24 de março de 2011

Da favela para Hollywood


José Padilha


José Padilha está a seguir o trajecto de cineastas como Fernando Meirelles e Walter Salles e a deixar-se tentar por uma carreira internacional. O convite que lhe fizeram foi o mesmo com o qual levaram o realizador de "Turkish Delight" e "Soldier of Orange" para Hollywood. Tal como Verhoeven, Padilha foi convidado a dirigir "Robocop".
O filme que lhe deu projecção foi obviamente "Tropa de Elite" com que ganhou o Urso de ouro. Aqui voltará a falar de algo diferente do polícia normal. Murphy pode não ser do BOPE, mas é meio homem, meio máquina, inteiramente polícia.

Foi-lhe dado todo o tempo que desejar para aprovar o argumento (a ser escrito por Josh Zetumer) e recolocar Robocop nas ruas de Detroit. Pelo menos as campanhas de marketing vão ser sangrentas.



Ironicamente Padilha estudou política internacional pelo que se deve conseguir mover e sobreviver no cinema americano. Esperemos que este grande salto seja apenas o primeiro passo.

Uma curiosidade: Aronofsky esteve ligado ao projecto até à falência da MGM.





Wagner Moura


O protagonista do filme de Padilha, Wagner Moura, também está de malas feitas para ir para norte. Vai ser o vilão no filme "Elysium" de Neill Blomkamp. Esse filme passa-se cem anos no futuro, noutro planeta, e terá uma forte metáfora político-social como "District 9". Possivelmente será algo no estilo de os extraterrestres atacarem a humanidade para nos ensinarem a viver em paz entre nós. Citando o realizador "será violento, muito violento e espero que único".

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