Doubt thou the stars are fire. Doubt that the sun doth move. Doubt truth to be a liar. But never doubt my love.
A citação é de Hamlet, mas é essa a filosofia que Sophie segue. Loucamente apaixonada e loucamente fã do Amor, vai com o noivo numa pré-lua-de-mel para a romântica Itália.
Depois de Wenders ter filmado Palermo, Winterbottom ter filmado Génova e ainda este ano Mark Steven Johnson ter filmado Roma, desta vez a acção centra-se em Verona. A bella Italia tem inúmeras cidades que apelam ao romance, mas Verona, além de ser património UNESCO da Humanidade, tem o detalhe de ser o palco do célebre conflito entre Montecchios e Capulettos. Essas famílias entraram no imaginário colectivo através dos seus jovens descendentes Romeu e Julieta. As peregrinações dos apaixonados à casa Capello (Capuletto na obra de Shakespeare) são enormes. Centenas passam por lá diariamente para tocar no seio esquerdo da estátua de Julieta (dizem que dá sorte ao amor) ou para deixar cartas apaixonadas.
Sophie conhece as secretárias de Julieta, um grupo de mulheres empregadas pela cidade para responder às cartas. Fascinada pelo trabalho delas começa a ajudá-las na recolha e encontra uma carta por responder há cinquenta anos. Algo lhe diz que a carta não pode ficar por responder e por isso começa a utilizar os seus dotes de candidata a escritora e elabora uma resposta. O Destino estava do lado dela porque a carta encontra a destinatária que volta para Itália em busca do amor que deixou escapar. Como o noivo está entretido a experimentar produtos para o restaurante que vai inaugurar, Sophie vai-se atrelar à senhora optimista e ao neto preocupado numa demanda pelo verdadeiro amor.
Sophie, Sophie… Seyfried fez muitas personagens na sua curta carreira. Desde a estranha Needy em "Jennifer’s Body" (DVD) até à sensual Chloe em "Chloe" (por estrear) passando por Savannah em "Dear John" (este deu em cinema), mas o papel por que é recordada é o de Sophie em "Mamma Mia!". A mudança foi de uma ilha no meio do Egeu para uma cidade a 100km do Adriático, basicamente é tudo no Mediterrâneo. Continua a ser uma noiva apaixonada e a autora de uma carta que vai causar muita confusão. Verdade seja dita que enquanto os papéis que lhe são entregues ficarem neste estilo se sairá bem. No entanto precisamente por ser sempre do mesmo não cativa. A outra Sophie cantava, Savannah tão depressa era uma adolescente sorridente como uma mulher adulta e responsável e Chloe alternava enttre o dócil e o incontrolável. Aqui Sophie é sempre Sophie, simples e monótona. Pior apenas os jovens de sexo masculino. Bernal por entre o ridículo ainda tem um pouco de loucura e excentricidade, Egan é um mero clone de todos os outros ingleses arrogantes, altivos e advogados dos direitos humanos.
Quem está magnifica neste filme e é razão suficiente para o ver é Vanessa Redgrave. Exprime emoções com um simples olhar, transmitindo esperança ou desalento sem o uso da palavra. Sabe representar como a nova geração não aprendeu. O argumento foi generoso para a personagem dela e o facto de ter de se mostrar apaixonada pelo marido da vida real também ajudou. Faltou um realizador capaz de filmar a comédia que está implícita em todas as cenas. No formato em que foi lançado apenas os loucamente apaixonados (por se identificarem com a situação) podem apreciar. A banda sonora inclui alguns óbvios como "Love Story" de Taylor Swift, mas tem algumas escolhas criativas.
Dupla sugestão ao Norteshopping:
Quando vão consertar as cadeiras da sala VIP?
Todos sabemos que filmes com intervalo são maus. Mas a fazer intervalo no filme, pelo menos não aproveitem para passar duas músicas do filme "Mamma Mia!". Abstrair da outra Sophie é difícil que chegue sem a vossa contra-ajuda!
A citação é de Hamlet, mas é essa a filosofia que Sophie segue. Loucamente apaixonada e loucamente fã do Amor, vai com o noivo numa pré-lua-de-mel para a romântica Itália.
