Toulouse-Lautrec: Christian, you may see me only as a drunken, vice-ridden gnome whose friends are just pimps and girls from the brothels. But I know about art and love, if only because I long for it with every fiber of my being.
O Amor é como oxigénio. O Amor é esplendoroso. o Amor eleva-nos até onde pertencemos. Tudo o que precisamos é Amor. Caso não tenha sido suficientemente claro este filme trata exclusivamente de um tema e esse tema é o Amor. Final do século XIX. Paris é o centro do mundo e o Moulin Rouge é o coração de Paris. É aqui que Zidler controla as suas deslumbrantes mulheres a que nenhum homem resiste. A mais bela delas todas e rainha do espectáculo é Satine, uma arma infalível que ele pretende usar para convencer um Duque a investir na mais grandiosa produção teatral da História. "Spectacular, Spectacular" é o título e Toulouse-Lautrec o seu coordenador. Só que desde o argumentista que desistiu ao actor principal que desmaia, nada lhe corre de feição. Até que Christian aparece. O jovem inglês vai adaptar o conto insosso da freira que canta nos Alpes para uma magnífica história de amor que se desenrola na Índia. Satine convence o Duque a investir, Satine inspira o escritor a escrever, Satine protagonizará a peça, mas quem ajudará a pobre Satine?
Um jovem que nunca esteve apaixonado e quer escrever sobre o Amor. Uma mulher que sempre vendeu o seu amor e recusa a ideia de dá-lo. Uma geração que proclama ideais boémios como verdade, beleza, liberdade e amor. Um elefante. Um duque. Um gerente implacável. Dezenas de músicas, uma centena de bailarinos. Espectáculos de luz, cor e som. Tantos ingredientes perigosos que foram aqui misturados e incrivelmente saíram bem. Em "Moulin Rouge!" há uma história dentro dela própria, em ambos os casos contada através de músicas já existentes. As referências a "The Sound of Music" são um ponto de partida tão bom como qualquer outro. O filme ganha uma identidade própria imediatamente. Seja um original de Bowie, Sting, Elton John, dos Beatles ou dos Queen, interpretado por Rufus Wainwright, Kylie Minogue, Beck, Plácido Domingo ou Bono, está no momento certo do filme. Por vezes tocam mais de duas músicas em simultâneo, a única sensação que causa é de movimento e agitação, nunca de confusão.
É uma magnífica produção, ousada na realização, exigente no conteúdo musical, com uma conhecida história de amor tão envolta em artifícios que fica irreconhecível. Foi novo, ousado, o renascer o género musical tão depressa copiado por outros que enjoou. Deve ser visto com concentração pois há mudanças rápidas de cena de forma a que o secundário nunca distraia do principal. É um marco no cinema que merece, obriga a ver em ecrã gigante para ser apreciado em condições de tanta riqueza visual.
Título Original: "Moulin Rouge!" (Austrália, EUA, 2001) Realização: Baz Luhrmann Argumento: Craig Pearce e Baz Luhrmann Intérpretes: Nicole Kidman, Ewan McGregor, Jim Broadbent, Rochard Roxburgh, John Leguizamo Fotografia: Donald McAlpine Música: Craig Armstrong Género: Comédia,Drama,Musical,Romance Duração: 127 min. Sítio Oficial: http://www.clubmoulinrouge.com/ |
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