Será exagerado dizer que tão cedo este é o filme do festival?
Desde a primeira cena que "The Woman" não é um filme vulgar.Começa num ambiente selvagem e tem como plano de abertura a barriga de uma mulher selvagem. Por dois minutos vemos essa fera a marcar território. Depois a acção muda para um churrasco da gente civilizada onde vamos conhecer a família Cleek. Minutos depois o senhor Cleek e a selvagem encontram-se e as suas vidas não voltarão a ser as mesmas.
Que se desengane quem espera uma nova versão de "O Menino Selvagem". O que McKee nos traz não é um mero retrato antropológico, cultural ou social. É o verdadeiro choque civilizacional e os constantes conflitos no seio de uma família aparentemente normal. O pai é a autoridade suprema ao ponto de ninguém questionar quando traz uma selvagem para casa. A mãe serviente não tem existência própria, é uma simples sombra que obedece cegamente ao marido. A filha mais velha esconde mal um segredo. O filho deseja a aprovação paterna. E a filha pequena por enquanto está imune a tudo isso. A história não tem muitas mais personagens: uma professora preocupada, uma amiga da família, a secretária de Chris Cleek. São meros adereços. Tudo o que de importante se passa é em torno dos Cleek e da sua hóspede.
Por momentos a realização parece trémula e as interpretações fracas, mas dêem uma oportunidade a “The Woman”. Assim que se deixarem levar pela história entrarão numa aventura capaz de deixar qualquer um mal-disposto. Porque apesar de aquilo que se vê ser de qualidade duvidosa, o que se sente é algo só causado por aqueles poucos filmes de terror que sobrevivem ao teste do tempo.
Conselhos preciosos para quem for a esta sessão é que vá com a digestão feita, com alguma disposição para diversão e que não tenha planos para depois, nem sequer ver outro filme. Porque “The Woman” vai perturbar mesmo aqueles mais acostumados a cenas chocantes. Não pelo que vêem, mas pelo que pensam e ouvem. Ao fim de uma hora podem até começar a achar piada e tentar disfarçar com risos e aplausos algumas das cenas mais perturbadoras, ajudando ao ambiente do festival, mas se perceberem o filme e a mensagem que é transmitida vão ficar a pensar nele por muito tempo.
Um belíssimo argumento de Jack Ketchum dá origem a um grande filme e que parte como meu favorito. E Lisboa é apenas a segunda exibição na Europa depois do FrightFest!
Desde a primeira cena que "The Woman" não é um filme vulgar.Começa num ambiente selvagem e tem como plano de abertura a barriga de uma mulher selvagem. Por dois minutos vemos essa fera a marcar território. Depois a acção muda para um churrasco da gente civilizada onde vamos conhecer a família Cleek. Minutos depois o senhor Cleek e a selvagem encontram-se e as suas vidas não voltarão a ser as mesmas.
Que se desengane quem espera uma nova versão de "O Menino Selvagem". O que McKee nos traz não é um mero retrato antropológico, cultural ou social. É o verdadeiro choque civilizacional e os constantes conflitos no seio de uma família aparentemente normal. O pai é a autoridade suprema ao ponto de ninguém questionar quando traz uma selvagem para casa. A mãe serviente não tem existência própria, é uma simples sombra que obedece cegamente ao marido. A filha mais velha esconde mal um segredo. O filho deseja a aprovação paterna. E a filha pequena por enquanto está imune a tudo isso. A história não tem muitas mais personagens: uma professora preocupada, uma amiga da família, a secretária de Chris Cleek. São meros adereços. Tudo o que de importante se passa é em torno dos Cleek e da sua hóspede.
Por momentos a realização parece trémula e as interpretações fracas, mas dêem uma oportunidade a “The Woman”. Assim que se deixarem levar pela história entrarão numa aventura capaz de deixar qualquer um mal-disposto. Porque apesar de aquilo que se vê ser de qualidade duvidosa, o que se sente é algo só causado por aqueles poucos filmes de terror que sobrevivem ao teste do tempo.
Conselhos preciosos para quem for a esta sessão é que vá com a digestão feita, com alguma disposição para diversão e que não tenha planos para depois, nem sequer ver outro filme. Porque “The Woman” vai perturbar mesmo aqueles mais acostumados a cenas chocantes. Não pelo que vêem, mas pelo que pensam e ouvem. Ao fim de uma hora podem até começar a achar piada e tentar disfarçar com risos e aplausos algumas das cenas mais perturbadoras, ajudando ao ambiente do festival, mas se perceberem o filme e a mensagem que é transmitida vão ficar a pensar nele por muito tempo.
Um belíssimo argumento de Jack Ketchum dá origem a um grande filme e que parte como meu favorito. E Lisboa é apenas a segunda exibição na Europa depois do FrightFest!
Título Original: "The Woman" (EUA, 2011) Realização: Lucky McKee Argumento: Jack Ketchum, Lucky McKee Intérpretes: Sean Bridgers, Zach Rand, Angela Bettis, Lauren Ashley Carter, Pollyanna McIntosh, Carlee Baker Música: Sean Spillane Fotografia: Alex Vendler Género: Crime, Drama, Thriller Duração: 104 min. Sítio Oficial: http://www.thewomanmovie.com/ |
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