office americana (feito inédito para filmes da Fox Searchlight) provam que agrada ao público. De todos os que chegaram a Portugal é, sem dúvida alguma, o filme do ano.
Juno é uma adolescente que engravida num momento de aborrecimento. Incapaz de se livrar do ser que carrega no útero, decide dá-lo para adopção. O filme é um retrato fiel dos pensamentos e comportamentos de uma adolescente naquela situação. Não é sobre a gravidez, é sobre uma rapariga que tem um primeiro contacto com a vida adulta através do casal adoptante. Está recheado de diálogos e expressões tão geniais que parecem roubadas da realidade, mas infelizmente Juno não é de carne e osso. As atitudes desta adolescente fazem com que seja fácil não simpatizar com ela, mas simultaneamente a sua sinceridade e autenticidade cativam-nos como poucas personagens o conseguiram. É honesta, frontal e segura de si mesma. Seja por talento da argumentista ou inspiração momentânea da actriz, Juno tem algumas frases inesquecíveis. É terrível dizer que o maior problema do filme é estar tão dependente da personagem do título, mas quando se tem um talento destes em acção como é possível não o aproveitar? O papel e o filme parecem ter sido feitos à medida para Page... ganhar o Oscar.
Estrela muito brilhante mas ofuscada pela outra é J.K. Simmons, que apresenta trunfos também numa comédia mais pura que o habitual. Quem não chegar a horas ao visionamento não deveria entrar: o genérico inicial por si só já é arte e a banda sonora que acompanha as imagens deve ser saboreada da primeira à última nota. Sendo o trabalho original tão bom a cereja no topo é a legendagem. Raramente a tradução portuguesa está isenta de críticas e desta vez até merece aplausos pela fidelidade mostrada ao original, um texto bem difícil de adaptar. Uma produção independente a chegar tão longe na corrida pela estatueta dourada pode ser motivo de jubilo, mas merece mais do que simples nomeações. Combina comédia, drama, moral de costumes e romance num formato extremamente simples e muito bem conseguido. Os cem milhões facturados na box-office americana (feito inédito para filmes da Fox Searchlight) provam que agrada ao público. De todos os que chegaram a Portugal é, sem dúvida alguma, o filme do ano.
Título Original: "Juno" (Canadá, EUA, Hungria, 2007) Realização: Jason Reitman Argumento: Diablo Cody Intérpretes: Ellen Page, Jennifer Garner, Jason Bateman, Michael Cera Fotografia: Eric Steelberg Música: Matt Messina Género: Comédia, Drama, Romance Duração: 96 min. Sítio Oficial: http://www.foxsearchlight.com/juno |
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