Como o título “Proie/Presa” sugere, voltamos ao velho confronto homem-animal. É daqueles estilos de filme que se pode fazer vezes sem conta que há sempre uma coisa diferente a dizer. Na versão de Blossier a diferença parte do elemento humano. Os quatro caçadores discutem negócios, enquanto procuram um javali de tamanho anormal. Na expedição partem os homens da família. Vão o patriarca e o filho que sempre caçaram na propriedade, vai o outro filho que gere os negócios e não caça há anos, e vai o genro deste último que ainda não está integrado na família, mas queria arejar. O ambiente é muito intenso devido a um segredo que lhes custa partilhar. Até que finalmente encontram o enorme javali, e descobrem que não é esse animal que procuram.
Naqueles casos em que a história não surpreende cabe aos efeitos especiais fazerem um bom trabalho para criar medo. Aqui não haverá um único momento realmente surpreendente - e o drama torna-se até um bocado aborrecido apesar de a realização ser competente - no entanto naquela grande parte que dura o confronto nota-se a importância dos efeitos. Porque a história continua a ser fraca, mas os animais vivos e mortos representados são de um realismo impressionante. Claro que não mostram o animal todo, apenas um focinho ou uma cabeça, mas o som certo ao lado ajuda a imaginar o horror. Falta um pouco de gore gratuito já que poucas mortes se vê e nenhuma em condições.
O cinema de terror francês tem vindo a surpreender nos últimos tempos com “Martyrs” e “La Horde”, mas a “Proie” falta muito para ser um favorito dos amantes de terror, sendo apenas uma ponte para quem quer um drama com mais adrenalina sem entrar nos desmembramentos completos. Quem quer terror a sério vai ficar desiludido e ainda bem que passa numa sessão da tarde porque à noite os espectadores veteranos do género corriam um sério risco de adormecer de tédio antes de chegar à parte interessante.
Naqueles casos em que a história não surpreende cabe aos efeitos especiais fazerem um bom trabalho para criar medo. Aqui não haverá um único momento realmente surpreendente - e o drama torna-se até um bocado aborrecido apesar de a realização ser competente - no entanto naquela grande parte que dura o confronto nota-se a importância dos efeitos. Porque a história continua a ser fraca, mas os animais vivos e mortos representados são de um realismo impressionante. Claro que não mostram o animal todo, apenas um focinho ou uma cabeça, mas o som certo ao lado ajuda a imaginar o horror. Falta um pouco de gore gratuito já que poucas mortes se vê e nenhuma em condições.
O cinema de terror francês tem vindo a surpreender nos últimos tempos com “Martyrs” e “La Horde”, mas a “Proie” falta muito para ser um favorito dos amantes de terror, sendo apenas uma ponte para quem quer um drama com mais adrenalina sem entrar nos desmembramentos completos. Quem quer terror a sério vai ficar desiludido e ainda bem que passa numa sessão da tarde porque à noite os espectadores veteranos do género corriam um sério risco de adormecer de tédio antes de chegar à parte interessante.
Título Original: "Proie" (França, 2010) Realização: Antoine Blossier Argumento: Antoine Blossier, Erich Vogel Intérpretes: Grégoire Colin, François Levantal, Fred Ulysse, Joseph Malerba, Bérénice Bejo, Isabelle Renauld Fotografia: Pierre Aïm Género: Drama, Horror Duração: 85 min. |
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