Explicando da forma mais simples possível quem tiver coração não fica indiferente a este filme.
Estamos perante novo exemplo de uma perfeita combinação entre comédia, romance, drama e guerra. Por um lado o palhaço Guido cativa espectadores de todos os tipos. Entre o humor fácil físico, a troca de adivinhas inteligentes e a repetição até ao limite de situações bastante engraçadas faz com que o arranque do filme seja memorável. É uma época em que tudo corre bem. Depois quando Dora e Guido loucos de amor acham que serão felizes para sempre... chega o fascismo. Capaz das maiores atrocidades, uma das piores coisas que fez foi separar famílias. Guido e o pequeno Giosué são levados para um campo de concentração onde a morte é a única certeza. Aí começa a parte mais marcante do filme. O amor de pai vai tornar o nosso herói num super-herói que, entre muita criatividade, sorte e ajuda dos companheiros de cativeiro vai conseguir o impossível: os mil pontos.
Se o comentário final não fez sentido o primeiro passo é ir ver o filme. "Buon giorno, Principessa!" e "Mille punti!" são daquelas frases que ninguém esquecerá. A primeira por simbolizar a simplicidade, espontaneidade, a paixão e a joi de vivre do protagonista. A segunda por libertar todo um mundo de fantasia no local mais negro da história da Humanidade. Se não fosse por momentos como esse nem pertenceria a essa História pois esta era a única réstia de Humanidade num autêntico inferno (que muitos tentaram convenientemente apagar da memória colectiva).
Dora é uma heroína normalmente esquecida nos textos sobre o filme. Combate a ignorância diariamente. Quando o confronto chega ao seu lar embarca sozinha num combate mortal que não era seu, ou podia não ser. Depois claro, temos Guido. Homem apaixonado e pai dedicado, capaz de brincar com o opressor, de fazer amizades com o inimigo, de sorrir perante a morte. Não será um exemplo a seguir? O problema é que esta personagem é demasiado perfeita para ser real. Finalmente o pequeno Giosué representa a inocência, aquilo que mais faltava entre as vítimas. É a única criança a escapar ilesa tanto fisica como psicologicamente dos campos. Infelizmente isso prova que também ele é pura ficção...
Enquanto os adultos podem e devem ser exemplos a seguir, o pequeno deve ser recordado como esperança. Há sempre alguém por quem vale a pena lutar, mesmo que seja impossível vencer.
Anos depois Benigni reutilizaria a receita pouco adaptada para a Guerra do Golfo, em "La Tigre e La Neve". Volta a funcionar, sem que aproveite a componente guerra, mas dando um enorme foco ao Amor.
Estamos perante novo exemplo de uma perfeita combinação entre comédia, romance, drama e guerra. Por um lado o palhaço Guido cativa espectadores de todos os tipos. Entre o humor fácil físico, a troca de adivinhas inteligentes e a repetição até ao limite de situações bastante engraçadas faz com que o arranque do filme seja memorável. É uma época em que tudo corre bem. Depois quando Dora e Guido loucos de amor acham que serão felizes para sempre... chega o fascismo. Capaz das maiores atrocidades, uma das piores coisas que fez foi separar famílias. Guido e o pequeno Giosué são levados para um campo de concentração onde a morte é a única certeza. Aí começa a parte mais marcante do filme. O amor de pai vai tornar o nosso herói num super-herói que, entre muita criatividade, sorte e ajuda dos companheiros de cativeiro vai conseguir o impossível: os mil pontos.
Se o comentário final não fez sentido o primeiro passo é ir ver o filme. "Buon giorno, Principessa!" e "Mille punti!" são daquelas frases que ninguém esquecerá. A primeira por simbolizar a simplicidade, espontaneidade, a paixão e a joi de vivre do protagonista. A segunda por libertar todo um mundo de fantasia no local mais negro da história da Humanidade. Se não fosse por momentos como esse nem pertenceria a essa História pois esta era a única réstia de Humanidade num autêntico inferno (que muitos tentaram convenientemente apagar da memória colectiva).
Dora é uma heroína normalmente esquecida nos textos sobre o filme. Combate a ignorância diariamente. Quando o confronto chega ao seu lar embarca sozinha num combate mortal que não era seu, ou podia não ser. Depois claro, temos Guido. Homem apaixonado e pai dedicado, capaz de brincar com o opressor, de fazer amizades com o inimigo, de sorrir perante a morte. Não será um exemplo a seguir? O problema é que esta personagem é demasiado perfeita para ser real. Finalmente o pequeno Giosué representa a inocência, aquilo que mais faltava entre as vítimas. É a única criança a escapar ilesa tanto fisica como psicologicamente dos campos. Infelizmente isso prova que também ele é pura ficção...
Enquanto os adultos podem e devem ser exemplos a seguir, o pequeno deve ser recordado como esperança. Há sempre alguém por quem vale a pena lutar, mesmo que seja impossível vencer.
Anos depois Benigni reutilizaria a receita pouco adaptada para a Guerra do Golfo, em "La Tigre e La Neve". Volta a funcionar, sem que aproveite a componente guerra, mas dando um enorme foco ao Amor.
2 comentários:
Adorei o filme... e na altura em que o vi fez com que mudasse um pouco a minha maneira de ver a vida. Muito bom mesmo!
A vida é bela, nós é que damos cabo dela.
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