Com a divulgação dos pré-nomeados para o Óscar de Melhor Filme de Língua Não-Inglesa (uma lista com 9 filmes, que a 22 de Janeiro será reduzida para 5), vozes de discórdiam já se levantaram contra as escolhas.
Se é já era expectável que "Aquele Querido Mês de Agosto" não fosse incluído no lote (não pela qualidade da obra, mas pela falta gritante de profundidade que o nosso cinema tem esse mundo fora), já a exlusão de "Let The Right One In" e de "Gomorra" surgem como decisões disparatadas e que, mais uma vez, colocam sérias dúvidas quanto aos critérios de avaliação da Academia.
Ainda que me digam que o filme sueco é essencialmente uma obra de terror (o que é disparatado, pois ele vai muito mais longe do que isso), e que portanto não merece consideração dos júris, eu compreendo (não aceito, mas compreendo).
Agora "Gomorra", premiado em todos os quadrantes, grande vencedor dos Prémios do Cinema Europeu, e uma obra de enorme qualidade, não ficar sequer nos nove finalistas é, no mínimo, ridículo.
Esperemos que não seja um mau prenúncio quanto à lista final de nomeados, que é conhecida a 22 de Janeiro, altura em que saberemos os cinco nomeado para Melhor Filme de Língua Não-Inglesa, saídos deste grupo:
Se é já era expectável que "Aquele Querido Mês de Agosto" não fosse incluído no lote (não pela qualidade da obra, mas pela falta gritante de profundidade que o nosso cinema tem esse mundo fora), já a exlusão de "Let The Right One In" e de "Gomorra" surgem como decisões disparatadas e que, mais uma vez, colocam sérias dúvidas quanto aos critérios de avaliação da Academia.
Ainda que me digam que o filme sueco é essencialmente uma obra de terror (o que é disparatado, pois ele vai muito mais longe do que isso), e que portanto não merece consideração dos júris, eu compreendo (não aceito, mas compreendo).
Agora "Gomorra", premiado em todos os quadrantes, grande vencedor dos Prémios do Cinema Europeu, e uma obra de enorme qualidade, não ficar sequer nos nove finalistas é, no mínimo, ridículo.
Esperemos que não seja um mau prenúncio quanto à lista final de nomeados, que é conhecida a 22 de Janeiro, altura em que saberemos os cinco nomeado para Melhor Filme de Língua Não-Inglesa, saídos deste grupo:
"Revanche" - Gotz Spielmann, Áustria
"The Necessities of Life" - Benoit Pilon, Canadá
"The Class" - Laurent Cantet, França
"The Baader Meinhof Complex" - Uli Edel, Alemanha
"Waltz with Bashir" - Ari Folman, Israel
"Departures" - Yojiro Takita, Japão
"Tear This Heart Out" - Roberto Sneider, México
"Everlasting Moments" - Jan Troell, Suécia
"3 Monkeys" - Nuri Bilge Ceylan, Turquia
3 comentários:
Viva Ricardo,
A Academia tem um longo historial em passar ao lado de filmes consagrados na Europa, mas também tem na sua lista de premiados quase todos os grandes nomes do cinema mundial.
Quanto ao Let the Right One In, não foi a Academia que o excluiu, mas sim a Academia Cinematografica Sueca que não o apresentou à consideração, preferindo o Everlasting Moments (que está nomeado). Quanto ao Gomorra, é um estilo de filme cru e em tons neo-realista que nunca caiu muito bem nos States (perdeu o Globo de Ouro para o Waltz With Bashir, por exemplo), e nunca se viu como um grande favorito, apesar dos prémios coleccionados na Europa. Waltz With Bashir, pela guerra, e o Badder Manheif Complex serão os favoritos com o Entre Les Murs a representar a "quota" intelectual. E esse estar na lista, isso sim é que é quase uma autentica (boa) surpresa.
Um abraço
A ausência de Gomorra foi o caso mais flagrante, mas acho que mesmo nomeado dificilmente venceria. O galardão caberá quase de certeza a Waltz with Bashir.
Three Monkeys deveria ficar nomeado...
@ Miguel:
My mistake, fui induzido em erro pelo /film que também emitia uma opinião de estranheza pela ausência do "Let The Right One In". Não tive oportunidade de ver o "Everlasting Moments", mas aceito que possa ter sido melhor escolha.
Quanto ao que falas acerca do Gomorra estamos 100% de acordo. E também fiquei um pouco espantado por ver o "Entre Les Murs".
@avessodosponteiros: Concordo, a minha aposta também vai para o "Waltz With Bashir". O que será interessante com a invasão na Palestina, ver de que modo é que irá Ari Folman (ou se irá) aproveitar o palco para dizer algo sobre o conflito!
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