Depois de Wenders ter filmado Palermo, Winterbottom ter filmado Génova e ainda este ano Mark Steven Johnson ter filmado Roma, desta vez a acção centra-se em Verona. A bella Italia tem inúmeras cidades que apelam ao romance, mas Verona, além de ser património UNESCO da Humanidade, tem o detalhe de ser o palco do célebre conflito entre Montecchios e Capulettos. Essas famílias entraram no imaginário colectivo através dos seus jovens descendentes Romeu e Julieta. As peregrinações dos apaixonados à casa Capello (Capuletto na obra de Shakespeare) são enormes. Centenas passam por lá diariamente para tocar no seio esquerdo da estátua de Julieta (dizem que dá sorte ao amor) ou para deixar cartas apaixonadas.
Sophie conhece as secretárias de Julieta, um grupo de mulheres empregadas pela cidade para responder às cartas. Fascinada pelo trabalho delas começa a ajudá-las na recolha e encontra uma carta por responder há cinquenta anos. Algo lhe diz que a carta não pode ficar por responder e por isso começa a utilizar os seus dotes de candidata a escritora e elabora uma resposta. O Destino estava do lado dela porque a carta encontra a destinatária que volta para Itália em busca do amor que deixou escapar. Como o noivo está entretido a experimentar produtos para o restaurante que vai inaugurar, Sophie vai-se atrelar à senhora optimista e ao neto preocupado numa demanda pelo verdadeiro amor.
Sophie, Sophie… Seyfried fez muitas personagens na sua curta carreira. Desde a estranha Needy em "Jennifer’s Body" (DVD) até à sensual Chloe em "Chloe" (por estrear) passando por Savannah em "Dear John" (este deu em cinema), mas o papel por que é recordada é o de Sophie em "Mamma Mia!". A mudança foi de uma ilha no meio do Egeu para uma cidade a 100km do Adriático, basicamente é tudo no Mediterrâneo. Continua a ser uma noiva apaixonada e a autora de uma carta que vai causar muita confusão. Verdade seja dita que enquanto os papéis que lhe são entregues ficarem neste estilo se sairá bem. No entanto precisamente por ser sempre do mesmo não cativa. A outra Sophie cantava, Savannah tão depressa era uma adolescente sorridente como uma mulher adulta e responsável e Chloe alternava enttre o dócil e o incontrolável. Aqui Sophie é sempre Sophie, simples e monótona. Pior apenas os jovens de sexo masculino. Bernal por entre o ridículo ainda tem um pouco de loucura e excentricidade, Egan é um mero clone de todos os outros ingleses arrogantes, altivos e advogados dos direitos humanos.
Quem está magnifica neste filme e é razão suficiente para o ver é Vanessa Redgrave. Exprime emoções com um simples olhar, transmitindo esperança ou desalento sem o uso da palavra. Sabe representar como a nova geração não aprendeu. O argumento foi generoso para a personagem dela e o facto de ter de se mostrar apaixonada pelo marido da vida real também ajudou. Faltou um realizador capaz de filmar a comédia que está implícita em todas as cenas. No formato em que foi lançado apenas os loucamente apaixonados (por se identificarem com a situação) podem apreciar. A banda sonora inclui alguns óbvios como "Love Story" de Taylor Swift, mas tem algumas escolhas criativas.
Título Original: "Letters to Juliet" (EUA, 2010) Realização: Gary Winick Argumento: Jose Rivera , Tim Sullivan Intérpretes: Amanda Seyfried, Christopher Egan, Gael García Bernal, Vanessa Redgrave, Franco Nero Fotografia: Marco Pontecorvo Música: Andrea Guerra Género: Comédia, Drama, Romance Duração: 105 min. Sítio Oficial: http://www.letterstojuliet-movie.com/ |
Dupla sugestão ao Norteshopping:
Quando vão consertar as cadeiras da sala VIP?
Todos sabemos que filmes com intervalo são maus. Mas a fazer intervalo no filme, pelo menos não aproveitem para passar duas músicas do filme "Mamma Mia!". Abstrair da outra Sophie é difícil que chegue sem a vossa contra-ajuda!
3 comentários:
Estava indeciso entre este filme e o Predators no cinema hoje. A tua crítica vem mesmo a calhar. Em vez de um tédio, provavelmente apanho outro lol
Este "Letters to Juliet" é um pouco... meh. Um filme romântico como muitos que andam para aí. A presença do Gael García Bernal auspicionava-me qualquer coisa boa mas... saiu furado.
Mas concordo quando dizes que Redgrave é excelente no filme. De facto.
Abraço,
Jorge Rodrigues
http://dialpforpopcorn.blogspot.com
O problema é que entre ver o filme e o trailer não há diferenças de maior. Ainda não aprenderam que trailer é para deixar interessado, não é para resumir.
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