7 de dezembro de 2009

Tom Waits - um senhor cantor


Hoje um senhor da música faz 60 anos. Refiro-me a Tom Waits, dos maiores artistas vivos e que além da voz rouca inconfundível por vezes também nos presenteia como actor em papeis memoráveis.

Na primeira fase lançava quase um álbum por ano, próximo do jazz, em 83 mudou de estilo e os álbuns foram sendo mais espaçados. Inovou - chegando a construir novos instrumentos - e atravessou diferentes estilos musicais. Lançou duas dezenas de álbuns e venceu dois Grammies.
Comenta-se muito os seus problemas com a bebida e afins, respondeu com classe No, I don't have a drinking problem except when I can't get a drink.

As suas músicas foram usadas em diversos filmes incluindo os multi-premiados "Le Scaphandre et le Papillon", "Jarhead", "Twelve Monkeys" e "Fight Club" entre muitos outros, mas apenas foi nomeado para Oscar pela música de "One From The Heart".


Amigo de longa data da família Coppola, não é invulgar que tenha ajudado em "Rumble Fish", "The Cotton Club" e "Dracula". Na década actual as participações em cinema foram muito frequentes, mas com outros realizadores igualmente conceituados. Aqui ficam alguns exemplos:


"Coffee and Cigarettes" de Jim Jarnusch
Aqui conversa com Iggy Pop por longos minutos. Um encontro como só este génio do cinema independente poderia imaginar.


"Domino" de Tony Scott
Cego que orienta Domino (Keira Knightley) na sua vida de caçadora de cabeças. Muito ao estilo da tragédia grega.


"La Tigre e la Neve" de Roberto Benigni
Onde se interpreta de forma recorrente em partes fulcrais da história. Até nos esquecemos queestamos no cinema, tal como as personagens que deixam os carros serem rebocados.


E ainda a não perder num futuro próximo (mas demasiado distante) a sua interpretação diabólica em "The Imaginarium of Dr. Parnassus" e em "The Book of Eli".


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