5 de fevereiro de 2008

Carnaval

Terça-feira de Carnaval, oportunidade para relembrar esta data no cinema. Inspirado na tradição cristã, o Carnaval (que etimologicamente deriva de carne levare, ou seja, afastar a carne) marcava o despojar de vícios previamente à introspecção aconselhada pela Quaresma.

Estes festejos (com tradição implementada em Veneza e no Brasil) são originários de Portugal, tendo sido levados para aquele país pelos imigrantes madeirenses que exportaram o Carnaval que na Ilha da Madeira se festejava.
Nos EUA, o Mardi Gras de Nova Orleães povoa e dá o mote a uma quantidade infindáveis de filmes e séries de televisão, onde o pressuposto é muito similar ao referido em cima.

O Carnaval e o Cinema

Expressão predilecta para o abordar, o cinema brasileiro utilizou o Carnaval como ponto de partida para umas largas dezenas de filmes. De todos os intervenientes, o destaque óbvio vai para Adhemar Gonzaga, jornalista e cinéfilo, criador dos estúdios cinematográficos Cinédia, nos anos 50, e autor do clássico "Alô, Alô, Carnaval" (1936), que contava com a intemporal Carmem Miranda, tendo sido o único filme com ela presente que resistiu ao tempo. Um musical de grande importância na história do cinema, que contou com a participação de nomes como Francisco Alves, Almirante, Joel e Gaúcho, Aurora Miranda, Mário Reis, Heloísa Helena, Lamartine Babo e Luiz Barbosa, entre outros.



O melhor ainda está para vir

É pacífico que a grande obra que aborde o Carnaval ainda não chegou. Nomes como Watson Macedo, José Carlos Burle e Paulo Wanderley dirigiram musicais com nomes emblemáticos da MPB daquela época, como Ataúlfo Alves, Aracy de Almeida, Carlos Galhardo, Elizete Cardoso, Elza Laranjeiras, Dick Farney, Carlos Alberto, Francisco Carlos e Nora Ney, entre muitos outros exemplos.

Mais recentemente, um aplauso para a visão de Cacá Diegues em 1974 por "Quando O Carnaval Chegar". Aí, e na sequência que deixamos, vemos Chico Buarque, Maria Bethânia, Nara Leão e Hugo Carvana chegarem de comboio e serem recebidos por Antônio Pitanga. Teve, assim, o condão de trazer Francisco Buarque de Holanda para o cinema, e marcar pontos numa visão do Brasil daquela época.



Fontes: I, II, III


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