Os irmãos Coen costumam ser nomeados pela Academia a cada filme que fazem. Se por vezes é um frete com uma grande dose de ridículo, como recentemente "A Serious Man", outras vezes é perfeitamente justificado. "True Grit" é desses casos. Um western à velha moda não é fácil de encontrar, talvez saia um a cada ano ou dois. Primeiro porque já não temos Sam Peckinpah, Sergio Leone ou John Ford. Segundo porque longe vai o tempo de John Wayne e William Holden, e nem Clint Eastwood nem Gene Hackman parecem interessados em voltar ao género. Finalmente, é raro aparecer um argumento bom e original. Este pode não ser original, mas é bom.
Mattie Ross é uma jovem de catorze anos que perdeu o pai, abatido por um criminoso que tentou ajudar. Não reconhecendo à mãe capacidades para lidar com a situação, deixa-a com o irmão pequeno e parte para identificar o corpo e tratar do funeral. Se até aqui mostrou um espírito saudavelmente teimoso, mais mostra ao passar a noite entre cadáveres de criminosos. Depois disso vai usar argumentos legais para recuperar o dinheiro perdido pelo pai e vai usá-lo para comprar a sua vingança: contrata o marshall com o espírito mais indomável para capturar com vida o assassino e leva-lo à justiça. Mattie vai partir com ele e um Texas Ranger numa viagem pelo território índio selvagem, enfrentando os desafios que lhes aparecem como gente grande e permitindo a cada um descobrir o seu verdadeiro valor (como Dorothy em "O Feiiceiro de Oz").
Esqueçam o nome da categoria que viram nos nomeados a Oscar, se "True Grit" tem uma protagonista é Hailee Steinfeld. Era exigido uma jovem com capacidade de segurar o filme sozinha e é o que faz, deixando para trás o trabalho de nomes como Jeff Bridges (nomeado por hábito) e Matt Damon, para não falar de Josh Brolin que aparece quando já o filme parecia ir terminar sem ele. Os Coen aproximaram-se do western diversas vezes, por exemplo "No Country For Old Men", mas acabaram por só agora fazer um filme digno dessa classificação. Optaram por seguir um argumento da época dourada do género e reunir um elenco com alguns dos seus habituées como Bridges e Brolin. Foi uma estratégia prudente e que saiu bem. Combinando uma grande performance da actriz com o à-vontade do restante e talentoso elenco, passamos quase duas agradáveis horas no wild west, recriado minuciosamente através de cenários e guarda-roupa.
É um filme muito fácil de ver e entre os momentos banais há alguns memoráveis. Quem for fã dos Coen vai reconhecer o seu estilo particular nesta aventura e não se sentirá defraudado pela mudança de género. O recorde de nomeações é exagerado, mas as categorias são praticamente as mesmas que tiveram em "No Country" (8) e mesmo que não se concorde com algumas compreende-se todas. É assim que funciona a Academia.
Mattie Ross é uma jovem de catorze anos que perdeu o pai, abatido por um criminoso que tentou ajudar. Não reconhecendo à mãe capacidades para lidar com a situação, deixa-a com o irmão pequeno e parte para identificar o corpo e tratar do funeral. Se até aqui mostrou um espírito saudavelmente teimoso, mais mostra ao passar a noite entre cadáveres de criminosos. Depois disso vai usar argumentos legais para recuperar o dinheiro perdido pelo pai e vai usá-lo para comprar a sua vingança: contrata o marshall com o espírito mais indomável para capturar com vida o assassino e leva-lo à justiça. Mattie vai partir com ele e um Texas Ranger numa viagem pelo território índio selvagem, enfrentando os desafios que lhes aparecem como gente grande e permitindo a cada um descobrir o seu verdadeiro valor (como Dorothy em "O Feiiceiro de Oz").
Esqueçam o nome da categoria que viram nos nomeados a Oscar, se "True Grit" tem uma protagonista é Hailee Steinfeld. Era exigido uma jovem com capacidade de segurar o filme sozinha e é o que faz, deixando para trás o trabalho de nomes como Jeff Bridges (nomeado por hábito) e Matt Damon, para não falar de Josh Brolin que aparece quando já o filme parecia ir terminar sem ele. Os Coen aproximaram-se do western diversas vezes, por exemplo "No Country For Old Men", mas acabaram por só agora fazer um filme digno dessa classificação. Optaram por seguir um argumento da época dourada do género e reunir um elenco com alguns dos seus habituées como Bridges e Brolin. Foi uma estratégia prudente e que saiu bem. Combinando uma grande performance da actriz com o à-vontade do restante e talentoso elenco, passamos quase duas agradáveis horas no wild west, recriado minuciosamente através de cenários e guarda-roupa.
É um filme muito fácil de ver e entre os momentos banais há alguns memoráveis. Quem for fã dos Coen vai reconhecer o seu estilo particular nesta aventura e não se sentirá defraudado pela mudança de género. O recorde de nomeações é exagerado, mas as categorias são praticamente as mesmas que tiveram em "No Country" (8) e mesmo que não se concorde com algumas compreende-se todas. É assim que funciona a Academia.
Título Original: "True Grit" (EUA, 2010) Realização: Ethan Coen, Joel Coen Argumento: Ethan Coen, Joel Coen (baseados no livro de Charles Portis) Intérpretes: Hailee Steinfeld, Jeff Bridges, Matt Damon, Josh Brolin, Barry Pepper Música: Carter Burwell Fotografia: Roger Deakins Género: Aventura, Drama, Western Duração: 110 min. Sítio Oficial: http://www.truegritmovie.com/ |
0 comentários:
Enviar um comentário