Vincenzo Natali, realizador com uma carreira curta, mas cujos filmes são todos de referência obrigatória para os fãs do fantástico, estreou em Sitges o seu aguardado "Splice". Nascido da feliz conjugação dos seus dotes de cineasta com a nova faceta de produtor de Del Toro, num encontro tido no Porto nos 25 anos do festival em que ambos receberam o prémio carreira, "Splice" surgiu primeiro como uma curta-metragem. Um cientista apaixona-se pelo seu trabalho, um clone da sua própria mulher.
Cinco anos depois a história foi sucessivamente retocada transformando-se numa longa dada a complexidade do argumento. Não por acaso agora o par da história são ambos cientistas e no laboratório de uma empresa privada de biotecnologia sequiosa de receitas, criam novos espécimes com propriedades genéticas ainda mal estudadas. Mas querem mais. Querem cruzar ADN humano com ADN animal e patentear as descobertas de forma lucrativa. Um dos protótipos é Dren, um estranho ser inteligente, emocionalmente instável e com aspecto vagamente humano a quem acabam por adoptar como quase filha. A partir deste pressuposto da manipulação genética Natali constrói uma obra-maior com momentos de humor inteligente, drama e romance, num ambiente global de terror e de fantástico.
Tendo tido a estreia mundial anunciada para Toronto, Natali e a produtora optaram por estrear mundialmente em Sitges, uma aposta acertada, pelo carinho que o público do festival tem por Natali e pela repercussão muito positiva que aqui se consegue. Diga-se que Natali merece e que o filme cumpre eficazmente o desejo de prender o espectador com a capacidade de o obrigar a pensar na ética e na ciência. Seguramente um filme a não perder.
Cinco anos depois a história foi sucessivamente retocada transformando-se numa longa dada a complexidade do argumento. Não por acaso agora o par da história são ambos cientistas e no laboratório de uma empresa privada de biotecnologia sequiosa de receitas, criam novos espécimes com propriedades genéticas ainda mal estudadas. Mas querem mais. Querem cruzar ADN humano com ADN animal e patentear as descobertas de forma lucrativa. Um dos protótipos é Dren, um estranho ser inteligente, emocionalmente instável e com aspecto vagamente humano a quem acabam por adoptar como quase filha. A partir deste pressuposto da manipulação genética Natali constrói uma obra-maior com momentos de humor inteligente, drama e romance, num ambiente global de terror e de fantástico.
Tendo tido a estreia mundial anunciada para Toronto, Natali e a produtora optaram por estrear mundialmente em Sitges, uma aposta acertada, pelo carinho que o público do festival tem por Natali e pela repercussão muito positiva que aqui se consegue. Diga-se que Natali merece e que o filme cumpre eficazmente o desejo de prender o espectador com a capacidade de o obrigar a pensar na ética e na ciência. Seguramente um filme a não perder.
3 comentários:
Estive também em Sitges, onde avistei o António Reis, e parece-me inexplicável a ausência de "Splice" do palmarés final...
http://lonelygraveofpaulaschultz.blogspot.com
Ganhou efeitos especiais. É melhor do que nada.
:) Isso é tipo "The Dark Knight" ganhar o Oscar de "melhor som". Bem entendido.
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