Walter é um professor universitário duro de ouvido e acostumado a percorrer o país. Tanto que tem uma casa em Nova Iorque para as vezes que lá vai. Numa das idas a essa casa descobre um casal a morar lá. Tarek e Zainab foram enganados e estavam a pagar renda por aquela casa. Walter sente pena deles e deixa-os ficar mais alguns dias até que encontrem novo tecto. Com o passar dos dias a relação entre os três vai melhorando e acaba com Tarek a dar aulas de djambé ao quase jubilado professor. O piano pode não ser com ele, mas há algo de diferente nos ritmos africanos que o fazem sentir-se bem. Até que um dia Tarek é apanhado pelos Serviços de Imigração e arrisca ser deportado. Enquanto Zainab vai morar com família que tem na cidade, a mãe chega para o visitar. Walter vai descobrir uma afinidade enorme com a senhora que o motiva ainda mais a tomar o problema de Tarek como seu.
Apesar de ser uma obra alegre, de forte cariz social, tem o inconveniente de se apoiar quase em exclusivo no desempenho de Jenkins. Não é que ele não aguente - aguenta e bem - mas para quem oviu este é apenas um papel principal com a mesma personagem que tantas outras vezes fez como actor secundário. Existem contudo duas diferenças. A primeira é a música, a segunda a retrato de uma América discriminatória.
A música em "The Visitor" é o símbolo da cultura. Aquilo que no início os separa, que no meio os une, que no fim mantém as recordações vivas. Enquanto a música clássica europeia nunca chega a prender de tão mal tocada, qualquer espectador fica preso pelo contagiante ritmo africano. Seja no sossego do lar ou nas enormes demonstrações colectivas no jardim, África conquista-nos.
A América é o eterno problema. O suposto expoente máximo da cultura ocidental é aqui apresentado como um cancro que em vez de criar algo bom destrói do que o mundo tem de melhor. Claro que tem a luta quixotesca de um indivíduo contra o sistema, mas a raiva do filme podia estar melhor doseada.
"The Visitor" apesar de ter muita tristeza contida, não deixa de ser um filme alegre a que se assiste com gosto, sem notar o passar o tempo. A mensagem política contra o sistema é clara e passa bem. Como já tive oportunidade de referir noutros posts, dentro do género preferi "Wonderful World" que vi meses depois deste. E para um filme posterior não parecer pior...
Apesar de ser uma obra alegre, de forte cariz social, tem o inconveniente de se apoiar quase em exclusivo no desempenho de Jenkins. Não é que ele não aguente - aguenta e bem - mas para quem oviu este é apenas um papel principal com a mesma personagem que tantas outras vezes fez como actor secundário. Existem contudo duas diferenças. A primeira é a música, a segunda a retrato de uma América discriminatória.
A música em "The Visitor" é o símbolo da cultura. Aquilo que no início os separa, que no meio os une, que no fim mantém as recordações vivas. Enquanto a música clássica europeia nunca chega a prender de tão mal tocada, qualquer espectador fica preso pelo contagiante ritmo africano. Seja no sossego do lar ou nas enormes demonstrações colectivas no jardim, África conquista-nos.
A América é o eterno problema. O suposto expoente máximo da cultura ocidental é aqui apresentado como um cancro que em vez de criar algo bom destrói do que o mundo tem de melhor. Claro que tem a luta quixotesca de um indivíduo contra o sistema, mas a raiva do filme podia estar melhor doseada.
"The Visitor" apesar de ter muita tristeza contida, não deixa de ser um filme alegre a que se assiste com gosto, sem notar o passar o tempo. A mensagem política contra o sistema é clara e passa bem. Como já tive oportunidade de referir noutros posts, dentro do género preferi "Wonderful World" que vi meses depois deste. E para um filme posterior não parecer pior...
Título Original: "The Visitor" (EUA, 2007) Realização: Thomas McCarthy Argumento: Thomas McCarthy Intérpretes: Richard Jenkins, Haaz Sleiman, Danai Jekesai Gurira, Hiam Abbass Fotografia: Oliver Bokelberg Música: Jan A.P. Kaczmarek Género: Crime,Drama,Romance Duração: 104 min. Sítio Oficial: http://www.thevisitorfilm.com/ |
1 comentários:
É uma agradável surpresa. Não é um filme genial, mas é simpático, com personagens e actores interessantes e um argumento bastante bom. Grande interpretação de Richard Jenkins.
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