Este filme não é para novos
Dificilmente se encontrará um artista contemporâneo mais enigmático que Bob Dylan. Todos o conhecem como rebelde sem causa e um prodígio na criação de músicas e na sua interpretação. Poucos sabem que é também um músico auto-didacta e que teve uma época de fervor religioso. A ligação do músico ao cinema é frequente e já colaborou com diversos filmes. Ganhou um Oscar pela música de "Wonder Boys", é idolatrado em vários filmes ("The Hurricane", "Dangerous Minds") e já lhe fizeram várias homenagens biográficas, mas nunca como em "I’m Not There." Foram escolhidos seis actores para interpretar as várias facetas de um homem: um para cada fase da carreira, um para cada estado psicológico. Os fãs de Dylan aperceberam-se das mudanças. Este filme é para eles.
O segmento mais incrível é o de Jude Quinn. As intepretações de Cate Blanchett e de Bruce Underwood – qual deles o melhor! – são magníficas. As outras fases são intimistas, referem-se a episódios da vida pessoal, é Quinn quem lida com o público e quem choca os fãs. O frentre a frente destes dois homens, Quinn o cantor contra Jones o jornalista, ficará imortalizado na música "Ballad of a Thin Man" onde um Mr. Jones é insultado e atacado de forma violenta. A outra grande interpretação é a do jovem Marcus Carl Franklin. Teoricamente era de todo o elenco quem estava menos marcado pela música de Dylan, mas portou-se como gente grande.
Todd Haynes depois do êxito de "Velvet Goldmine" e "Far From Heaven" conseguiu outra vez fazer cinema artístico. Voltou ao mundo da música, repetiu actores dos trabalhos anteriores (Bale e Moore), mas mudou a receita. Aqui não só tem a ousadia de dirigir imensos actores de topo como rouba cenas a clássicos. Desde Fellini a Bergman passando por Godard, tudo o que se vê de estranho no filme é de alguma obra-prima destes senhores ou outros igualmente incontornáveis. Para o público jovem e quem se dedica exclusivamente ao cinema popcorn isto será um desperdício de tempo. O filme não é difícil por ter uma grande vertente indie, é difícil para quem não passou 50 anos a ver bom cinema e ouvir boa música. A ouvir Dylan.
Dificilmente se encontrará um artista contemporâneo mais enigmático que Bob Dylan. Todos o conhecem como rebelde sem causa e um prodígio na criação de músicas e na sua interpretação. Poucos sabem que é também um músico auto-didacta e que teve uma época de fervor religioso. A ligação do músico ao cinema é frequente e já colaborou com diversos filmes. Ganhou um Oscar pela música de "Wonder Boys", é idolatrado em vários filmes ("The Hurricane", "Dangerous Minds") e já lhe fizeram várias homenagens biográficas, mas nunca como em "I’m Not There." Foram escolhidos seis actores para interpretar as várias facetas de um homem: um para cada fase da carreira, um para cada estado psicológico. Os fãs de Dylan aperceberam-se das mudanças. Este filme é para eles.
O segmento mais incrível é o de Jude Quinn. As intepretações de Cate Blanchett e de Bruce Underwood – qual deles o melhor! – são magníficas. As outras fases são intimistas, referem-se a episódios da vida pessoal, é Quinn quem lida com o público e quem choca os fãs. O frentre a frente destes dois homens, Quinn o cantor contra Jones o jornalista, ficará imortalizado na música "Ballad of a Thin Man" onde um Mr. Jones é insultado e atacado de forma violenta. A outra grande interpretação é a do jovem Marcus Carl Franklin. Teoricamente era de todo o elenco quem estava menos marcado pela música de Dylan, mas portou-se como gente grande.
Todd Haynes depois do êxito de "Velvet Goldmine" e "Far From Heaven" conseguiu outra vez fazer cinema artístico. Voltou ao mundo da música, repetiu actores dos trabalhos anteriores (Bale e Moore), mas mudou a receita. Aqui não só tem a ousadia de dirigir imensos actores de topo como rouba cenas a clássicos. Desde Fellini a Bergman passando por Godard, tudo o que se vê de estranho no filme é de alguma obra-prima destes senhores ou outros igualmente incontornáveis. Para o público jovem e quem se dedica exclusivamente ao cinema popcorn isto será um desperdício de tempo. O filme não é difícil por ter uma grande vertente indie, é difícil para quem não passou 50 anos a ver bom cinema e ouvir boa música. A ouvir Dylan.
Título Original: "I'm Not There." (Alemanha, EUA, 2007) Realização: Todd Haynes Argumento: Todd Haynes e Oren Moverman Intérpretes: Cate Blanchett, Ben Whishaw, Christian Bale, Richard Gere, Marcus Carl Franklin, Heath Ledger, Kris Kristofferson, Julianne Moore, Charlotte Gainsbourg, Bruce Greenwood e Michelle Williams Fotografia: Edward Lachman Música: Bod Bylan Género: Biografia, Musical Duração: 135 min. Sítio Oficial: http://www.imnotthere-movie.com/ |
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